quinta-feira, 7 de agosto de 2025

ASSIM DISSERAM ELES...

 


"Se queremos encontrar os segredos do Universo, pensemos em termos de energia, frequência e vibração."

Nikola Tesla

quarta-feira, 6 de agosto de 2025

HISTÓRIAS DE FRANCISCO MARTINS NUMA CASA DE HISTÓRIAS



Nesta sexta-feira próxima, Francisco Martins estará se apresentando na Escola Municipal Edmo Pinheiro, em Parnamirim-RN.  A escola vai celebrar 7 anos da inauguração da Biblioteca que tem como patrono o escritor e ilustrador André Neves.

1⁰ SEMINÁRIO PICS -SUS TEVE PARTICIPAÇÃO DE MANÉ BERADEIRO

 O cordelista Mané Beradeiro e o seu   ajudante de ordem, o jumento Ananias, alegraram na manhã de ontem, o 1⁰ Seminário PICS-SUS - Práticas Integrativas Complementares na Saúde, que aconteceu no auditório da unidade FACEX, na avenida Deodoro, em Natal. 

Mané e Ananias foram mestres do cerimonial, apresentando os palestrantes, com estrofes poéticas, em cordel.




sábado, 2 de agosto de 2025

CENTELHA DE CORDEL

 


BALA PERDIDA

Não existe bala perdida,
Todas atingem algo:
Uma árvore, uma ave, uma alma, a vida.
O que existe é bala ardida que fere na ida
Deixando quem fica com a dor maldita
Da perda querida.
Quisera que em meus poemas a bala perdida
Fosse aquela que cai da boca da criança.

FRANCISCO MARTINS.



"UM CADERNO PARA PAPAI"

 

  Ela preparou com muito carinho, um caderno literário para presentear o seu pai. O presente começou a receber os textos em 1 de abril de 1970, tendo como solo a cidade de Ceará-Mirim-RN. Na dedicatória que ela escreveu em 2 de agosto de 1970 ( 55 anos passados) ela diz

  "...Mas tarde na sua velhice, passando as humildes folhas deste caderno lembrarás da sua filha que lhe estima"



Não são textos da sua autoria, mas sim dos livros que ela lia e sabia que o seu pai também gostaria de ler. Assim, a menina-moça, com 15 anos,  foi transcrevendo poemas de Olegário Mariano, Padre Antonio Tomaz, Manuel  Bandeira, Renato Caldas, Irene Meloneves, Heraldo Lisboa, Abílio de Almeida, Álvaro Faria, Carlos de Queiroz, Nilo Bruzzi, Ana Amélia, Beatriz de Carvalho, Felix Aires, Antonio Sá Barreto, totalizando 48 poemas e trovas.

O trabalho de copiar esse material terminou em 31 de julho de 1970, e organizadora assim escreveu:

"Papai: com esta poesia fica encerrado este caderno, o qual dedico-lhe todas as afeições filiais, é como uma recordação nunca esquecida, para quando no futuro folhea-lhes este, lembrarás sempre da sua filha que muito lhe quer;

Maria do Socorro Fernandes"

 

Este presente, hoje tão raro de ser dado a um pai, faz parte do acervo da minha biblioteca particular. A organizadora é minha irmã, a mais provecta da família, porém, é a que tem o espírito mais jovial de todos nós, os seus irmãos e irmãs.


 Francisco Martins, 2 de agosto de 2025

sexta-feira, 1 de agosto de 2025

GRACINDA FREIRE, CEM ANOS DEPOIS: O SILÊNCIO ELOQUENTE DA GRANDE ATRIZ ESQUECIDA



Num país de memória frágil e cultura tantas vezes relegada a segundo plano, não surpreende que o centenário de nascimento de Gracinda Freire passe quase despercebido pelo grande público. E, no entanto, trata-se de uma das figuras mais expressivas do teatro brasileiro do século XX — uma artista completa, de formação sólida, que transitou com naturalidade entre palcos, estúdios de rádio e produções televisivas em uma era em que ser atriz exigia, antes de tudo, coragem.

Nascida em 31 de julho de 1925, Gracinda construiu uma carreira à margem do estrelato fácil, mas no centro da criação artística. Foi dessas intérpretes que jamais se renderam ao lugar-comum ou à superficialidade. Seu nome pode não habitar o panteão popular onde brilham ícones da TV ou do cinema nacional, mas entre artistas, diretores e estudiosos da dramaturgia, Gracinda é uma referência de entrega, ética e excelência.

Ela integrou o ciclo virtuoso dos anos 1950 e 60, quando o teatro brasileiro buscava sua própria identidade entre as influências europeias e os dramas sociais do país. Atuou com vigor em montagens memoráveis e foi pioneira nos teleteatros das TVs Tupi e Cultura, onde ajudou a moldar a linguagem dramática televisiva brasileira. Mais do que uma atriz, era uma militante da arte. Acreditava que o teatro era, antes de tudo, um ato político e poético.

Sua morte precoce, em 1995, encerrou uma jornada sem alardes, mas profunda. Ainda assim, a ausência de homenagens institucionais ou reedições de seus trabalhos denuncia algo maior: o quanto o Brasil se permite esquecer seus melhores intérpretes quando eles não se encaixam nas vitrines do mercado ou nas lógicas do espetáculo.

Celebrar Gracinda Freire, portanto, não é apenas um gesto de justiça histórica. É também uma forma de reafirmar que o talento, a integridade e a vocação não podem ser medidos por número de seguidores, capas de revistas ou reprises de novela. Ela representa uma geração de artistas que formaram a base da nossa linguagem cênica, muitas vezes sem os holofotes que mereciam.

No centenário de Gracinda, é urgente lembrar: o teatro brasileiro tem uma dívida com seus pilares. E são nomes como o dela que sustentam, em silêncio, a grandeza de nossa cultura. Que sua “viagem” não tenha sido em vão — e que saibamos, ainda que tardiamente, reverenciar quem nos ensinou a arte de representar com a alma.

Alex Medeiros


quarta-feira, 30 de julho de 2025

terça-feira, 29 de julho de 2025

CENTELHA DE CORDEL

 

Lourival Batista, o Louro do Pajeú (1915 -1992), um dos maiores poetas populares do Brasil, é o autor da sextilha abaixo:

 

Já fui duro como aço
Mas tô mole como lama
Já não posso consolar
Helena em cima da cama
O que ela gosta tá mole
Como cordão de pijama
 


domingo, 27 de julho de 2025

ARQUIDIOCESE DE NATAL INICIA COMEMORAÇÕES DO CENTENÁRIO DE DOM HEITOR

 


VENHA FAZER PARTE DO IHGRN

 

Saiba quem são os 21 patronos das cadeiras vacantes no IHGRN; lista inclui Maria do Céu Fernandes e Café Filho
O Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte (IHGRN) está com inscrições abertas para preenchimento de 21 cadeiras vacantes em seu quadro de sócios efetivos. Cada cadeira é vinculada a um patrono, figura histórica de relevância para o estado, cuja memória é preservada por meio da ocupação simbólica no Instituto.
Entre os patronos das cadeiras atualmente disponíveis, estão nomes como Maria do Céu Fernandes, Café Filho, Izabel Gondim, Oswaldo Lamartine, Januário Cicco, Onofre Lopes, Clóvis Sarinho e Oriano de Almeida, entre outros nomes de destaque da vida política, educacional, cultural e científica do Rio Grande do Norte.
Confira a lista completa dos 21 patronos:
- Maria do Céu Fernandes
- Izabel Gondim
- Café Filho
- Francisco Carlos Pinheiro da Câmara
- Tobias Flaviano do Rêgo Monteiro
- Felipe Néri de Brito Guerra
- João Dionysio Filgueira
- Luís Tavares de Lyra
- Dioclécio Dantas Duarte
- Francisca Nolasco Fernandes de Oliveira
- Gumercindo Saraiva de Moura
- Hypérides Lamartine de Faria
- Myriam Coeli de Araújo Dantas da Silveira
- Grácio Guerreiro Barbalho
- Hélio Dantas
- Francisco de Assis Pereira
- Oswaldo Lamartine
- Oriano de Almeida
- Januário Cicco
- Onofre Lopes
- Clóvis Sarinho
As inscrições seguem abertas até o dia 7 de agosto. Podem se candidatar pessoas com atuação reconhecida nas áreas de interesse do Instituto, mediante envio de carta de intenção, currículo, indicação de pelo menos três sócios efetivos, obras publicadas e demais documentos especificados no edital.
As inscrições podem ser feitas presencialmente na Secretaria do Instituto ou por meio do formulário online: https://forms.gle/sW1ttwd6Qv6iSVUb7. O edital foi publicado na edição de 9 de julho do Diário Oficial do Estado.
O resultado será divulgado em novembro, nas redes sociais do IHGRN. A posse dos novos associados acontecerá em sessão pública e solene, durante a celebração do aniversário da instituição.


Texto: Octávio Santiago
Imagem: Maria Simões