sexta-feira, 22 de novembro de 2024
terça-feira, 19 de novembro de 2024
BENS TOMBADOS PELO GOVERNO DO ESTADO - PARTE IV
Solar da Madalena - MACAÍBA - DOE-30/07/2002
Conjunto: Capela de Santa Rita, Cemitério e Samoieda - PEDRO VELHO - DOE-30/07/2002
Igreja Matriz - SANTANA DO MATOS - DOE-30/07/2002
Casa de Cultura de Florânia - FLORÂNIA - DOE-23/03/2003
Sítio Cultural de Martins - MARTINS - DOE-25/09/2003
Estação Ferroviária e Armazém da Estação - JOÃO CÂMARA - DOE-30/01/2004
Casa da Estudante - NATAL - DOE-19/05/2004
Antiga Sede da Secretaria Municipal de Educação - PARNAMIRIM - DOE-29/05/2004
Casa de Chico Antônio - PEDRO VELHO - DOE-29/05/2004
Residência da Praça Cristo Rei - CURRAIS NOVOS - DOE-30/09/2004
Casa de Albino Gonçalves de Melo - MACAU - DOE-30/09/2004
Farol de Mãe Luíza - NATAL - DOE-16/10/2004
Sobrado de Parelhas - PARELHAS - DOE-16/10/2004
Antiga Sede da Delegacia Regional de Polícia - SANTA CRUZ - DOE-16/10/2004
Prédio situado na TV. Benício Paiva - ALEXANDRIA - DOE-23/11/2004
Biblioteca Pública Câmara Cascudo - NATAL - DOE-07/12/2004
Cidade da Criança - NATAL - DOE-07/12/2004
Fundação José Augusto - NATAL - DOE-07/12/2004
O CASO DE ANA AMÉLIA FERREIRA VALE
Josué Montello quando foi escrever " Os Tambores de São Luís", livro que tem 20 anos de pesquisa e dois anos de produção, ele teve a ideia de trazer para dentro do romance, fatos históricos da sociedade do Maranhão. Um desses fatos é sobre ANA AMÉLIA FERREIRA VALE. Conheça lendo o texto abaixo. Vem a calhar nesta Semana Nacional da Consciência Negra
"O nosso Gonçalves Dias, amigo íntimo do Dr. Teófilo Leal, apaixonou-se por uma cunhada deste, a Ana Amélia, e a pediu em casamento à Dona Lourença Vale, mãe da moça e que Vossa Reverendíssima também conhece. O Gonçalves Dias não é um homem qualquer – é o maior poeta do Brasil e amigo pessoal do Imperador. O Maranhão não tem glória mais alta. Pois nada disso teve o menor significado para a nossa Dona Lourença, diante deste fato, de que o Gonçalves Dias não tem culpa: – ser ele mestiço e filho bastardo. E respondeu ao poeta, numa carta seca, com um não redondo. Não dava a filha a um mestiço. Mas a verdade é que o Gonçalves Dias, se quisesse, podia vir a São Luís, e levar a Ana Amélia, que estava disposta a fugir com ele. E não foi isso que fez. Humilhado, guardou a mágoa. E ao chegar ao Rio, casou numa das mais importantes famílias da Corte. A Ana Amélia, coitada, não perdoou a família. E quando o Domingo Porto, que é também bastardo e mestiço, lhe arrastou a asa, não hesitou em casar com ele, amparada pela Justiça. Vossa Reverendíssima já sabe que o casamento dela, aqui em São Luís, foi um deus-nos-acuda. Parecia que o mundo estava vindo abaixo. As amigas de Dona Lourença passaram a andar de preto, solidárias com o luto fechado da família Vale. O pai da Ana Amélia, instigado por Dona Lourença, foi ao cartório do Raimundo Belo e deserdou a filha, sob a alegação de que a moça tinha casado com o neto da negra Eméria, antiga escrava do coronel Antônio Furtado de Mendonça.O Dr. Olímpio Machado estava agora debruçado sobre a cadeira, com os antebraços apoiados na madeira do espaldar. E procurando os olhos de Dom Manuel, depois de uma pausa:
– Vossa Reverendíssima já sabia desse fato? Asseguro-lhe que é absolutamente verdadeiro. O Domingos Vale deserdou a filha, por escritura pública, apenas porque o genro, Vice-Presidente da Província e Comandante da Guarda Nacional, é neto de uma escrava! Coisas deste nosso Maranhão, Senhor Dom Manuel da Silveira! Coisas deste nosso Maranhão!
E endireitando o busto, após outra pausa:
– Vossa Reverendíssima pensa que a família Vale se deu por satisfeita? De modo algum. Fez mais. Decidiu levar o Domingos Porto à ruína, na sua casa de comércio. De um dia para o outro, o Porto se viu com todos os seus créditos cortados. Ninguém quis mais negociar com ele. O resultado foi a falência, e o pobre do Porto obrigado a sair do Maranhão às pressas, para não cair nas unhas de seus perseguidores! Um horror, Senhor Bispo! Um verdadeiro horror! Eu, como Presidente da Província, nada pude fazer para ampará-lo. Só encontrei negativas. Era a cidade inteira contra um homem. E tudo por quê? Porque o Domingos Porto, que é um homem de primeira ordem, culto, educado, finíssimo, tem a desgraça de ser neto de uma escrava! Que é que Vossa Reverendíssima me diz a isto, Senhor Dom Manuel? Em que século estamos? E que terra é esta?"
Fonte: "Os Tambores de São Luís" - Josué Montello - EDitora José Olympio - 1975. 1ª ed. Rio de Janeiro, páginas 112 e 113.
segunda-feira, 18 de novembro de 2024
VALÉRIO MESQUITA - A GRANDEZA CULTURAL DE MACAÍBA - ORGULHO ESTADUAL
Seu primeiro livro data 1968, "O tempo e sua dimensão". Mesmo ano em que se formou em Direito, pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Hoje, sua produção literária já ultrapassou 25 edições, em vários títulos.
Tem uma especialidade quando se dedica a escrever sobre causos, principalmente os que envolvem políticos, pois nesse campo ele militou como prefeito e deputado estadual.
A cultura do Rio Grande do Norte deve muito a esse homem. Como gestor da Fundação José Augusto, quando assumiu o cargo em outubro de 1980 e nele permaneceu até 1986, onde administrou enfatizando o trinômio: restauração de patrimônio histórico, editoração ( 120 publicações) e animação cultural.
Foi Presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, Conselheiro e atual Presidente do Conselho Estadual de Cultura, membro de diversas instituições culturais, entre elas a Academia Norte-rio-grandense de Letras, onde ocupa a cadeira 21, desde o dia 30 de março de 2000.
Se fôssemos listar as ações e as bandeiras que Doutor Valério Mesquita adotou ao longo da sua vida pública, muito teremos para escrever. Homem de cultura e sobretudo de extrema sabedoria, que sabe administrar conflitos e ser resoluto.
Em suas mãos, ainda tremula a flâmula da esperança de que um dia, um governador ou governadora deste estado haverá de ter a coragem de abraçar a causa da restauração da "Casa Comercial do Guarapes, fundada em 1870, que importou e exportou produtos do seu porto para os EUA e Inglaterra".
A esse homem, nossos aplausos e votos de saúde e paz!
Francisco Martins
Fontes:
Memória Acadêmica - Leide Câmara - Editora IFRN/Natal - 2017, p. 379 a 381.
Fundação José Augusto 40 anos - 1963/2003. Centro de Estudos e Pesquisas Juvenal Lamartine - FJA/Natal 2004, página 109.184 a 188.
sábado, 16 de novembro de 2024
TRIBUTO A DIULINDA
quarta-feira, 13 de novembro de 2024
terça-feira, 12 de novembro de 2024
segunda-feira, 11 de novembro de 2024
A NECESSIDADE DA ARTE - UMA BOA CONVERSA NA ANRL
sábado, 9 de novembro de 2024
quinta-feira, 7 de novembro de 2024
"ERA UMA VEZ NO LEITO ..." 3ª AÇÃO DE 2024
O Contador de Histórias, Francisco Martins, realizou na manhã de hoje, no Hospital Infantil Varela Santiago, a 3ª ação do projeto "Era uma vez no leito...", que objetiva levar o lúdico às crianças e os acompanhantes, que estão hospitalizadas.
Essas ações acontecem mensalmente e no momento da contação, Francisco Martins tenta trazer para dentro das histórias, tanto o paciente como o acompanhante, gerando assim uma maior interação
.Se cada um contribuir com um pouco, esse pouco será muito. Há um hospital carente da sua ajuda. Apareça!
O CORDEL NA POÉTICA ARMORIAL
quarta-feira, 6 de novembro de 2024
terça-feira, 5 de novembro de 2024
A JUSTIÇA E A PAZ
O poema de minha autoria "A justiça e a paz", foi classificado e selecionado para a antologia do PRÊMIO OFF FLIP 2024 - Poesia.
A eterna voz de Deus na consciência de todos os povos.
A justiça não tem dono. É um bem universal.
A justiça não é urdida de intrigas, nem se prevalece de vantagens reais.
É independente. Não se banqueteia com poderosos
E, sem favoritismos, acolhe os fracos e desvalidos dos bens sociais.
A justiça não é vingativa. Pressupõe a inocência.
É equânime, mas não favorece jamais a impunidade,
Sendo, por isso, reconhecida a magnitude de sua dignidade.
A justiça é indulgente com o argueiro no olho do acusado,
Mas há de ser inexorável com a trave no olho dos que o condenam
Ruidosamente, fundados em controversas razões parciais.
A justiça é meridiana. Não permite nem faz sombras à verdade,
Mas é, nela, que se ilumina e se sustenta. Sua fala é a verdade
E diz, em plena claridade, do que é, que é; do que não é, que não é.
A justiça não está nos códigos, nem nas supremas leis,
Mas no imperativo do que deve ser feito e não procrastinado,
Realizando-se rigorosamente, no tempo preciso, o seu desígnio maior.
A justiça falha quando erra e erra quando tarda e é complacente,
Ou omissa até com as próprias falhas de consequências irreparáveis.
Justiça tardia e lassa não é justiça. É cumplicidade falaz.
A justiça não é perseguição, mas determinação;
Não é contingência, mas diligência em sua suprema função
De garantir uma sociedade justa e organizada que a todos compraz.
Ai dos traidores da justiça! dos que detêm e concentram o seu poder,
E, em seu nome, praticam a iniquidade, surdos à voz do Infinito Poder,
Porque a sua Lei é implacável, e a sua dosimetria é a eternidade!
Não é cega a justiça e não será jamais. Vê que é bom, tudo o que faz
E constrói, com o trabalho dos justos de boa vontade, o luminoso dia
Em que vem, para todos, ela mesma, a justiça abraçada com a paz!
EXPOSIÇÃO ARMORIAL FICA EM NATAL ATÉ FEVEREIRO DE 2025
A exposição sobre o Movimento "Armorial 50 anos", que foi oficialmente aberta dia 31 de outubro, à noite, no Palácio Potengi, em Natal, vai continuar disponível para o público até o dia 2 de fevereiro de 2025, com portas abertas de terça a sexta, das 8 às 17h e sábado e domingo, no horário das 9 às 18 horas.
segunda-feira, 4 de novembro de 2024
HOJE É A DATA DOS 70 ANOS DA POSSE DE JOSUÉ MONTELLO NA ABL
Josué Montello nasceu em 21 de agosto de 1917, no Maranhão, e faleceu no dia 15 de março de 2006. Assim, desta forma tão sucinta se expressa o nascer e o morrer de um homem que existiu por 88 anos.
Ele foi um gigante na literatura brasileira, um cidadão que prestou serviços relevantes ao seu país, aqui e no exterior. Há muito para dizer sobre Josué Montello e muito mais para se aprender sobre ele e com a sua obra.
Imortal, entrou na Academia Brasileira de Letras em 4 de novembro de 1954, onde viveu por quase 52 anos, sendo o ocupante da cadeira 29. O poeta Mané Beradeiro, celebrando os 70 anos da posse de Josué Montello na ABL, está escrevendo um cordel bibliográfico sobre o mesmo, que vai ser lançado brevemente.