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quarta-feira, 9 de outubro de 2024

O HUMOR DE MANÉ BERADEIRO - TEM MICTÓRIO?

 Quando eu era criança e tinha por volta dos meus 11 anos, certa manhã estava na mercearia do meu tio Dudu. Por um instante ele precisou se ausentar e pediu para que ficasse vigiando o comércio, enquanto ele estava fora.


Tão logo  ele saiu, entrou um senhor  na bodega e me perguntou:

-Menino, aqui tem mictório?

Eu, imediatamente corri os olhos pelas prateleiras e depois de alguns segundos respondi:

-Não temos. Mas hoje tio Dudu vai para Natal e vai trazer uma caixa de mictórios. Pode vir amanhã que tem.

E eu, achando que tinha respondido com sucesso, fico olhando para o interlocutor com um sorriso sapeca. Nesse ínterim, tio Dudu retorna e quer saber o que o homem deseja. 

Tio Dudu

-Quero usar o mictório se for possível!

Tio  Dudu indicou o local e aquele homem não demorou em ir ao banheiro para se aliviar.

Nem preciso dizer que meu tio ficou rindo da minha asnice.

Isso foi em 1975.


Francisco Martins

quarta-feira, 18 de setembro de 2024

CONSTITUIÇÃO - DEZ ARTIGOS PARA A BOEMIA

    

    Nós, os boêmios sob a proteção da noite, decretamos e promulgamos a Constituição da República Independente do Bairro do Recife.
    Art. 1º - A República Independente do Bairro do Recife será organizada sob a forma de frevocracia, regime anarco-musical, exercido por boêmios, músicos e poetas.
    Art. 2º - Ficam instituídos como símbolos do Bairro do Recife, a garrafa e a radiola de ficha.
    Art. 3º - São cores da bandeira do Bairro do Recife, o verde-cana, o amarelo-cerveja e o azul-madrugada.
    Art. 4º - Todos são iguais perante a primeira dose e desiguais depois da décima-dose.
    Art. 5º - Todos os boêmios terão assistência gratuita com direito a albergue e soro glicosado e farão jus a um seguro-etílico.
    Parágrafo único - os bêbados, para fins de direito, são equiparados aos menores.
    Art. 6º - O Bairro do Recife é território da paz, das lutas amorosas e da felicidade compartilhada.
    Art. 7º - No Bairro do Recife, situado ao lado de baixo do Equador, fica abolido o pecado.
    Parágrafo único - Todas as noites serão noites de lua.
    Art. 8º - No Bairro do Recife o sistema de preços é capitalista e o sistema de pagamento das contas é socialista.
    Art. 9º - Fica criado o tabelionato de Notas para registrar conversas e promessas noturnas com fé de ofício.
    Art. 10º - Fica criado o patrimônio Histórico-Etílico com o objetivo de preservar todo o ecossistema lirico alcoólico do Bairro, tombados desde já os bares 28 e o de Waldemar Marinheiro.

Nota: não sei quem é o autor ou autora desse texto. Consegui dentro de um livro antigo, esquecido entre as páginas.
    

terça-feira, 3 de setembro de 2024

FILHO DE QUEM MESMO?

Dom João VI quando morou no Brasil teve um caso com uma mulata por nome de Patrocínia. Ela engravidou do monarca, e o filho quando atingiu a idade de estudar foi enviado para Portugal, sem a mãe, onde recebeu educação no Seminário de Lisboa, chegando a ser Bispo de Coimbra.  Certa vez, a mãe precisou ajudar um frade e recorreu à intervenção do filho.  Este mandou uma carta assim dirigida à sua genitora:

"Senhora; seu recomendado lhe dirá que foi atendido. Mas não torne a escrever-me, e menos ainda a me tratar como coisa sua, porque os filhos naturais do rei não têm mãe. Deus a proteja"

Patrocínia não o deixou sem resposta. Eis como respondeu:

"Meu senhor: agradecendo as atenções que dispensou ao meu confessor, cumpre-me dizer-lhe, por minha vez, que os filhos da puta não têm pai. Deus proteja e guarde Vossa Reverendíssima".


Fonte: Diário da Manhã, de Josué Montello,  Volume I, Rio de Janeiro: Editora Nova Aguillar, 1998, p. 124.



 

segunda-feira, 27 de março de 2023

O HUMOR DE MANÉ BERADEIRO : PRA QUE SANTO QUER DINHEIRO?

Nos anos que Padre Moura era o vigário em Nova Cruz-RN, existia por lá o conhecido Chico-Bebo, que sempre ficava na porta da Igreja, nas noites de missas e novenas e cantava:

QUEM TIVER A SUA ESMOLA
DÊ A CHICO-BEBO PRIMEIRO,
SANTO NÃO COME E NEM BEBE,
PRA QUE SANTO QUER DINHEIRO?

A solução que o Padre Moura encontrou foi procurar o Cabo Niro e pedir para ele retirar Chico-Bebo.

quinta-feira, 9 de março de 2023

A BENGALA DE JOSÉ MELQUÍADES


Professor José Melquíades ladeado pelo Padre Amorim e Valério Mesquita

JOSÉ MELQUÍADES DE MACÊDO - (Macaíba/RN, 1925 – Natal/RN, 2001)

José Melquíades de Macêdo, nasceu em Igreja Nova distrito de Macaíba em 29 de outubro de 1925, filho Antônio Melquíades de Macêdo e Arminda de Oliveira Macêdo (além de José, o casal teve mais três filhos, Irineu, Iracema e Julieta). Casado com Gizelda Paraguassú de Macêdo com quem teve oito filhos. Foi funcionário público, advogado, professor, escritor. Pertenceu a Academia Norte Riograndense de Letras, ao Instituto Histórico e Geográfico do RN e ao quadro da loja maçônica Bartolomeu Fagundes.


 No campo das minhas pesquisas, eis que encontro o texto abaixo, que foi publicado na revista O GALO, edição setembro 2000, ano XII, p. 14. Vale a pena a leitura.

O reconhecimento da "nobre" bengala de José Melquíades
    Humberto Guerra, mais conhecido por "Perré", é de família tradicional potiguar. Durante seus primeiros anos de atividade pública, nos anos 70, foi assessor de gabinete do deputado federal Grimaldi Ribeiro. Disputou também a vaga de vereador pela Câmara Municipal de Natal, não obtendo sucesso.
    Decepcionado com a política, resolveu procurar novos horizontes, escolhendo a cidade de São Paulo, onde morou por quase 30 anos, trabalhando na CESP, Companhia de Eletricidade de São Paulo. Com o passar do tempo e vendo aproximar-se os 60 anos, passou a se preocupar com o futuro. Em consequência disso, começou a imaginar que se aproximava o dia em que iria necessitar de apoiar-se numa bengala. Por precaução, adquiriu um estoque de oito delas. Não sem antes testá-las sob o peso do seu corpo.
    Vendo a dificuldade do professor José Melquíades em se locomover, resolveu presenteá-lo com uma das suas bengalas preferidas, de cepa paulista e registrada.
O professor Melquíades agradece a seguir:

Foi no dia vinte e três
De setembro, em Lourival,
Um recanto de Natal
Onde há festa todo mês.
Perré, como bom freguês,
Tudo sabe e não se cala;
Trouxe de São Paulo a mala
E dentro dela o seu bastão
E me deu de coração
Uma fornida bengala.

Presente de Humberto Guerra,
esta bengala de luxo,
Nela peguei o repuxo,
Subo morro, subo serra
Com firmeza, aqui na terra.
Apoiado no bastão
Dispensei o corrimão;
Agora não perco festa,
Um cachorro da molesta
Segurando o pau na mão.

De José Melquíades para Humberto Guerra (Perré)
Natal, Bar do Lourival, sábado, 23 de setembro de 2000

Crédito da foto:https://www.gazetadeparnamirim.com.br/noticia/555/o-profesor-jose-melquiades-de-macedo

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

A MULHER SEM SORTE


 Numa certa manhã, de um dia  e ano que não gravei as datas, eu e minha esposa estávamos numa clínica no bairro de Tirol, onde seríamos atendidos  por um cardiologista. Naquele mesmo local também se encontrava meu amigo João Batista Pinheiro Cabral. Escutei quando a recepcionista anunciou o seu nome para fazer um exame.  Quando ela saiu do consultório, dirigi-me até ele e como sempre, foi aquela alegria! Sorriso largo, sentimento gostoso de uma amizade. Chamei Sandra e a apresentei:

-Doutor João Batista, esta é Sandra, minha mulher!

Ele a olhou.  E como não podia deixar de fazer, aproveitou a oportunidade para fazer uma das suas peraltices, pois naquele homem sempre prevalecia o humor e o espírito de um menino peralta.

-Muito prazer  em conhecê-la. Deixe-me dizer que a senhora é a SEM SORTE e ele é o CONSORTE.

Os trocadilhos de João Batista deixava a vida mais alegre!



O consorte e a sem sorte

Francisco Martins
16 fevereiro 2023

sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

ONDE ANDARÁ MU?

 


MU volte pra sua casa
Deixe de raparigar
Sua tutora tá sofrendo
A ausência naquele lar.
Ela vai castrar você
Pense bem se vai voltar!

Mané Beradeiro

terça-feira, 4 de outubro de 2022

O HUMOR DE MANÉ BERADEIRO - A ESPINGARDA



Hoje eu me lembrei de uma história que compadre Crispiniano me contou, lá no alpendre de  casa,  sob a luz da lamparina, depois de uma janta regada com cuscuz e carne assada na brasa. Crispiniano se lembrou que conheceu em São José do Egito um homem que tinha uma espingarda muito boa. sair para a caça com ela, era certeza de trazer alimento para uma semana inteira.

Aquela espingarda chamou a atenção de muita gente em São José do Egito, até que um dia, um bodegueiro fez uma proposta para comprar a famosa lazarina. O proprietário disse que sua arma não estava à venda. O comerciante duplicou o preço, e não conseguiu comprá-la. Como queria mesmo aquela espingarda triplicou a oferta, e irredutível permaneceu o dono da mesma.

Passados alguns dias, quando estava caçando, a espingarda pela primeira vez errou o alvo. Não pensou duas vezes em se desfazer dela. Procurou o bodegueiro e a vendeu.

Feliz por ter adquirido a arma, o comerciante saiu para testar a arma no primeiro fim de semana que pode. No mato, ele vislumbra um preá, faz pontaria e atira. O preá não morre, dá um pinote e grita, correndo em disparada.

Na cidade, procurou o antigo dono e relatou que a espingarda estava com algum problema.

-Mas o que foi mesmo que aconteceu?

-Eu mirei em um preá, puxei o gatilho e o bicho não morreu. Deu um pulo, gritou e saiu correndo. O que você me diz disso?

-Ora amigo, ele gritou porque dói!



domingo, 21 de novembro de 2021

segunda-feira, 15 de novembro de 2021

HUMOR DE MANÉ BERADEIRO: ENCONTRO COM DOIS ESTRANGEIROS

 

(Luiz Tavares)

    Estória que ficou famosa na cidade foi aquela do encontro de Luiz Tavares e Carlos Bening com dois estrangeiros, num cabaré, na Ribeira. Por qualquer motivo, eles não simpatizaram com os galegos, que bebiam numa mesa ao lado. Fizeram gozações e os insultaram. Os estrangeiros estavam bem vestidos. De repente, pagaram a conta e se retiraram. Luiz e Carlos Bening entenderam que eles tinham fugido com medo da surra...
    Vinte minutos depois, para surpresa de Luiz e Carlos Bening, os galegos voltaram ao cabaré e se sentaram na mesma mesa. Vinham de roupa mudada, em mangas de camisa. Logo à primeira provocação, os dois se levantaram e começou a briga mais feia do mundo! Todavia, ao contrário do que se esperava, nem Luiz nem Carlos Bening levaram qualquer vantagem na luta. Cada golpe que os estrangeiros davam, Carlos e Luiz rolavam no salão. E quando se erguiam, logo sucediam novos golpes e novas quedas...
    Luiz Tavares confessou-nos, depois, que nunca apanhou tanto em sua vida!
    Só no dia seguinte, lendo os jornais, é que se inteirou da verdade: os dois galegos eram campeões sul-americanos de jiu-jitsu! Estavam em trânsito pela cidade, hospedados no "Grande Hotel"...

Fonte: MELO. Veríssimo de. Galeria dos Imbatíveis I - O Gigante Luiz Tavares. Nossa Editora Ltda. Natal-RN,   sem data. 35p.

segunda-feira, 25 de outubro de 2021

O HUMOR DE MANÉ BERADEIRO

O Distrito de Dom Marcolino Dantas é um celeiro de personagens e histórias hilárias.  Vou narrar uma, mudando o nome do protagonista.  Vou chamá-lo de Lourival, e já adianto que se por acaso tiver por lá um homem com esse nome, não foi com ele que se deu tal fato.

Lourival  foi para Natal  fazer um exame de próstata. Conseguiu ser atendido no Hospital Universitário Onofre Lopes. No dia da consulta, ao entrar na sala, Lourival se depara com o médico e mais quatro estudantes de medicina. O médico conversa com ele e os estudantes vão acompanhando o diálogo. Depois de alguns minutos o médico diz que é preciso fazer o toque retal.  Lourival acata a ideia depois de ser convencido de que é muito importante esse exame.


Feito os preparativos  e estando pronto, o médico veste a luva, lubrifica o dedo e rapidamente faz o toque. Até aí tudo bem. O pior é que cada estudante também quis ter a experiência. Foi o primeiro, o segundo e quando o terceiro já se aproximava, Lourival gritou:

-Parando por aí! Vocês tão pensando que aqui é interruptor para todo mundo meter o dedo?




quinta-feira, 30 de setembro de 2021

O HUMOR DE MANÉ BERADEIRO

 Frederico da Prussia tinha o costume de dirigir as três seguintes perguntas a todo o soldado que entrava em seu serviço: Que idade tens? Que tempo há que estás ao meu serviço? Satisfazem-te a paga e o tratamento que te dão?

         Um jovem soldado, natural da França, depois de ter servido ao seu país, desejou entrar no serviço da Prussia. O seu aspecto deu-lhe aceitação; mas ele ignorava completamente a língua alemã; entretanto o seu capitão advertiu-lhe que ele havia de interrogá-lo nessa língua, logo que o visse, e por isso deu-lhe o conselho de aprender de cor as três respostas competentes.

Assim o soldado as decorou no dia seguinte, e apresentando-se nas fileiras, foi logo interrogado por Frederico; permitiu, porém, o acaso que desta vez o rei começasse pela segunda pergunta, e lhe dissesse: Que tempo há que estás ao meu serviço? Ao que respondeu o soldado: Vinte e um anos. O rei, observando que a sua mocidade mostrava claramente não ter ele tantos anos de serviço, perguntou-lhe admirado: E que idade tens? Um ano somente, replicou o mancebo; então Frederico, ainda mais espantado, exclamou: Um de nós dois, certamente perdeu o juízo! O soldado, julgando ser isto a terceira pergunta, respondeu muito seguro: Ambos, com permissão de V. Majestade.

 

Fonte: Jornal Academia Popular - Pernambuco, ano 1, edição 3 de maio de 1863,p.8



terça-feira, 10 de agosto de 2021

O HUMOR DE MANÉ BERADEIRO - SERMÃO DE GUERRA

 


Um jovem Pastor Protestante, durante um sermão no culto dominical, para os soldados que estavam acampados na Base Americana em Natal,  na famosa Trampolim da Vitória, pregou assim: "De todos os vícios, a bebida é certamente o pior. Quando bebem, vocês perdem o controle dos seus atos e ficam atirando com as pistolas de forma contra os inimigos. Ora, estando bêbados, não acertam no alvo"

segunda-feira, 2 de novembro de 2020

O HUMOR DE MANÉ BERADEIRO : DIA DE FINADO

 

Sebastião acordou neste dia 2 de novembro com uma homenagem feita por sua esposa, Dona Gorete, que tão logo raiou o dia, ela colocou no colo dele uma coroa de flores e cantou:

"Os que no Senhor dormiram, descansando já estão/ Aos heróis se reuniram e aguardam a ressurreição" 

Quando ele abriu os olhos ela olhou para ele e disse: 

-Feliz Dia dos Finados!

É como diz a trova:

 "Ora, louvado seja Deus!

Ora, Deus seja louvado!

De cabeça para baixo

Este mundo anda virado"

 

 

 



 

segunda-feira, 18 de maio de 2020

QUE HINO É ESSE?

Silvio Pizza Pedroza (1918-1998) era governador do Rio Grande do Norte (1951-1956) quando recebeu o embaixador do Líbano, Adib El-Nahas.
 
Silvio Pedroza

O próprio governador telefonou ao maestro da Banda de Música da Polícia Militar para que a mesma se preparasse para no ato da recepção receber o embaixador  tocando o  hino nacional do Líbano. O diálogo se deu assim:
-Comandante, você tem aí o hino nacional do Líbano?
-Tem, sim senhor.
-Quero que toque amanhã, aqui, quando prestarem continência ao embaixador na frente do Palácio.

E, na  hora em  que começou a tocar, o embaixador do Líbano vira-se para o governador e pergunta:
-Que hino é esse?
O governador Silvio Pedroza disse que ignorava. No dia seguinte soube que a Banda de Música da Polícia Militar tocou o hino japonês.

Mané Beradeiro
Parnamirim-RN, 18 maio 2020




sábado, 16 de maio de 2020

UMA GRANDE TRAVESSURA DO MENINO ANTONIO SOARES FILHO

Travessuras são coisas próprias das crianças e jovens. A que irei contar agora foi feita por ANTONIO SOARES DE ARAÚJO FILHO.  Quando ele tinha 15 anos ( 1929), ele leu que o Presidente dos Estados Unidos da América, Herbert Hoover estava visitando o Brasil e iria passa ao largo de Natal,  no navio Utah.
Herbert Hoover
 Foi aí que ele planejou e executou uma travessura que teve dimensão além do que esperava.  Escreveu numa folha de papel "Good Year - Herbert Hoove",  pôs dentro de uma garrafa e como estava passando as férias na  praia da Redinha, lançou-a dentro do mar, naquele dia 23 de janeiro de 1929. A garrafa foi encontrada por Tarcísio Medeiros (seu primo) que a levou ao Professor Luiz Soares ( tio de Antonio).
Foto do blog  Tok de História (26.07.2019)
 O Professor Luiz Soares apresentou o material na redação do jornal "A República", que no dia 25 de janeiro de 1929, página 2,  publicou uma matéria com a seguinte manchete: "Uma saudação do Presidente Herbert Hoover" . Alguns exemplares do jornal foram enviados à Casa Branca. 

Antonio Soares Filho (1914-1996)

Esta foi sem dúvida uma traquinice que fez com quê o mais famoso jornal do Rio Grande do Norte publicasse uma notícia que não era verdadeira.

Mané Beradeiro
16 de maio de 2020

Fonte: Memória Viva - entrevista com Antonio Soares de Araújo Filho - Natal/RN - Nossa Editora, s/a.


quinta-feira, 2 de abril de 2020

O HUMOR DE MANÉ BERADEIRO - ORAÇÃO PARA ARRUMAR MULHER

Em tempo de pandemia muita gente está rezando, orando, fazendo preces, cada uma dentro da sua religião. Ontem, Mané Beradeiro  estava conversando com um amigo, quando ele depois de alguns momentos,  disse-lhe:
-Mané eu vou desligar o telefone pois está na hora da minha oração.
Beradeiro ficou curioso e perguntou se o amigo estava fazendo oração  para  terminar a pandemia do corona-vírus.
-Também, mas na verdade estou pedindo a Deus para me dar uma mulher, não aguento esta quarentena sem uma "costela viva" ao meu lado.
-E como você faz a oração?
-Assim...

ORAÇÃO PARA ARRUMAR MULHER

Meu Deus, dai-me a saúde de um jumento,   a beleza de um pavão e a potência de um touro chuíte.
Que caia uma ruma de mulher na minha vida maior do que catorze açudes arrombados.
Que toda mulher que aparecer na minha vida apresente dez sinais de beleza:

1) Olhos lindos
2) Pescoço aveludado
3) Boca pequena
4) Nariz afilado
5)Cintura de pilão
6) Garupa arrebitada
7) Cabelos compridos batendo nos quartos
8) Que seja ubrada
9) Que tenha coxas grossas e roliças
10) Mãos macias

Amém! 

sábado, 21 de março de 2020

O HUMOR DE MANÉ BERADEIRO - POEMA PARA ACABAR FIADO

Em Natal, ali na avenida Rio Branco, centro, onde hoje está instalado o Banco do Brasil, foi o local do Mercado da Cidade Alta. Entre os seus comerciantes tinha um que vivia se lamentando da extensa lista de clientes que comprava fiado e não honrava com seus deveres.
 
Avenida Rio Branco - Mercado  da Cidade Alta à direita (Foto de Jaime Seixas - ano não identificado)

Um dia, o poeta Jaime Wanderley estava bebendo cervejas no Magestic, do poeta  Jorge Fernandes, quando escutou o comerciante se lamentando da crescente venda de produtos no fiado. Jaime  interviu:
 
O Magestic
-O amigo precisa colocar um aviso em seu barracão para acabar com o fiado. Quer que eu escreva o aviso?
O comerciante disse que aceitava de bom gosto.
Jaime tomou um pedaço de papel e escreveu:

PRA QUE NÃO HAJA TRANSTORNO
AQUI NO MEU BARRACÃO,
SÓ VENDO FIADO A CORNO,
FELA DA PUTA E LADRÃO

Posto o aviso, o pedido de fiado acabou-se.