Ontem, 9 de agosto, foi celebrada a missa do 30º dia de falecimento de Zilda Lopes do Rego. O culto aconteceu na Igreja Santa Terezinha, bairro Tirol, em Natal. Ao final da missa, o poeta e escritor Francisco Martins leu uma homenagem à Zilda Lopes do Rego.
Escrever apenas em uma lauda o que foi Zilda Lopes do Rêgo é limitar toda uma vida que sempre floriu e deixou produções por onde passou.
Não farei em prosa, pois sei que ficarei muito a dever sobre a memória dessa mulher tão especial. Permitam-me externar quem foi Zilda Lopes do Rêgo, com o gênero poético em versos brancos. Ei-lo:
Zilda Lopes foi
menina que Pau dos Ferros viu nascer
Foi flor que
desabrochou para a Cultura embelezar
Foi mulher que teve a fibra do ofício administrar
Foi guerreira,
educadora, Conselheira espetacular
Dona Zilda neste solo, nesta terra em que viveu
Jogou sementes da saudade
no coração daqueles
Que com ela conviveu.
Tinha paixão por livros, por papel, por jornais, pela dose de
uísque, por um papo no celular
Falava horas sem parar.
Ah! Dona Zilda,
lembro bem daquele olhar, do sorriso tão materno quando meu nome entoou
Levando-me para o Conselho onde hoje eu estou.
Vou abrir o portão, que entre Dona Zilda, no Céu, pois, cá,
em nossos corações,
Zilda Lopes do Rego é
a mais linda plantação.
É flor de mandacaru
É roçado de algodão
É velame e macambira
É Juazeiro florido
É solo deste sertão
Zilda Lopes é xanana que embeleza as ruas da cultura
É amiga, mãe de Pinto, é saudade de montão!
Francisco Martins
05 de agosto 2021