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segunda-feira, 28 de outubro de 2024

BENS TOMBADOS PELO GOVERNO DO ESTADO - PARTE III

 



Igreja Matriz de N. S. da Apresentação - NATAL - DOE-30/07/1992

Antiga sede da Ordem dos Advogados do Brasil - NATAL - DOE-30/07/1992

Prédio Hospital Varela Santiago - NATAL - DOE-30/07/1992

Associação Comercial de Natal - NATAL - DOE-24/09/1992


Casa Grande do Engenho Verde Nasce - CEARÁ MIRIM - DOE-18/11/1992 ( foi literalmente demolida)


Casa do Estudante de Natal - NATAL - DOE-25/11/1993

Capela de N.S. da Soledade - NATAL - DOE-11/11/1997

Capela de São José - MACAÍBA - DOE-11/11/1997

Escola Estadual Barão de Mipibu - SÃO JOSÉ DE MIPIBU - DOE-01/10/1998

Casa Velha - LAGOA DE VELHOS - DOE-29/10/1998

Antigo Liceu Industrial, avenida Rio Branco - NATAL - DOE-11/05/1999

Antigo Prédio da Escola Doméstica de Natal, bairro Ribeira - NATAL - DOE-11/05/1999

Maternidade Escola Januário Cicco - NATAL - DOE-07/07/1999

Casa de Luís de Barros - NATAL - DOE- 22/09/1999

Residência do Mons. Expedito Sobral de Medeiros - SÃO PAULO DO POTENGI - DOE-12/09/2000

Casarão Nº 22 - Majestic - NATAL - DOE-09/12/2000

Casa de Alzira Soriano - JARDIM DE ANGICOS - DOE-14/03/2001

Igreja N.S. da Conceição - GUAMARÉ - DOE-28/06/2001

Casa onde nasceu Café Filho - NATAL - DOE-28/06/2001

Casa Grande da Fazenda Sabe Muito - CARAÚBAS - DOE-30/07/2002

terça-feira, 22 de outubro de 2024

BENS TOMBADOS PELO GOVERNO DO ESTADO - PARTE II

Frontal do Grupo Escolar Augusto Severo, Ribeira - Natal. Hoje pertence a UFRN e está sendo restaurada desde junho do ano passado.

 Continuamos as publicações referentes aos imóveis tombados pelo Governo do Rio Grande do Norte e suas respectivas publicações no Diário Oficial do Estado.


Pico do Cabugi - ANGICOS - DOE- 30/08/1989

 Casa Paroquial - JARDIM DO SERIDÓ - DOE- 30/08/1989

 Casarão da Av. Deodoro nº 479 - NATAL - DOE- 30/08/1989 

 Antigo QG - Memorial Câmara cascudo - NATAL - DOE- 30/08/1989

 Capela de Utinga - SÃO GONÇALO DO AMARANTE -DOE- 30/08/1989

 Antiga Base de Hidroaviões - Rampa - NATAL - DOE- 17/02/1990

 Residência de Luís da Câmara Cascudo - NATAL - DOE- 17/02/1990

 Coluna Capitolina - NATAL - DOE-17/02/1990

 Solar Bela Vista - NATAL - DOE-17/02/1990

 Casa de Pedra - NÍSIA FLORESTA - DOE-17/02/1990

Mata da Estrela - BAIA FORMOSA - DOE-22/12/1990

Ruínas da Igreja e convento dos Jesuítas - EXTREMOZ - DOE-22/12/1990

 Casarão dos Guarapes - MACAÍBA - DOE-22/12/1990

 Casa do Padre João Maria - NATAL - DOE-22/12/1990

 Casa Residencial - TOUROS - DOE-22/12/1990

 Grande Hotel- NATAL- DOE-07/12/1991

Grupo Escolar Augusto Severo - NATAL - DOE-07/12/1991

 Junta Comercial do Estado - NATAL - DOE- 30/01/1992

Antiga Ponte de Igapó -NATAL - DOE-30/07/1992

Antiga Residência de Jovino Barreto - Colégio Salesiano - NATAL - DOE - 30/07/1992

A

segunda-feira, 22 de julho de 2024

DIOCESE DE MOSSORÓ: 90 ANOS EVANGELIZANDO (1934/2024)

 

Padre José Freitas Campos

A Diocese de Santa Luzia de Mossoró celebra no próximo dia 28 de julho nove décadas de sua presença evangelizadora na zona oeste do RN. A história registra que após a chegada do 3º Bispo de Natal Dom José Pereira Alves depois da reabertura do Colégio Diocesano Santa Luzia já pensava na divisão da Diocese em duas. Nas visitas pastorais que fez a Mossoró em 1923/1925 tratou diretamente do assunto e presidiu reuniões preparatórias. Em fevereiro de 1925 em sessão presidida por Mons. Almeida Barreto aconteceu a 1ª Assembléia Geral Pró Diocese na qual foram nomeadas várias subcomissões promotoras do evento.

 

Dom Marcolino Dantas

Coube ao 4º Bispo de Natal Dom Marcolino Esmeraldo de Souza Dantas retomar esta pauta deixada por seu antecessor. Entre as iniciativas do seu pastoreio tratou logo da criação da Diocese de Mossoró e com esse objetivo visitou a cidade que seria a futura sede por ocasião da Festa de Santa Luzia em dezembro de 1929. Reativou as comissões locais e deu providencias relativas ao patrimônio da novel Igreja Local e à reforma da ‘’ Vila Albaniza’’, oferecida pelo Comendador Miguel Faustino do Monte, para ser a residência episcopal.

Apesar das providências encaminhadas pelos bispos de Natal e contando-se com a bondade e a colaboração de doadores generosos ainda não estavam concretizadas todas as medidas referentes ao patrimônio da mesma. O processo canônico chegava à fase de encaminhamento à Nunciatura Apostólica em 1933.

Papa Pio XI

 A Bula Papal criando a Diocese de Mossoró foi assinada pelo Santo Padre o Papa Pio XI, a 28 de julho de 1934 e a sua instalação aconteceu a 18 de novembro do mesmo ano. Foi nesse memorável dia que na Igreja Matriz de Santa Luzia foram lidas as Bulas Papais e o Decreto da Nunciatura Apostólica designando Dom Marcolino Dantas Administrador Apostólico da nova Diocese até a chegada do seu 1º Bispo.

O Pe Luiz Motta, como delegado do Administrador Apostólico deu as últimas providências com vistas à chegada do seu 1º pastor. A notícia de sua nomeação chegou a Natal somente em 1935. O eleito era Mons. Jaime de Barros Câmara que vinha de Brusque, Santa Catarina. Este só chegou a Mossoró no dia 26 de abril de 1936 onde aí foi recebido festivamente por toda a população católica. Narram as crônicas da época que a sua chegada à sede episcopal foi algo inédito na história da cidade. Acolheram-no mais de dez mil pessoas na Estação Ferroviária formando-se imponente cortejo até a Catedral de Santa Luzia.

 

Dom Jaime de Barros Câmara

Entre as tantas iniciativas de D. Jaime ao longo de quase dez anos em Mossoró queremos destacar a realização do 1º Congresso Eucarístico Diocesano fazendo jus aos 300 anos do morticínio de Cunhaú e Uruaçú(1646). O Congresso foi realizado em Mossoró no período de 28 de setembro a 03 de outubro de 1946. Naquela ocasião estava presente a imagem de Nossa Senhora das Candeias a mesma que foi testemunha fiel deste martírio pois se fez presente no altar da Igrejinha de Cunhaú no dia do massacre. A imagem da Mãe das Candeias veio em uma procissão luminosa que partiu do Alto de São Manoel até a Praça do Congresso. Outrossim, não podemos esquecer que também se fez presente na praça o sino original da Capela. Ao iniciar as celebrações os fiéis puderam ouvir as suas badaladas. O encontro das comissões pró criação das Dioceses de Açú e Santa Cruz fazem parte desta história.

Pe. José Freitas Campos

quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

CAROLINA WANDERLEY - UMA MULHER DAS LETRAS POTIGUARES




Quatro de Janeiro de 1891, há exatos 132 anos, nasceu MARIA CAROLINA WANDERLEY, na cidade de Assu-RN. Viveu 85 anos, sempre solteira. Foi poeta, professora. Em 1914  fundou com sua prima, Palmira Wanderley, a revista "Via-Láctea". Na Academia Norte-Rio-Grandense de Letras foi a fundadora da cadeira 6. Ela e Palmira foram as primeiras mulheres a entrarem para a ANRL.


Tuas cartas

Relembro as tuas cartas uma a uma,

Em minha mente todas se gravaram

Não encontro uma só que não resuma

Tudo o que nossos lábios já trocaram.

Tu me escrevias sempre; vez nenhuma

A sua falta os olhos meus choraram.

Morria o sol do estio ... vinha a bruma,

— E as tuas cartas nunca me faltaram.

Hoje os dias se passam lentamente

Que me escrevas espero ansiosamente,

Mas com que mágoa vejo que emudeces...

Termina esse silêncio que crucia,

É que me vai trazendo dia a dia

A certeza cruel de que me esqueces!

A República, 16.02.1917

sábado, 2 de abril de 2022

RÔMULO CHAVES WANDERLEY - UM HOMEM QUE BEM SERVIU A CULTURA

 Amanhã, domingo, 3 de abril é a data natalícia do escritor Rômulo Chaves Wanderley, que veio ao mundo em 1910 , tendo como palco a cidade de Assu. Seus pais se chamavam Rodolfo Chaves Wanderley e  Júlia da Silva Wanderley. Ele, de Assu, ela de Mossoró. Muito cedo, o menino Rômulo começou a escrever poemas nos jornais de Assu, e mesmo quando se mudou para Angicos, não deixou de contribuir com os periódicos da sua terra natal.


Em 1937, então com 27 anos, veio morar em Natal. Trabalhou no jornal "A República", começando como revisor e depois foi redator. Deu suas contribuição para outros jornais, como "O Diário de Natal", mas foi na "Tribuna do Norte", onde ele sedimentou sua trajetória jornalística, mantendo por muitos anos, a coluna "A Nota da Manhã", iniciada em 1950.

Foi professor, do Atheneu e da Faculdade de Filosofia,  advogado ( formado na turma de 1945),  Secretário Geral do Governo José Varela, Procurador  do Tribunal de Contas do Estado (Governo Aluízio Alves). Fez parte de algumas instituições culturais do Rio Grande do Norte, entre elas a Academia Norte-Rio-Grandense de Letras, onde  por 17 anos foi o ocupante da cadeira 16 e do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte.

Veríssimo de Melo assim descreve a imagem física de Rômulo Wanderley: " cabeleira leonina, gordo e lento, era espírito alegre e bonachão,  amando o bom papo, a boa pilhéria (nos velhos tempos regada à cerveja ou vinho português), e sem pressa até mesmo de atravessar rua movimentada".

Como escritor teve as seguintes obras publicadas:

1) Uma Tempestade num copo d'água ( crônicas), 1951

2) Arca de Noé (perfis de deputados), 1952

3) A geografia Potigar na sensibilidade dos poetas (ensaios), 1962

4) Canção da terra dos Carnaubais (poemas). 1ª edição 1965, 2ª ed 2010

5) Panorama da poesia Norte-Rio-Grandense. 1ª 1965

6) Luis da Câmara Cascudo e os trovadores (louvação em prosa e verso), 1966

7) Noções de história e geografia do Rio Grande do Norte - Volume I, 1968

8)  Romance da vida e dos milagres do Padre João Maria  - 1968

9) História do Batalhão de Segurança, 1969

10)  Noções de história e geografia do Rio-Grande do Norte - Volume II, 1972, obra póstuma

Deixou alguns trabalhos inéditos, como por exemplo o romance  "Tabatinga".  O texto original encontra-se guardado no IHGRN.

Casou com Maria Amélia Pinheiro Wanderley, gerando  três filhos: Berilo Wanderley ( escritor, poeta, cronista), Gilberto Wanderley (médico) e Maria Leonora, que faleceu aos 11 anos.

Faleceu no dia 7 de janeiro de 1971, aos 60 anos e 9 meses. Rômulo Chaves Wanderley é Patrono da Biblioteca Municipal de Parnamirim, que está celebrando 50 anos de criação.

Francisco Martins


Fontes

Patronos e Acadêmicos -  Volume II - Veríssimo de Melo -  Editora Pongetti - Rio de Janeiro, 1974

A Grande Pesquisa -  Homenagem aos 80 anos  da ANRL (1936-2016) -Francisco Martins - 8 Editora - Natal, 2016

Memória Acadêmica - Leide Câmara - Editora IFRN - Natal 2017 - páginas 306 a 308.


terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

VIAGEM A PIRANGI, NO TÚNEL DO TEMPO, COM DIOCLÉCIO DUARTE

    Fim do veraneio no litoral potiguar. Muitas famílias foram para Pirangi, hoje município de Parnamirim-RN. Trago para o deleite dos leitores, a crônica escrita por Dioclécio Duarte. Uma página repleta de testemunho e saudade. Um texto com 83 anos.



PIRANGI

 Cinco intermináveis horas em cavalo "chotão"... Atravessamos, primeiramente, espessa mata. Depois marchávamos ao longo do tabuleiro para, em seguida, nos enterrarmos nas areias movediças das dunas.

    Inúmeras mangabeiras que, mais tarde, desapareceram ao corte das foices e machados assassinos eram ornamentos dos terrenos arenosos.

    Os homens ignorantes dos crimes que cometiam transformaram os troncos das árvores raquíticas em caçuás e sacos de carvão vendido na cidade por preços ínfimos.

    E eu sei que ainda hoje não parou a devastação. As saborosas mangabas diminuíram. Custo a descobrir dentro das enormes cuias que, antigamente, as pretas velhas conduziam na cabeça oferecendo à porta das casas ricas.

    Entre as mangabeiras, desordenadamente, os batiputás surgiam. Os antigos aprenderam com os índios a fabricação do óleo que empregam na cozinha do peixe, dando-lhe gosto especial.

    De quando em vez se erguia um cajueiro florido.

    As mangabeiras, as árvores de bati e os cajueiros são as frutas preferidas desses sítios. Somente na proximidade da praia é que se desvendam os altivos coqueiros.

    Depois... O tempo correu veloz. Amigos morreram. Não mais existe o professor Mendes, um homem alto e magro, de extrema palidez. Andava sempre de luto e tossia como se a tísica lhe roesse continuamente os pulmões cansados.

    Onde está a família Pulga? As meninas envelheceram e abandonaram a praia carregada de filhos. Deixou de fazer rendas a velhinha de cabelos brancos entre cujos dedos esguios os bilros cantarolavam para dormirem ao contacto da almofada de palha.

    Isso foi há muitos anos. Eu não passava de uma criança travessa que gostava de apreciar as jangadas e ouvir a história feiticeira dos pescadores.

    Os meus amigos pescadores! Mas eles não me acompanham... A paisagem primitiva não aparece perante os meus olhos.

    Pirangi no meu tempo de menino era uma praia alegre. As ondas não tinham a irritação das suas irmãs. O mar era suave o tranquilo. Permitia que andássemos, com água pela cintura, 500 metros ou mais sem receios de precipícios e ressacas.

    Era um mar generoso e amigo. Quando as jangadas chegavam carregadas de "xaréus", "ciobas", "galos", "cavalas", "serras", "dourados", "garoupas", ajudava a arrastá-los até a areia da praia, onde a algazarra era enorme.

    Voltei agora a Pirangi. Não conhecia a estrada. Em lugar do animal bisonho corria o automóvel. Tudo para mim estava mudado. Os pescadores perderam também a confiança na amizade do mar.

    Poucas as jangadas. Botes raros. Apenas meia dúzia de "currais" roubam a bravura do pescador e o seu contacto destemeroso com o oceano. Os "currais" simbolizam a preguiça. E não pertencem ao pescador. Ficam os seus donos embalados e sonolentos nas redes até a hora em que os empregados vão colher a safra das armadilhas nocivas.

    Foram os tresmalho substituídos pelos "currais". Os pescadores desertaram. Não encontram ocupação. Um "curral" exige o serviço de seis homens. O tresmalho de trinta. Mas o tresmalho é mais trabalhoso, como a jangada e o bote são mais arriscados. Escasseiam os peixes. Passam fome os pescadores. Os "currais" destruíram os cardumes e mataram o animo dos pescadores. As praias perderam também a existência pitoresca e encantadora.

    Pirangi é uma vítima, pobre vítima da indolência dos homens e do espírito displicente da autoridade que preferia deixar de cumprir a lei a experimentar incômodos, desatendendo a compadres e correligionários, a quem era difícil esclarecer e mostrar o erro de não ser patriota.  

DIOCLÉCIO D. DUARTE 

 Jornal "A República", 9 de fevereiro de 1939, página 3.


Imagem: site https://natalrn.com.br/parnamirim-rio-grande-do-norte/, visualizado em 08 de fevereiro de 2022.


segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

OS NOVE NOMES DE CEARÁ-MIRIM QUE NATAL NÃO ESQUECEU NO ANO 2000

Augusto Leopoldo Raposo da Câmara (1856 -1941)

Edgar Ferreira Barbosa (1909-1976)

Eduardo Medeiros ( 1886-1961) 

Jayme Leopoldo Raposo Adour da Câmara (1898-1964)

Inácio Meira Pires (1928-1982)

Nilo de Oliveira Pereira ( 1909-1992)

Rodolfo Augusto de Amorim Garcia (1873-1949)

João da Fonseca Varela (1850-1931)

Wilson Correa Dantas Cavalcanti (1920-1998)

Esses nove nomes, de homens ilustres,  todos nascidos em Ceará-Mirim-RN, têm sua participação no livro 400 nomes de Natal, ano 2000, que foi organizado por Rejane Cardoso, na gestão da Prefeita de Natal, Wilma de Faria. Cada nome tem um pequeno ensaio biográfico.




sábado, 25 de dezembro de 2021

TARCÍSIO MEDEIROS E A FORTALEZA DOS REIS MAGOS

" Nas terras do Rio Grande do Norte, no final do mês de dezembro de 1597, o desembarque da expedição comandada por Mascarenhas Homem, vinda de Pernambuco, é feita à margem direita do rio dos Tapuios, mais tarde Potengi, aproximadamente, 500 metros da barra de aceso, entre a faixa das dunas da margem direita e a cadeia de recifes. Para manter a posição  e lutar contra os potiguares e franceses coligados, senhores da região, é levantada uma paliçada em forma de fortim, de pau-a-pique, a primeira organização defensiva que vai ser substituída, pela Fortaleza de alvenaria construída segundo o projeto dos Jesuítas Padres Francisco Lemos e Gaspar de São João Peres, respectivamente, engenheiro e arquiteto engajadas na força expedicionária.

Após os primeiros combates, desimpedida a área adjacente à margem em que se estabeleceu a tropa de desembarque, no dia 6 de janeiro de 1598, foi iniciada a construção da Fortaleza conforme os planos estabelecidos e em obediência às Cartas Régias de 1596, e 1597, que ordenaram " a fundação de uma povoação e a construção de uma fortaleza na fós do Rio Grande". Esta, em homenagem aos santos venerados no dia, tomou o nome "Santo Reis", seu orago até hoje."




 (Extrato do artigo " A Fortaleza, as imagens dos Santos Reis e a Capela da Barra do Rio Grande", de Tarcísio Medeiros, publicado na Revista Tempo Universitário, UFRN, V. I, nº 2, 1976, páginas 115 a 140).

domingo, 28 de novembro de 2021

CACIMBA DE SÃO TOMÉ - CASA DE MURILO MELO FILHO




Foi daqui que ele partiu
Para o Rio de Janeiro.
Um rapaz tendo a coragem,
Com ideal altaneiro:
Ser um grande jornalista
Vencedor neste canteiro.

Murilo Melo Filho, um dos maiores jornalistas do Brasil. Natalense, morou nesta casa, Rua Apodi, 558. E dela partiu no dia 16 de fevereiro de 1946, aos 18 anos de idade.

Viajou a trabalho mais de 30 vezes à Europa, 27 aos Estados Unidos da América, 3 à Ásia, 4 à América do Sul e 2 à África.
Entrevistou reis, rainhas e presidentes. Um orgulho da nossa terra.

Mané Beradeiro

Série: Cacimba de São Tomé

sexta-feira, 24 de setembro de 2021

Morre José Xavier Cortez, fundador da editora Cortez, aos 84 anos

 José Xavier Cortez, o sr. Cortez, editor que foi plantador de algodão, marinheiro e lavador de carros até começar a vender livros no estacionamento da PUC, morreu aos 84 anos, em São Paulo, em decorrência de um câncer. Querido no mercado editorial, era conhecido também por sua paixão pelo forró - tanto que era comum, durante as bienais do livro, que as noites terminassem em dança no Restaurante Andrade, em Pinheiros.

Nascido em Currais Novos, no Rio Grande do Norte, em 18 de novembro de 1936, ele trabalhou na agricultura de subsistência com a família, no sítio em que vivia e que ficava a 25 quilômetros da cidade, e estudou, até a 5ª série, em uma escola rural distante 6 quilômetros de casa - percurso que ele fazia a pé ou a cavalo.

Aos 18 anos, ele se mudou para Natal, fez bicos, inclusive vendendo frutas, como contou em uma entrevista, e ficou por lá até 1955. Ingressou na Escola de Aprendizes-Marinheiros de Pernambuco, passou um ano no Recife e, em 1956, foi transferido para o Rio de Janeiro, onde serviu em vários navios da Marinha do Brasil. Ali, voltou a estudar.

Sua vida na Marinha durou até 1964, quando, em plena ditadura militar, ele foi expulso da corporação. O motivo, ele contou, foi ter participado de um movimento organizado pela Associação dos Marinheiros e Fuzileiros Navais do Brasil, que ficou conhecido como Rebelião dos Marinheiros.

Em janeiro de 1965, sr. Cortez chegou em São Paulo e foi trabalhar como lavador de carros no estacionamento de um parente. Já era um leitor naquela época e, ainda em 1966, entrou no curso de Economia da PUC. Neste momento, sua trajetória começou a mudar.

A aproximação com o mundo dos livros foi reforçada pela amizade com o gerente de uma editora que publicava obras da sua área e ficava perto de sua casa. Ele começou a vender para os colegas da faculdade os livros que os professores sugeriam. Como tinha desconto na compra desses livros, esse trabalho o ajudou a complementar o pagamento da mensalidade.

Em 1968, ele foi autorizado a usar um pequeno espaço nos corredores da universidade e ampliou a oferta de livros para outros cursos.

"Fiquei conhecido entre os professores porque conseguia para eles qualquer livro, mesmo que fosse proibido (pela ditadura). Sabia das bocas", revelou o editor em uma entrevista ao Estadão em 2010. Entre a sua clientela, ele contou, estavam intelectuais como Florestan Fernandes, Paulo Freire e Maurício Tragtenberg.

Nessa época, começou a flertar com a edição, trabalho que tocou com um colega de classe até inaugurar, em 1980, a Livraria Cortez e a Cortez Editora. Começou assim: o professor Antônio Joaquim Severino fez uma apostila em mimeógrafo e depois numa pequena gráfica para seus alunos. "Sempre vinha algum aluno me perguntar se eu não vendia aquela apostila", contou Cortez na mesma entrevista ao Estadão. Foi atrás do professor, que lhe entregou cerca de 20 exemplares - vendidos num piscar de olhos.

Cortez, que não sabia nada sobre os processos editoriais, se ofereceu para transformar a apostila em livro. E ela virou Metodologia do Trabalho Científico, primeira obra da Cortez que é um sucesso comercial até hoje.

A editora publicaria, ao longo de sua história, obras acadêmicas e livros infantis. "Publicar livros para trazer ensinamentos é tão importante quanto plantar o tomate que vai servir de alimento", disse o editor.

Sr. Cortez, que foi diretor da Câmara Brasileira do Livro, virou nome de escola e foi homenageado, em 2005, com o título de cidadão, pela Câmara Municipal, teve sua história contada no documentário O Semeador de Livros. Em 2016, a Livraria Cortez, em Perdizes, deixou de comercializar livros de outras editoras e passou a ser apenas um ponto de venda das obras da Cortez.

Durante a quarentena, em outubro de 2020, ele lançou o livro Tempos de Isolamento, escrito com a jornalista Goimar Dantas.

Texto coletado na íntegra do site: https://www.dgabc.com.br/Noticia/3778994/morre-jose-xavier-cortez-fundador-da-editora-cortez-aos-84-anos

segunda-feira, 13 de setembro de 2021

UM JORNALISTA COLOSSAL

Sempre tive fascínio pelos homens trabalhadores, aqueles que desde cedo começaram a lutar pela vida e foram buscar seus ideais. O Rio Grande do Norte é berço de vários homens assim: destemidos, incansáveis, batalhadores e o melhor: honrados.  Em que parte deste solo podemos germinar a semente  de homens probos? Há uma carência em várias áreas deste Brasil.

Hoje, quero apresentar ao leitor um desses nobres homens. Potiguar, nascido em Natal, mais precisamente na Avenida Tavares de Lyra. Ele foi sem sombra de dúvidas o maior jornalista do Rio Grande do Norte, nenhum outro, até o momento, teve uma história profissional tão recheada de êxitos.  Uma lista de personalidades nacionais e internacionais com as quais  fez entrevistas. Murillo  da Cunha Mello Filho nasceu em 13 de  outubro de 1928 e faleceu em 27 de maio de 2020. Foram 92 anos de existência, dos quais mais de 40 anos dedicados ao jornalismo. Não podia ser diferente, posto que aos 12 anos  começou a trabalhar no jornal  "O Diário", onde toda segunda-feira publicava uma coluna de esportes. Posteriormente prestou seus serviços nos jornais "A Ordem" e "A República".

  "... consciente de que os horizontes da cidade eram, naquela época, pequenos para  as minhas aspirações. Natal não tinha, então,  nenhum curso superior, fosse de  direito, de medicina ou de engenharia. Os jovens natalenses eram obrigados a se deslocar para Maceió, dando apenas uma  precária presença nos dias de provas, ou se mudando para Recife e Salvador.  Decidi dar o grande salto e ir diretamente para o Rio" (Memória  Viva - 1989)

  E foi assim que  no dia  16 de fevereiro de 1946 viajou para o Rio de Janeiro.  Um jovem com 17 anos anos, uma pequena bagagem de mão e uma grande esperança. Na alma estava tatuada a lei do sucesso: vencer! No Rio, " O Correio da Noite" foi o primeiro a dar oportunidade ao jovem repórter. Passou  depois a redigir para Tribuna da Imprensa".

Aos 24 anos vamos encontrar Murilo Melo Filho trabalhando  na Revista Manchete, periódico semanal, que circulou de 1952 a 2007. Era o mês de maio de 1953, o jovem repórter estreava na Manchete com a sua primeira matéria assinada, publicada na edição 54, de 2 de maio daquele ano. Até então, o jovem Murilo Melo Filho não sabia, mas, naquela casa, ele chegaria a ser  Diretor do Grupo Bloch ( Revista Manchete e Rede Manchete de Televisão).

É sobre o tempo de Murilo Melo Filho na Revista Manchete que eu quero  mostrar aos leitores a sua participação. Farei em etapas, dada a quantidade de matérias que ele publicou naquele periódico.  Vamos às cinquenta primeiras: 

1.       Nem só de Deputados vive a Câmara -  edição 54 – 2 de maio 1953

2.       A Igreja – edição  58 -  30 de maio 1953

3.       O Senado, a casa onde Ruy perdeu a bota – edição  58 – 30 de maio 1953 

4.       Traição ou não traição? – edição  59 – 6 de junho 1953 

5.       Vatapá baiano com pimenta política, sobe a Estrela Dutra – edição 63 -  4 julho 1953

6.       Caminha o PSD para a independência. Nem com Vargas, nem contra Vargas – edição 71 – 29 agosto 1953

7.       O jogo financia o poder – edição 75 – 26 setembro 1953

8.       A reação começou no pampas: o PSD gaúcho – edição 76 – 3 outubro 1953

9.       Chico Macedo, o deputado “boca-pio” – edição 79 – 24 outubro 1953

10.   10 de novembro de 1937. Será possível repeti-lo agora? – edição 82 – 14 novembro 1953

11.   Por trás da cortina de oxigênio, Café, coração de boi – edição 188 – 24 de novembro 1955

12.   O Tamandaré tem corpo fechado – edição 190 -  10 dezembro 1955

13.   O ministério de Juscelino – edição 194 – 7 janeiro 1956

14.   Dutra feliz no seu ostracismo: Só tenho um pecado o 10 de novembro (de 37) – edição 213 – 19 maio 1956

15.   PETROBRÁS e prorrogação – dores de cabeça de 1957 – edição 258 – 30 março 1957

16.   Juarez não fará mais revolução – edição 263 – 4 maio 1957

17.   Um cego viu o Urânio – edição 265 – 18 maio 1957

18.   Da importância de ser coronel  - edição 270 – 22 junho 1957

19.   “Avant-Première” da sucessão presidencial – edição 272 -  6 julho 1957

20.   Nada mais salvará o Brasil do desastre – edição 276 -  3 agosto 1957

21.   O Governo diante de um novo dilema: Estatismo ou livre empresa -  edição 277 – 10 agosto 1957

22.   Gravata de quatro listras é o diploma  da “Sorbonne” – edição 279 – 24 agosto 1957

23.   A batalha pré-eleitoral – edição 282 – 14 setembro 1957

24.   Após 30 anos nas trevas um cego vê – edição 283 – 21 setembro 1957

25.   Na batalha da obstrução vence quem deserta – edição 284 – 28 setembro 1957

26.   A carta de Vargas é o “bê-a-bá” do PTB – edição  286 – 12 outubro 1957

27.   Plínio orgulhoso: somos galinhas com muita honra – edição  287 – 19 outubro 1957

28.   11 de novembro na intimidade – edição 290 – 9 novembro 1957

29.   Quebrou-se a perna civil do tripé – edição 291 – 16 novembro 1957

30.   Governo estável contempla 58 – edição  294 – 7 dezembro 1957

31.   A bandeira branca desce da montanha – edição 295 – 14 dezembro 1957

32.   Otimismo, progresso e esperança – edição 298 – 4 janeiro 1958

33.   Populismo: máximo de votos no  mínimo de legenda – edição 299 – 11 janeiro 1958

34.   Congresso fechado – edição 300 – 18 janeiro 1958

35.   Café não é estimulante para reatar com a Rússia – edição 301 -  25 janeiro 1958

36.   JK sopra duas velinhas – edição  302 -  1 fevereiro 1958

37.   Área de entendimento para os problemas do país – edição 308 – 15 de março 1958

38.   Militares vão às urnas e Lott para balança – edição 309 – 22 março 1958

39.   Numa sala gelada Alkmim controla o calor do país – edição 310 – 29 março 1958

40.   Entre o 24 de agosto e o 11 de novembro: Coronel prevê uma nova data – edição 311 -  5 abril 1958

41.   Nos subterrâneos da Burschenchaft – do pátio de uma escola, uma sombra governa o Brasil – edição 312 – 12 abril 1958

42.   Numa barca, entre Rio e Niterói, um almirante cochicha – edição 314 – 26 abril 1958

43.   Democracia, marido zeloso, impõe fidelidade – edição 315 – 3 maio 1958

44.   Num foguete chamado Café, sobe o “Dólar-Sputinik” – edição 316 – 10 maio 1958

45.   Passo para o Catete – edição 317 – 17 maio 1958

46.   Igreja vigiada vigia o Governo – edição 318 – 24 maio 1958

47.   Outubro exige degola de ministros – edição 321 – 14 junho 1958

48.   Ike e JK no eixo Washigton-Rio – edição 323 – 28 junho 1958

49.   A hora é a da luta pela paz – edição 325 – 12 julho 1958

50.   Os cisnes estão na expectativa – edição 326 – 19 julho 1958

(continua)

Francisco Martins

13 setembro 2021


Referências:

Necrológio - Saudação in memoriam na ANRL. Lívio Oliveira. Revista da  Academia Norte-Rio-Grandense de Letras, nº 66, janeiro a março 2021, páginas 287 a 303.

Revista Manchete - Biblioteca Nacional

Memória Viva de Murilo Melo Filho. Entrevistadores: Carlos Lyra e Alvamar Furtado. Co-edição de Bloch Editores S.A e Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 1989.

sábado, 28 de agosto de 2021

DR PACHECO DANTAS

 

Há exatos  143 anos, nascia  José Pacheco Dantas, filho do Coronel e Chefe Político Felismino do Rego Dantas Noronha e Maria Amélia Pacheco Dantas, no município de Ceará-Mirim-RN. Ele foi o primogênito de uma numerosa família com 14 irmãos. Viveu sua infância entre a cidade e a Casa Grande do Engenho União. Fez os estudos preliminares na sua cidade e em seguida foi estudar no Atheneu, em Natal.

        Desde cedo, Pacheco Dantas demonstrou inclinação para o jornalismo, com 16 anos funda em Ceará-Mirim o “Eco Juvenil”, em formato pequeno, com agentes na Capital e interior do Estado, além de manter intercâmbio com  Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Minas Gerais.

É o  Professor Hélio Dantas quem nos diz:

 Aos 18 anos, o “Almanaque do Rio Grande do Norte”, edição de 1897, publicação de Renaud & Cia., Natal, insere em suas páginas, substancioso trabalho seu, sob a epígrafe - Ceará-Mirim - que constitui um dos melhores estudos sobre esse município, abrangendo aspectos geo-econômicos, educacional, político, administrativo, sua potencialidade, aproveitamento de suas riquezas, produção,etc. É um trabalho de fundamental importância para o estudo e conhecimento do Ceará-Mirim do último cartel do século XIX ao 1º cartel do século XX.”

       Aos 19 anos, em 1897, Pacheco Dantas está na cidade do  Rio de Janeiro.  Lá consegue emprego  em jornais, passando por vários periódicos e chega a ser dono do seu próprio jornal “Gazeta do Norte”, em 1913, que mantém por 18 anos.  Vencendo inúmeras dificuldades, o jovem Pacheco Dantas vai ter seu primeiro emprego na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, no ano de 1900, onde trabalha como auxiliar por um curto período.  Nesse ínterim começa a estudar Medicina, formando-se em 1905. Defendeu a tese de doutorado com o tema “Sífilis e Casamento”, apresentando-a na banca em 27 de novembro daquele  ano. Posteriormente também teve graduação em Odontologia e Farmácia. Interessante é que  embora ele tivesse essas formações, não chegou a instalar consultório para exercer  tais profissões de forma liberal. Sempre trabalhou como funcionário público.

           Uma vez dentro da colmeia do funcionalismo público, Pacheco Dantas, embora tivesse atividades paralelas no campo do jornalismo, nunca deixou de assegurar sua instabilidade econômica, mantendo suas funções como servidor amanuense, chegando a ocupar o cargo de Secretário da Polícia Civil do Rio de Janeiro (1932). 

Pacheco Dantas em 1932

        Sempre que podia vinha visitar seus parentes em Ceará-Mirim. Chegou até ser proprietário de fazendas aqui no Rio Grande do Norte, administrando a distância. As fazendas foram Valparaíso, Itapuan e Livramento, nos municípios de Ceará-Mirim e Angicos, com criação de gados e plantações diversas.

        Tentou ser Deputado Estadual no Rio de Janeiro, filiando-se no Partido Nacional Evolucionista-PNE, em 1934.  Não obtendo êxito.

        Casou com Isabel da Cunha Dantas, da tradicional  família Pereira, com quem gerou dois filhos:  Yolando e Yvonne.


Participou ativamente, em 1903, da campanha pró-famintos do nordeste, fundando e presidindo, no Rio de Janeiro, o “Comitê Central”,  recolhendo donativos para os flagelados do Nordeste.  Funda, ainda, a “Liga Nacional Contra as Secas do Norte”,  com a finalidade de combatê-las e amenizar seus efeitos.

Representou o Rio Grande do Norte, no 4º Congresso Operário Brasileiro, realizado no Rio, em 1912, e representou o Estado, no Congresso de Aplicações Industriais do Álcool", patrocinado pelo Ministério da Agricultura, em 1903, na capital federal.

Pugnou também pelo aproveitamento das fontes minerais de Pureza e de Olho - d’água do Milho, tendo inclusive mandado proceder a exame quantitativo das águas dessas fontes. Batalhou, também, pelo aproveitamento do sargaço e sua industrialização, inclusive argumentando que no Japão havia 500 usinas e nenhuma no Brasil; ainda lutou pela construção das estradas de ferro Sampaio Correia e de Mossoró. Foi por sua intercessão que o Loide Brasileiro fez entrar seu primeiro navio no porto de Natal, em 1902, de nome “Planeta”.

Pertenceu, entre outras, às seguintes instituições: Sociedade de Medicina e Cirurgia; Sociedade Brasileira de Homens de Letras, Sindicato dos Médicos, todos no Rio de Janeiro. Foi sócio do Instituto Histórico do Rio Grande do Norte e do Instituto Histórico de Sergipe. Quando acadêmico, pertenceu à Fundação de Estudantes Brasileiros, foi Presidente do Diretório Acadêmico de Medicina, ambas no Rio. Foi fundador da Associação de Imprensa do Rio e da Associação Brasileira de Imprensa. Reorganizou e foi presidente do venerando Grêmio Norte Riograndense e foi fundador da Federação dos Centros do Norte do Brasil.

Quando visitou Ceará-Mirim pela última vez, levou uma porção de terra e com a qual mandou fazer uma almofada, manifestando seu desejo de repousar sobre ela sua cabeça quando partisse deste mundo. Pacheco  Dantas viveu até o dia 24 de julho de 1961, aos 83 anos.

 

Francisco Martins – 28 de agosto 2021

 

Fontes pesquisadas

Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 30 de março 1901;  3 de maio de 1902;  19 de agosto 1905.

Jornal “Gazeta de Notícias”, Rio de janeiro, 5 de fevereiro de 1911; 28 de julho 1911.

Jornal “A Notícia”, Rio de Janeiro,  18 de abril de 1900; 28 de novembro 1905; 18 de junho 1914.

Revista Fon Fon: Semanário Alegre, Político, Crítico e Espusiante, Ano X. n° 3, 15 de janeiro 1916.

Revista da semana, Rio de Janeiro, ano XVIII, nº 26, agosto 1916.

Revista Vida Doméstica, Rio de Janeiro,  edição 172, mês de julho de 1932.

Diário de Notícias – RJ, 4 de maio de 1932.

Diário da Noite, RJ, 19 de julho 1932.

Diário Carioca-RJ, 4 de maio de 1932.

O Paiz (RJ), 5 de dezembro de 1905;  5 de novembro 1912; 30 de agosto 1913; 18 de outubro 1914; 30 de maio de 1915; 18 de julho 1916; 10 outubro 1934.

A Ordem (RN), 27 dezembro 1938.

Jornal do Commércio  (RJ) 5 de novembro 1955;

O Poti - José Pacheco Dantas, o Patriarca de Ceará-Mirim -  Hélio Dantas -  27 de agosto 1978.

 Síntese Biográfica – Desembargador Virgílio Otávio Pacheco Dantas – Centenário 6.1.1982 – Meneval Dantas -  Rio Grande do Norte – Dezembro 1981.