Mané Beradeiro
“Os cabras de Lampião”, um poema
épico do cordel brasileiro, classificado como “romance”, pois o texto supera 32
páginas. O autor é Manoel D’Almeida
Filho (1914-1995), natural de Alagoa Grande – PB, poeta que faz parte da
segunda geração do cordel brasileiro (1920/1930). É sobre este texto que me
debruço para escrever mais uma resenha. D’Almeida é um poeta que tem sua marca
registrada na história do cordel.
Quem desejar conhecer esta área não pode e nem
deve deixá-lo à margem. É presença na “Antologia da Literatura de Cordel”
(BATISTA, 1977, p. 303) e foi membro da Academia Brasileira de Literatura de
Cordel – ABLC, sendo o primeiro ocupante da cadeira 20. Marco Haurélio não o
deixou fora do capítulo: Pequeno Dicionário Biobliográfico da Literatura de
Cordel e não teme em afirmar: “Os cabras
de Lampião, a obra prima do autor é,
indubitavelmente, a melhor biografia em versos sobre o famoso cangaceiro”
(HAURÉLIO, 2013, p. 101).
Tomei
conhecimento de um fragmento deste texto quando li “Guerreiros do Sol”
(MELLO,2004, p. 315), mas somente recentemente eu pude degustar do poema em sua
totalidade. A edição que li é da Editora Luzeiro, trazendo a apresentação de
Nando Poeta e um texto de Aderaldo Luciano, poeta e pesquisador. Faz 54 anos
que este poema foi publicado pela primeira vez, quando em 1965 saiu com o selo
da Prelúdio ( mais tarde, em 1973,
passaria a ser chamada de Luzeiro).
Mergulhemos,
portanto, no texto e vejamos o que nos traz “Os cabras de Lampião”.
1)
Dos Cangaceiros nomeados
“Lampião formou um grupo
Começou sua carreira,
Doze inclusive os irmãos
Era a sua cabroeira
Que passou a comandar
Sendo esta a vez primeira”
(D’Almeida Filho, 2018,p.10)
A primeira coisa que iremos saber é que o
poeta resgata neste cordel 103 nomes de cangaceiros (veja a lista abaixo), sem
contar com os nomes das mulheres e aqueles que antecederam Lampião. Também não
somei a esta lista os coiteiros, juízes, coronéis, padres e outras
personalidades, que embora não vivessem no bando, não deixavam de ser “Cabras”
de Lampião.
A maioria
dos homens recebeu um nome de guerra, dado geralmente pelo próprio Lampião.
2)
Do espaço geográfico onde houve ataques, batalhas,
sequestros e saques.
Quando
entrava nos lugares
Cantava
esta canção:
“O meu
nome é Virgolino,
Me tratam
por Lampião,
E com a
revolta sou
Interventor
do sertão”
(Idem, p.46)
Levei em consideração o período
em que Lampião passou a liderar seu próprio grupo, que no texto é assinalado a
partir da página 10, estrofe 45 ( Lampião formou um grupo ...). As
estrofes anteriores tratam da introdução e do batismo de fogo de Lampião. Virgolino
Ferreira da Silva, o Rei do Cangaço, reinou de forma altaneira nos estados do
Ceará, Rio Grande do Norte, Paraiba, Pernambuco, Alagoas e Bahia, o sertão que
ele conhecia. O poeta D’Almeida apresenta
nomes de 50 localidades por onde passou Lampião e seu bando.
No tocante às cidades de Pau dos
Ferros, Apodi, Areia Branca e Martins, todas no Rio Grande do Norte, mas
precisamente na Mesorregião do Oeste Potiguar, aqui, o poeta D’Almeida cometeu
um erro ao escrever que elas pertenciam à zona do Seridó:
Porque
antes de chegar
Às portas
de Mossoró,
Fez a
maior bagaceira
Na zona
do Seridó,
Arrasou
quatro cidades
Sem de
ninguém sentir dó.
Foram as
seguintes cidades,
Pelos
cabras saqueadas:
Pau dos
Ferros e Martins,
Que se
viram incendiadas,
Apodi e
Areia Branca
Da mesma
forma queimadas
(Idem,
p.30).
O Seridó é uma região formada por
54 municípios, sendo 28 do Rio Grande do Norte e 26 da Paraíba.
O poeta D’Almeida nos mostra que,
embora Lampião fosse um homem de coragem,
sempre perdeu quando a população teve tempo para se preparar e
enfrentá-lo. Foi assim em Mossoró:
Pois o
povo a toda pressa
Em várias
ruas cavou
As
trincheiras necessárias,
Depois em
armas pegou,
Em defesa
da cidade,
A batalha
se travou
...
Sob uma
chuva de balas
Recuaram
novamente.
Dessa vez
a retirada
Foi
definitivamente,
Levando
como reféns
Três
pessoas na sua frente.
(Ibidem,
p. 30 e 31)
E a mesma experiência de derrota
aconteceu também quando Lampião e seus cabras tentaram invadir a cidade de
Capela:
Num cerco muito bem feito
Lampião viu-se envolvido;
Temendo ser preso ou morto,
Conseguiu sair fugido
De Capela, com o grupo,
Completamente batido.
(Ibidem, p.42)
Ainda sobre a presença de Lampião
no Rio Grande do Norte, no tocante ao sequestro do Coronel Antonio Gurgel, no
texto do poema, o autor não cita o nome da localidade, mas o escritor Raimundo
Nonato da Silva vai esclarecer dizendo que foi em Mato Grande, localizado entre
São Sebastião (atual cidade de Dix-Sept Rosado) e Brejo, onde morava o Coronel
Antonio Gurgel (SILVA, 1965, p.40)
A lista com os nomes das
localidades encontra-se no final.
3)
Teria sido Lampião o pioneiro em cavar um poço de
petróleo na Bahia?
Diz o
cordel que durante o tempo em que Lampião e seus cabras se esconderam na vasta
região do Raso da Catarina, no estado da Bahia,
certa feita ele encontrou petróleo:
Um dia cavando um poço,
Naquele seu monopólio
Saiu uma água suja
Gordurosa como um óleo
Que ninguém pôde beber
Pois podia ser petróleo
(Ibidem, p. 44)
O Raso da Catarina compreende 99.777ha, sendo a
única reserva biológica de caatinga do mundo. Lá, a temperatura atinge 43º C e
água é líquido difícil de ser encontrado. A região tem também seu misticismo.
Há uma lenda sobre a fazendeira Catarina que “lutou com a seca, mas foi
derrotada por uma nuvem de gafanhotos que devorou a plantação de milho e
feijão, deixando-a em estado de loucura e sozinha até o fim da vida. Dizem que
seu espírito vaga a localidade ajudando vaqueiros a encontrar animais perdidos”. Também foi no Raso da Catarina que se abrigou
Antonio Conselheiro.
Achei importante trazer este assunto porque há
nele um diamante que precisa ser lapidado. Fui cavar no campo da pesquisa e eis
que me deparo com Manoel Inácio Barros, engenheiro agrônomo, que em 1930 vivia
pela Bahia tentando descobrir petróleo. Tinha até conhecimento da existência do
óleo usado pelos campesinos, que utilizavam como combustível para cozinhar. O
poço cavado por Lampião foi em 1931, que de forma não intencional acabou
encontrando petróleo no Raso da Catarina.
Oficialmente, o primeiro poço de petróleo foi perfurado no dia 29 de
julho de 1938, em Lobato-BA.
4)
Tentativa de conversão da moeda da época para o
Real de hoje
O leitor vai se deparar com várias estrofes que
trazem a nomenclatura da moeda da época.
Do Coronel Zé Rodrigues Lampião levou seis contos (p,12). Quanto seria isso
hoje? Um conto de réis equivalia a mil mirréis (R$ 123.000,00), portanto numa
tentativa aproximada o Coronel Zé Rodrigues perdeu para Lampião algo em torno
de R$ 738.000,00 (setecentos e trinta e oito mil reais). Deixo abaixo a tabela
de conversão para que o leitor faça a atualização.
1 Réis = R$
0,123
1
Mirréis (Mil Réis) = R$ 123,00
1 Conto
de Réis ( Mil Mirréis) = R$ 123.000,00
5)
As ilustrações
As capas das duas primeiras edições são
praticamente iguais, salvo por pequenos detalhes. Afirma Doutor Aderaldo Luciano: “Uma traz uma
indicação na parte superior esquerda com os dizeres “Edição Especial” e o nome
do autor em caixa maior, quase centralizado. A outra o nome do autor vem do
lado esquerdo, todo em caixa alta”.
(capa da segunda edição)
Ambas as edições (1965 e 1966) tiveram o selo da
Prelúdio. A Segunda edição traz 15
ilustrações.
A mais
recente, 2018, da Editora Luzeiro, também foi ilustrada, desta vez pelo artista
Walfredo de Brito, que fez 11 desenhos e a capa.
Sobre o trabalho das ilustrações é inegável
afirmar que o autor (não consegui identificar) dos desenhos da segunda edição, não
teve a preocupação de fazer um minucioso estudo sobre o espaço físico,
geográfico e cultural no qual se passa a
narrativa. Já na edição recente, é
notória a presença de elementos da cultura, o que corrobora a certeza de que
Walfredo de Brito teve a preocupação de estudar o modus vivendi das
personagens.
6)
Sobre a analogia das três edições
A priori
a resenha seria construída apenas com base no que li da última edição, mas
quando achava que estava terminando de escrevê-la, eis que sou procurado pelo
poeta e pesquisador Dr. Aderaldo Luciano, nome já bastante conhecido no meio do
cordel, para que fizesse uma analogia com as edições anteriores.
O Doutor
Aderaldo Luciano não pensou duas vezes e me forneceu os textos da editora
Prelúdio. Aí tive que ler e reler varias vezes,
e o resultado foi o seguinte: as três edições têm a mesma quantidade de
estrofes, isto é: 575, sendo 573 sextilhas, 1 sétima e 1 quintilha (que
representa uma senha dentro da fala do
coiteiro Antonio de Chiquinho, p.55), assim sendo, o romance é composto por 3.450 versos.
Na orelha
esquerda da última edição, no texto que escreve o poeta e pesquisador Doutor
Aderaldo Luciano, ele cita que há 653 estrofes.
Onde estariam as outras? Teria D’Almeida revisado o cordel e tirado
tantas estrofes? Onde Doutor Aderaldo Luciano pegou esta informação?
A
resposta que o pesquisador me deu foi que ele se baseou na ficha técnica do
cordel que afirma ter 652 estrofes em sextilhas mais a estrofe final
(assinatura ALMEIDA), totalizando 653.
Ele confiou na ficha técnica e a informação não bate com a quantidade
real, que é de 575 estrofes.
Tive o
cuidado de fazer uma leitura de forma vagarosa, sempre em conjunto de 10
estrofes visando apurar se o texto
permanece o mesmo nas três edições. O
achado foi este:
Página 16
(sempre estarei usando a última edição 2018)
Que a um
seu coiteiro traiu (edições 1 e 2)/ Que a um coiteiro traiu (edição 3).
Página 22
Até a última bala ( 1 e 2)/ Até vir a última bala (3)
Página 35
Especialmente, um médico (1 e 2)/ Um médico,
especialmente (3)
Página 37
Tá’qui a moça, capitão (1 e 2)/ Eis a moça,
capitão (3)
Dificilmente
um cangaceiro usaria “Eis” em sua fala. Optaria sempre pela expressão coloquial
“Tá’qui”.
Página
40 (a estrofe 322)
Já na estação, o trem
Chegou, saltou um soldado,
Lampião tomou-lhe as armas
E perguntou
alterado:
-Macaco, se for baiano,
Agora mesmo é sangrado.
Deixei em
negrito “perguntou” porque considero que
aqui, o leitor possa achar que o poeta deveria ter usado “afirmou”, pois aparentemente
Lampião está afirmando e não perguntando. Na verdade a afirmação de Lampião contém uma pergunta
indireta: queria saber se ele era baiano.
Página 41
Correram a tarde toda (1 e 2)/ Correram uma
tarde toda (3)
Página 46
Agora com a revolta (1 e 2)/ E com a revolta
eu sou (3)
Página 63
Suspeitou que Pedro Cândido ( 1 e 2)/ Achou
que Pedro de Cândida (3)
Era o cabo João Bezerra (1 e 2)/ O tenente
João Bezerra (3)
Sobre
esta “promoção” de cabo para tenente a
coisa se repete nas páginas 64, 65, 67.
Página 64
Perceba o leitor que aqui houve um desfiguramento
da imagem criada pelo poeta D’Almeida e que estão presentes nas edições 1 e 2.
Veja:
Um dos grupos dessa tropa
Ele mesmo o comandava,
Outro: o soldado Aniceto,
Em quem muito confiava,
O terceiro: um aspirante
Que Francisco se chamava
Na edição 3 ficou assim:
Um dos grupos dessa tropa
Ele mesmo o comandava.
Era o sargento Aniceto,
Em quem muito confiava.
O terceiro: um aspirante
Que Francisco se chamava
Achei que não ficou bem clara a divisão, como
estabeleceu o poeta nas duas primeiras edições.
Página 67
Que se o
cabo não estivesse ( 1 e 2)
Caso ele
não esteja (3).
Nomes dos Cabras de Lampião
1) Açúcar
2) Amoroso
3) Ângelo Roque
4) Antonio
5) Antonio de Engraça
6) Arvoredo
7) Asa Branca
8) Asa Negra
9) Ascilino
10)
Azulão
11)
Balão
12)
Barata-Azul
13)
Beija-Flor
14)
Besta-Fera
15)
Bom de Vera
16)
Bom-na-Tabica
17)
Cacheado
18)
Caixa de Fósforos
19)
Cajarana
20)
Cajazeira
21)
Canário
22)
Candieiro
23)
Caninana
24)
Canjica
25)
Carrapicho
26)
Catingueira
27)
Chá-Preto
28)
Chico-Peste
29)
Ciço
30)
Cobra-de-Cipó
31)
Cobra-Verde
32)
Colchete
33)
Come-Cru
34)
Cordão de Ouro
35)
Corisco (Diabo Louro)
36)
Correnteza
37)
Cravinho
38)
Cravo Roxo
39)
Criança
40)
Cruzeiro
41)
Delicado
42)
Demudado
43)
Desconhecido
44)
Deus-Te-Guie
45)
Devoção
46)
Diferente
47)
Elétrico
48)
Esperança
49)
Ezequiel (Ponto-Fino)
50)
Ferrugem
51)
Gato-Bravo
52)
Gorgulho
53)
Gorro
54)
Graúna
55)
Guri
56)
Jararaca
57)
Jitirana
58)
José Baiano
59)
Jurema
60)
Jurema
61)
Lavareda
62)
Limoeiro
63)
Livino
64)
Luis Pedro
65)
Mansidão
66)
Mariano
67)
Marreco
68)
Massiolon
69)
Medalha
70)
Meia-Noite
71)
Mergulhão
72)
Moderno
73)
Moita Brava
74)
Mormaço
75)
Mourão
76)
Nevoeiro
77)
Pai Véio
78)
Pajeú
79)
Pancada
80)
Passarinho
81)
Patori
82)
Pavão
83)
Peitica
84)
Pinga-Fogo
85)
Pinto-Cego
86)
Pó Corante
87)
Português
88)
Quixabeira
89)
Rio Branco
90)
Sabino
91)
Sabino Gomes
92)
Sabonete
93)
Santa Cruz
94)
Sexta-Feira
95)
Velocipe
96)
Ventania
97)
Vicente (Lua-Branca)
98)
Vinte e Cinco
99)
Volta-Seca
100)
Xexéu
101)
Zabelê
102)
Zé do Sapo
103)
Zepelim
Nomes
das localidades citadas no cordel
1)
Alagadiço
2)
Ana-Bebé
3)
Angico (onde Lampião morreu)
4)
Apodi
5)
Aquidabã
6)
Areia Branca
7)
Belmonte
8)
Bom Nome
9)
Buíque
10)
Cabrobó
11)
Caminho do Juazeiro do Norte – confronto com a
Coluna Prestes
12)
Caminho entre Mossoró e Limoeiro do Norte (
assaltou vários fazendeiros)
13)
Caminho perto de Mossoró – onde sequestrou o
Coronel Antonio Gurgel.
14)
Capela
15)
Casa do Coronel Antonio Gurgel ( perto de Mossoró)
16)
Fazenda das Abóboras
17)
Fazenda de Clementino Furtado
18)
Fazenda de Olho D’Agua
19)
Fazenda em Sergipe (não identificada)
20)
Fazenda Melancia
21)
Fazenda Touro
22)
Fazendas de Limoeiro do Norte
23)
Flores
24)
Floresta dos Navios
25)
Gangorra
26)
Gavito
27)
Itapicuru
28)
Jeremoabo
29)
Leopoldina
30)
Martins
31)
Matinha de Água Branca – AL
32)
Mossoró
33)
Pau dos Ferros
34)
Pinhão
35)
Serra de Baixa Verde (onde Lampião é ferido pela
primeira vez numa batalha)
36)
Serra do Araripe (Lampião é atingido no peito
durante um tiroteio)
37)
Serrinha
38)
Serrote Preto
39)
Sousa
40)
Trecho entre Flores e São João dos Leites
41)
Triunfo
42)
Várzea da Ema
43)
Vila Algodões
44)
Vila da Taboca
45)
Vila da Tapera
46)
Vila de Arrasta-Pé
47)
Vila de Custódia
48)
Vila do Espírito Santo (3x)
49)
Vila do interior de Sergipe (não identificada)
50) ila
Malhada da Caiçara (Distrito de Santa Brígida)
Agradeço
aos colaboradores Doutor Aderaldo Luciano, Nando do Cordel e Gilberto Cardoso e
por fim finalizo a resenha plagiando uma estrofe do autor:
Tudo
que aqui narrei
Dos
cabras de Lampião,
Li
e fiz releitura
Pensando
no meu sertão.
Não
tenho culpa se houve
Erros
na informação.
Parnamirim-RN,
10 a 19 de março 2019
Referências
1)
BATISTA, Sebastião Nunes. Antologia da Literatura de Cordel. Natal: Fundação José Augusto,
1977.
2)
CASCUDO, Luís da Câmara. Nomes da Terra. Natal: Fundação José Augusto, 1968.
3)
D’ALMEIDA FILHO, Manoel. Os cabras de Lampião. São
Paulo: Editora Luzeiro, 2018.
4)
MELLO, Frederico Pernambucano de. Guerreiros do Sol – Violência e banditismo
no Nordeste do Brasil. São Paulo: A Girafa, 2004.
5)
HAURÉLIO, Marco. Literatura de Cordel – do sertão à sala de aula. São Paulo: Paulus,
2013.
6)
SILVA, Raimundo Nonato da. Lampião em Mossoró. Rio de
Janeiro: Editora Pongetti, Coleção Mossoroense – Série C – Volume XVI – 3ª
edição, 1965.