quarta-feira, 30 de março de 2022

ASSIM DISSERAM ELES ...




"Só domina quem se domina. Só se domina quem se possui. Só se possui quem se conhece e só se conhece quem sabe refletir".

Dom Nivaldo Monte

segunda-feira, 28 de março de 2022

UMA BIBLIOTECA NA PROVÍNCIA DO RN


 

Em 8 de março de 1868, numa das salas do antigo Atheneu, prédio que hoje não existe, foi inaugurada a Biblioteca Pública Provincial, que funcionou até novembro de 1909.  Recebia uma frequência mensal de 150 a 200 leitores.

Fonte: Natal em 1877, Acta Diurna, Luis da Câmara Cascudo, jornal "A República", em 16 de janeiro de 1944.


quinta-feira, 24 de março de 2022

PRIMEIRO QUADRO CARTONERO DE MANÉ BERADEIRO




Este é o meu primeiro quadro cartonero. 70% dele tem material reciclado: palito de churrasco, tampinhas de garrafas, papelão e retalhos.
Ele vai ornamentar uma das paredes da Residência Terapêutica no Barro Vermelho, em Natal.

terça-feira, 22 de março de 2022

ASSIM DISSERAM ELES ...

 



"Sem a justiça o que é um rei, senão um bandido coberto de glória? O que é um reino, senão um covil de ladrões?"

Santo Agostinho

segunda-feira, 21 de março de 2022

UM OLHAR SOBRE A COLEÇÃO DEZ MULHERES POTIGUARES - CORDEL

 



A Casa do Cordel, pelo quinto ano consecutivo, concretizou mais uma edição da Coleção Dez Mulheres Potiguares, que é um projeto voltado a homenagear as mulheres, através do gênero de cordel, onde as autoras escrevem sobre outras. Tenho acompanhado todas as edições, na qualidade de leitor e principalmente como crítico do cordel brasileiro, e até onde sei, o único do Rio Grande do Norte, que tem a coragem de escrever sobre esse gênero e tornar pública a opinião. É bem verdade que há aqueles que falam, mas não escrevem. São palavras soltas ao sabor do vento. As minhas, optei por gravá-las na pedra.

Tal atitude tem seu preço, e acreditem, nem sempre é saboroso como o mel, e isso se dá pelo fato de que o autor ou autora, objeto da crítica, às vezes não aceita ver seu cordel ser analisado de forma tão criteriosa. O que eu quero na verdade é mostrar o zelo que devemos ter por essa poesia. Se há regras que tenhamos a preocupação de segui-las; se há sugestões para melhorar a produção, que tenhamos a humildade de acatá-las. Eu mesmo sou um poeta cordelista que cresci em minha trajetória por ter vontade e disciplina. Muitos erros cometi nos primeiros folhetos, mas não me amarrei a eles. Como dizia Rafael Negreiros: “Não sou estátua para não mudar de posição”.

Feitas tais considerações é hora de apresentar o que vi na quinta edição da coleção “Dez Mulheres Potiguares”, As poetas cordelistas foram (por ordem alfabética):

1)    Célia Melo (Bombom) - Ana Paula campos: Mulher de todas as tribos

2)     Fátima Régis - Titina Medeiros: A arte e a resistência de uma atriz potiguar

3)    Geralda Efigênia - Eliane Amorim das Virgens Oliveira: Primeira desembargadora do RN

4)    Gorete Macêdo - Maria de Lourdes Alves Leite: Pioneira na Justiça do Trabalho Potiguar

5)    Járdia Maia - Lindalva Torquato Fernandes: Da Política no Sertão para a justiça no TCE - Ministra TCE

6)    Jussiara Soares - Áurea de Gois: A poetisa de Extremoz

7)    Rita Cruz - Daluzinha Avliz: A Contadora de Histórias

8)    Rosa Régis - Dona nenén: A sua arte deu cores ao galo de São Gonçalo

9)    Sírlia Lima - Wilma de Faria: Uma rosa vermelha e uma líder guerreira

10) Vani Fragosa - Fátima Bezerra: A esperança fazendo a história.

        Li e reli várias vezes os dez folhetos - vou apresentar um quadro geral sobre as observações, caso alguma autora deseje saber a análise que foi feita sobre o seu poema, posso enviar pelo e-mail.  Como é do conhecimento de todos, o gênero do cordel possui entre suas características, três que são inegociáveis: métrica - rima - oração. Tratarei disso à luz da Tabela Beradeiriana, que vai nos mostrar a eficiência poética do conjunto dos textos analisados. Nove folhetos têm 32 estrofes e apenas um tem 31 estrofes, em sextilhas, com versos heptassílabos (pelo menos deveriam ser), isto é, sete sílabas poéticas. Assim sendo, considerei para fim da aplicação da Tabela Beradeiriana, que a coleção teria um único texto com 319 estrofes, 1914 versos, dos quais 957 devem ser rimados e ter boa oração. 

 O Resultado foi este:

MÉTRICA: 97, 87%

RIMA = 99,37%

ORAÇÃO = 95,65%

 A média geral do Índice de Aproveitamento Poético dessa coleção foi de 96,63%. Algumas participantes obtiveram o IAP de  100 %, e outras menos, mais nenhuma ficou abaixo  de 92%. O que é digno de aplausos.

Quais ensinamentos podemos tirar dessa análise crítica?

 1º) É preciso sempre ter a preocupação de mandar revisar o texto poético, antes de   entregá-lo para a impressão final.

2º) Há excelentes poetas cordelistas no RN mas existem aquelas que ainda precisam solidificar seus poemas.

3º) A Casa do Cordel, instituição que tem prestado relevante serviço ao Cordel  Brasileiro, não pode achar que um trabalho com dez poetas participantes, não careça passar pelo crivo de um Conselho Editorial. Se isso tivesse acontecido, com certeza o IAP seria muito maior.

4º) É mister promover um curso de formação sobre métrica, rima e oração, para que possamos dessa maneira capacitar os poetas (homens e mulheres) que têm dificuldade no assunto.

 Outras observações são importantes que se façam, são elas:

 1º) Há uma carência grande da presença de imagens poéticas nos folhetos. É preciso que o poeta saia da linguagem comum e traga ao seu texto elementos que causem ao leitor emoções, devaneios e vontade de continuar lendo outros poemas desse autor.

2º) Tente na construção do verso dizer o que pretende, sem causar ruptura na sonoridade.

                     Exemplos:

               “ Em Brasília adentrou na

                 Câmara dos Deputados”

 

               “ Foi na Faculdade de Nova

                 Friburgo estudar”

 

3º) Mantenha-se fiel ao tema que se propôs poetizar. É frustrante o leitor perceber que o autor não tratou sobre o que diz o título do cordel. Nesta coleção “Dez Mulheres Potiguares - 5ª edição” dois folhetos apresentam isso:          

 Daluzinha Avlis: A Contadora de Histórias - Não há uma única estrofe que trate sobre as atividades da Daluzinha, no ofício de contadora de histórias e o registro da Maratona de Histórias, algo tão singular criado por ela.

 Lindalva Torquato Fernandes - Da Política no sertão para a justiça no TCE - Ministra do TCE - Também aqui não encontramos nada que diga respeito à presença da homenageada no Tribunal de Contas do Estado - TCE.

 Finalmente há coisas boas a serem ditas sobre a coleção em pauta:

As cordelistas têm um bom domínio da rima e oração.

As mulheres que foram temas dos poemas revelam a importância da luta da mulher na cultura e história potiguar

O Cordel Brasileiro, escrito por mulheres, ganha cada vez mais espaço e conquista leitores

As artistas xilogravuristas ( Célia Albuquerque, Cecília Guimarães, Letícia Paregas e Kimberly) fizeram um trabalho louvável.

. O Conselho Estadual de Cultura do Rio Grande do Norte, em sua sessão plenária, de terça-feira pp, aprovou voto de congratulação pelo conjunto da obra. A proposição foi feita pela Conselheira Sônia Maria Ferreira Faustino e o voto será enviado brevemente à Casa do Cordel, as poetas participantes e à Professora Doutora em Literatura Comparada (UFRN), do Instituto Kennedy e da Rede Pública de Natal - Aparecida Rego, que escreveu a apresentação dessa coleção.

Mané Beradeiro, em 21 de março de 2022.


 A imagem que ilustra o artigo foi tirada do seguinte  endereço: https://www.soumaisrn.com.br/2022/03/08/coletanea-de-cordeis-homenageia-mulheres-que-fizeram-historia-no-rn-neste-8-de-marco/  Visualizada em 21 de março  de 2022.

quarta-feira, 9 de março de 2022

ASSIM DISSERAM ELES ...




"O SOL É A SOMBRA DE DEUS"

Miguel Ângelo

terça-feira, 8 de março de 2022

PLÁCIDO AMARAL É HOMENAGEADO EM CORDEL COLETIVO DA NORDESTINA EDITORA

 A Editora Nordestina (Barreiras-BA)  especializada em publicações de livros e folhetos sobre o gênero de cordel, dedica-se mais uma vez a homenagear a memória de um vate que partiu. Desta vez, o cordel coletivo é para louvar o poeta Plácido Amaral, que faleceu em  26 de fevereiro último.

Os poetas participantes, homens e mulheres, produziram uma estrofe em décima,  com a estrutura de rima: abbaaccddc.  A capa tem a assinatura de Ulisses Angello,  a editoração do projeto traz o selo da Nordestina Editora, administrada pelo incansável Zeca Pereira, homem de vários instrumentos que descansa carregando pedras.
Zeca Pereira
O folheto, cuja edição será de 500 exemplares, tem a presença dos seguintes poetas, nomes na ordem do folheto:

José Heitor: José Heitor Fonseca - Caçapava do Sul - RS
Aurineide Alencar - Dourados/MS
Antônio Poeta/ Jeremoabo-BA
Zeca Pereira/Barreiras -BA
Rozineide Orlando - Goiana-PE
Manoel Messias A. Matos - Ribeira do Pombal – BA
Cícero Pedro de Assis - São Paulo - SP
Mané Beradeiro - Parnamirim-RN
Edivaldo Cordelista - Goiana, PE 
Raimundo A. Corado - Barreiras – BA
Rosa Regis - Natal-RN
Cléber Eduão Ferreira - São Gabriel/Ibotirama – BA
Teresinha Vidal de Assis - Fortaleza – CE
Mestra Janete Lainha - Ilhéus-BA
Silva Dias - Irecê - BA
Silvano Lyra - Olinda-PE

16 poetas se uniram para deixar registrado nesse cordel coletivo, a importância e o valor que foi Plácido Amaral para a poesia. Parabenizo a Editora Nordestina por ter este olhar de gratidão àqueles que fazem do versejar uma obra de arte.

Mané Beradeiro, 8 de março 2022

ÀS MULHERES

 



O dia 8 de março
Tem marco universal
Dedicado às mulheres
Um ser todo especial
Sem elas somos lascados
Correndo todos os lados
Do sertão ao litoral.


Mané Beradeiro
8 de março 2022


domingo, 6 de março de 2022