sábado, 30 de dezembro de 2017

BALANÇO CULTURAL DAS AÇÕES REALIZADAS EM 2017

O Palhaço Leiturino fez na tarde de hoje, na Igreja Batista de Natal, na Rua Mossoró,  a última apresentação de 2017. Foi um momento cheio de encanto e alegria, com proposta evangelizadora aos pequeninos.



 Agora é a hora de fazer a última postagem de 2017. Um ano que à semelhança dos demais eu tenho muito que agradecer a todas as pessoas que acreditam em meu trabalho, neste projeto que chamo Momento do Livro e caminha para o Xº ano, quando definitivamente eu irei encerrar as minhas atividades como ator e contador de histórias. Ficarei apenas na esfera da produção textual e da pesquisa.  Portanto, atenção, se em 2018 você pretende ter Mané Beradeiro ou o Palhaço Leiturino em sua escola, aconselho entrar em contato o mais rápido possível comigo, pois em 2018 eu farei apenas duas apresentações mensais, uma por quinzena.  Assim sendo, a agenda para o ano vindouro será aberta na terça-feira, dia 2.  Faça sua reserva, mesmo que não tenha a data definida do evento. Quem chegar na frente tem mais chances de conseguir a disponibilidade. E o ano de 2017 como será que ele foi para as atividades do Momento Livro? Vejamos:

Mané Beradeiro - 21 apresentações
Palhaço Leiturino  - 29 apresentações
Escritor Francisco Martins - 50 ações culturais
Carolina Cartonera -  6 ações culturais
Meu Pé de Laranja Lima - 1 ação cultural

Total geral:  107

Como escrevi  são muitos motivos para agradecer. Há pessoas que somam comigo e sequer aparecem nesses eventos. A elas eu quero externar meu sincero reconhecimento pelo carinho e dedicação que recebo de vocês.
Tomara poder contar com essa equipe em 2018.


COLEÇÃO LUIZ CAMPOS COMEÇA A CIRCULAR EM JANEIRO DE 2018

Existiu no Rio Grande do Norte um poeta por nome de Luiz Campos, cantador de viola, cordelista.  Luiz Campos já não está conosco. Deixou seus poemas. Para homenageá-lo eu criei uma coleção que vai levar o seu nome. A pretensão é divulgar poetas cordelistas, através dos seus poemas, junto a comunidade escolar. O primeiro  folheto da Coleção é da autoria de  Antônio Marcos Gomes Monteiro,  e tem como título Casa de Taipa.
O poeta Antônio Marcos é paraibano, nascido em Itabaiana, e reside atualmente no povoado Jacaré, Pilar. Ele é professor de Língua Portuguesa, e já tem outros títulos publicados em cordel.  A saber: O Papa Francisco no Brasil, O Cachimbo de Izaías, Preserve a terra florida cuidando da natureza, Branca Dias, Nos passos de Lampião, A feira de Caruaru e a feira de Itabaiana, além desse que faz parte da Coleção Luiz Campos, Casa de Taipa, que está na segunda edição.

Antônio Marcos - poeta
Quem tiver interesse em ter publicado seu trabalho pela Coleção Luiz Campos deve entrar em contato com Mané Beradeiro, atraves do telefone (084) 9.8719 4534 ou através do e-mail franciscomartinses@gmail.com

CASCUDO NASCEU




Hoje é a data natalícia de Luís da Câmara Cascudo, como acontece todos os anos eu presto minha homenagem a esse insuperável mestre da cultura.  O poeta Marciano Medeiros assim escreveu sobre ele:

Luís da Câmara Cascudo
Era um mestre inigualável
Que teve estilo incomum
E saber inesgotável
Foi na terra potiguar
Provinciano incurável

Quero também  fazer minhas sextilhas em louvor ao aniversariante, e fiz assim: 

CASCUDO NASCEU

Diz a lenda potiguar
Que quando Luís nasceu
Naquela Rua das Virgens
A terra estremeceu
Tamanha foi  alegria
Pelo que aconteceu

No plano material
Quase nada se notou
Foi apenas um menino
Que na cidade chegou
Mas na esfera celeste
Um anjo assim cantou:

Nasce agora em Natal
Aquele que vai fazer
Vaqueiro ser estudado
Jangada se conhecer
A cultura  popular
Consagrar o seu saber

O seu nome é Luís
Professor ele será
Aquele que conhecer
Jamais o esquecerá
Tamanha sabedoria
Na Terra não haverá

Saiba o povo do Brasil
As nações do mundo inteiro
Que Cascudo vai fazer
Um chafurdo verdadeiro
A sua fama será grande
O maior dos Conselheiros.

Quando  anjo se calou
A mata principiou
A festa maior que houve
No reino  do Encantou
Com todo tipo de alma
Que o Universo formou.

Esse é nosso brilhante
A quem presto no cordel
Por ele tão apreciado
O louvor do menestrel
Viva Câmara Cascudo
Escritor que é Nobel.

Mané Beradeiro
30 dez 2017

Referência
MEDEIROS, Marciano. Câmara Cascudo arquiteto da alma nacional. 1ª edição. Ed do autor. Dezembro 2013, p.1

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

COMENTANDO MINHAS LEITURAS EM CORDEL : EVENTOS SOB O SOL A PINO - INCIDENTES SOB A LUA CHEIA

Aderaldo Luciano (53)  é bastante conhecido pelas suas pesquisas desenvolvidas sobre o Cordel, suas considerações são bem pertinentes sobre o assunto.O poeta é natural de Areia-PB e reside no Rio de Janeiro. Se você não sabe muita coisa sobre Aderaldo Luciano, convido a visitar o link Inventário no qual irá ter bastante informações sobre o mesmo.
Aderaldo Luciano
Tenho como foco nesta resenha mostrar a minha perspectiva em relação ao quarto texto de cordel "Eventos sob o sol a pino - incidentes sob a lua cheia". São 52 estrofes em sextilha em 16 páginas, publicado pela Editora Luzeiro. O primeiro texto de poema no estilo de cordel da autoria de Aderaldo Luciano foi " O Auto de Zé Limeira" e depois vieram mais outros três cordéis.

Mas, voltemos ao texto objeto desta resenha. A sonoridade do poema é muito boa. Há bem presente os valores transmitidos  pela educação familiar, tais como: simplicidade, honestidade, hospitalidade, trabalho, entre outros.  À primeira vista, o enredo da história de Francisco, o  protagonista, leva-nos a crer que em torno dele teremos diversos fatos narrativos bem envolventes. Na verdade, o poeta Aderaldo poderia ter se estendido bem mais do que as 52 estrofes. Por não fazer, deixa-nos com a vontade de querer mais dessa trama poética. Tive a sensação que o autor irá voltar brevemente com um novo texto de Francisco, numa espécie de saga.  É um cordel que nos remete  ao início do século XX,  mais precisamente ao sertão paraibano, e tem como pano de fundo  a relação entre patrão e serviçal, com característica de sofrimento para o protagonista:

"Dormiu com as cicatrizes,
Viveu com as chagas alertas.
Seu peito, vivo vulcão
De fendas boquiabertas,
Cuspia apenas grunhidos
Com maldiçoes em ofertas."

Da primeira estrofe até a vigésima primeira o mundo de Francisco é o mesmo e que pisamos e vivemos. Continuando a leitura, a natureza que segue seu ciclo  de alternância entre dia e noite, começa a mudar  a cena. Estrofes nos levam ao sobrenatural que vai até o final com imagens fortes de luta e vingança.  Não se pode culpar o autor, caso o leitor prossiga e não venha gostar do que leu. Ele prudentemente se protegeu quando adverte:

"Você, leitor, que não pode
pensar em cenas mortais
pare aqui, feche o livro
para não sofrer demais
pois o que vem a seguir
são eventos bestiais"

Somos frutos das nossas leituras, a dos livros e do mundo que nos cerca, com todos os seus ensinamentos. Nesse cordel Aderaldo Luciano testemunha isso. Há uma grande metáfora nas entrelinhas que compõem as estrofes desse cordel, ele não quer simplesmente tratar de uma narrativa sobrenatural, vai mais além, é um convite à uma reflexão em relação ao binômio patrão/empregado. A eterna luta de classe, na qual o segundo só será vitorioso se houver por parte deste a coragem de transladar, lutar com todas as suas forças em defesa própria. Lembra-me o pensamento de Dalton: "Revoluções, meu caro, não podem ser feitas com águas de rosas.""
Francisco fez a sua revolução, e conforme escrevi acima, ficou o gosto de quero mais. Não devia o poeta ter descansado a pena, exceto se foi para relaxar e  em pouco tempo voltar com Francisco, metamorfoseado e montado em seu cavalo arreado.

Mané Beradeiro


Referências

https://jornalggn.com.br/blogs/aderaldo-luciano. Visualizado em 21 dezembro 2017
LUCIANO, Aderaldo.  Eventos sob o sol a pino - incidentes sob a lua cheia. 1ª ed. Luzeiro. São Paulo, 2016.

ACERVO DE ISAURA AMÉLIA ESTÁ EXPOSTO NO PROJETO PUBLICO É PRIVADO


A Sociedade Amigos da Pinacoteca, o Governo do Estado do RN e a Fundação José Augusto apresentam de 20 de dezembro até o dia 20 de fevereiro de 2018, dentro do projeto Privado é Público, o acervo de Isaura Amélia, tendo a curadoria de Dione Caldas. A  exposição contém quadros de variados artistas, como Diniz Grilo, Dorian Gray, Abraham Palatnik, Maria do Santíssimo, Newton Navarro, Leopoldo Nelson, Salvador Dali e outros mais. Aberta ao público que pode visitar de segunda a sexta-feira, pela manhã, na Rua Jundiaí, 641, Tirol, em Natal-RN.

REVISTA PREÁ


A Revista Preá, nº29 está na praça, edição que cobre os meses de dezembro/17 e janeiro/18.  Recebi a pouco tempo e só em folheá-la percebi que não saiu com o brilhantismo e a riqueza que tiveram as edições anteriores. Deu-me a sensação que foi feita às presas, dada a escassez de assuntos relevantes que poderiam conter. Mas essa é uma opinião minha, de um leitor que tem acompanhado todas as edições. Irei me debruçar sobre a mesma neste final de semana e na terça-feira estarei confirmando ou não o que escrevi por aqui.

Francisco Martins

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

ANRL LANÇOU A REVISTA Nº 53

Foi lançada ontem à noite, na sede da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras-ANRL, a Revista nº 53 - Outubro-Dezembro 2017. Um trabalho trimestral que tem como equipe Manoel Onofre Jr. Diretor da Revista, Thiago Gonzaga, Editor, que contam com o apoio do Presidente daquela instituição, Diogenes da Cunha Lima.


Sempre que me permitem eu colaboro com artigos para esse periódico, que está entre as melhores revistas literárias na classificação C, de acordo com a Qualis -Periódicos.  Nessa última edição de 2017 trago aos leitores uma curiosidade da história literária brasileira, "De quando a Igreja Católica censurou a literatura no Brasil".


Quem desejar ler o texto, basta clicar no link Revista da ANRL n º 53, e folhear o arquivo até a página 35.

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

CONVERSANDO DE NATAL COM CÂMARA CASCUDO

É quase impossível escrever das coisas passadas sem recorrer a Câmara Cascudo. Agora mesmo, sento-me para trazer aos meus leitores um pouco de conhecimento sobre  a primeira Árvore de Natal, e vejo-me debruçado sobre as anotações cascudianas.
24 de dezembro de 1909, vinte horas, no salão do Natal Club foi inaugurada a primeira Árvore de Natal. Cascudo nos lembra que a ideia foi de Manuel Dantas. Era um pé de jasmim-laranja, todo ornado com papel, bolas de vidro e fios dourados. Quer saber mais sobre esse acontecimento? Leia a crônica "Cinquentenário da Primeira Árvore de Natal". Ainda neste mesmo clima natalino, continuo a ler o Mestre Cascudo, que em outro texto me diz que Papai Noel era figura desconhecida em Natal até 1930 e "nenhuma falta ocasionava essa louvável ausência...Mania de imitação, obediência às modas de fora. Só aceitarei o PAPAI NOEL em Natal quando os CONGOS dançarem em Paris e os CABOCLINHOS em Stockholm (sic)"
Prossegue o cronista afirmando que Thomas Nast, um bávaro, naturalizado americano, que era desenhista, morava em New York e em 1863 desenhou pela primeira vez um Papai Noel, reproduzindo a figura alemã  de Santo Claus. Mas, o que deixava Cascudo feliz era os Presépios, por isso assegura que "Congregação do Natal é o PRESÉPIO". E todo presépio que se preza tem lá as imagens dos Reis Magos. Em Natal as imagens que estão na Capela dos Santos Reis, bairro que antigamente era conhecido pela Limpa, foram enviadas de Portugal por El Rei Dom José, em 1752.

Referência

CASCUDO. Luís da Câmara. O Livro das Velhas Figuras - Volume X.  IHGRN/Sebo Vermelho. Natal, 2009. Páginas 52 a 65.

SANDERSON NEGREIROS - O IMORTAL DA CADEIRA 40

José Sanderson Deodato Fernandes Negreiros,  SANDERSON NEGREIROS, o último dos imortais da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras-ANRL que teve a missão de fundar sua cadeira, nesse caso a de número 40. Nascido em 3 de julho de 1939, em Ceará-Mirim-RN, foi eleito no dia 13 de abril de 1967, aos 28 anos e tomou posse no dia 11 de dezembro de 1977. Dez anos depois que fora eleito. O escritor Nilo Pereira foi o orador  que o saudou no templo das letras potiguares. Sanderson Negreiros escolheu como patrono Afonso Bezerra, um escritor que assim como ele, bem cedo já era conhecido no seio cultural do Rio Grande do Norte, como jornalista e contista.

Afonso Bezerra
Sanderson Negreiros nos deixa na madrugada deste dia 19 de dezembro de 2017, aos 78 anos de idade. Foi um escritor que entre coisas deu sua sabedoria a serviço do jornalismo, do magistério, da crônica, do conto, da advocacia e da poesia. Durante o tempo que convivi com os imortais da ANRL nunca o vi naquela sede,  e olhe que por lá estive por mais de doze anos. Era próprio dele ficar  recôndito em seu apartamento, degustando da sua biblioteca, escrevendo suas crônicas, sendo um monge das letras e crescendo sempre em conhecimento literário. Vi apenas uma única vez, quando lá estive para pegar sua assinatura num documento da ANRL. Não me contive e falei: O senhor é o que chamo de acadêmico Saci, sabia que existia, mas nunca o tinha visto. Ele riu e disse-me que não era dado às solenidades.
Sanderson Negreiros
O escritor foi embora, nos deixa em pleno mês da alegria em que se celebra o nascimento de Cristo. Chegará às alturas, levando em suas mãos seus livros, suas crônicas, seus poemas. Lá na porta do Céu, um jovem o espera, seu nome: Afonso Bezerra.

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

COMENTANDO MINHAS LEITURAS EM CORDEL: O PAVÃO MISTERIOSO

1923 foi o ano em que surgiu pela primeira vez a bela história romanceada "O Pavão Misterioso", um dos maiores clássicos do cordel  brasileiro, que tem como autor José Camelo de Melo Resende. Já se vão 94 anos da sua primeira publicação, Aderaldo Luciano escreve: "é uma obra da literatura brasileira com mais de 50 reedições e novas edições, com pouco trânsito nas escolas e menos ainda entre os estudiosos e críticos literários e veículos especializados. Como a arte na qual se inscreve (o cordel brasileiro)". Quantas pessoas realmente conhecem esse texto? Muitos ouviram falar sobre ele,  mas quem chegou a folhear e com os olhos acompanhar o altaneiro Evangelista em busca da sua amada Creusa? Não vou entrar em detalhes sobre o que trata o cordel.  Quem quiser saber mais  leia o artigo de Aderaldo Luciano no link abaixo Anotações sobre o Pavão Misterioso
Minha resenha literária, meu deslumbramento enquanto leitor vai se voltar para algumas peculiaridades que encontrei ao longo das 142 estrofes em  sextilha que compõem o poema.  "O Pavão Misterioso" deve ser apresentado ao público infantil ou juvenil, em partes, nunca de uma vez só. Essa tática vai permitir ao professor ou mediador de leitura, despertar nos leitores a curiosidade da próxima etapa. Sugiro então que se faça assim:
1ª parte: do início até a estrofe 36 - que termina com Evangelista se despedindo do irmão João Batista e seguindo para a Grécia.
2ª parte: da estrofe 37, quando Evangelista chega a Grécia até a estrofe 63 - quando se dá o recebimento das mercadorias do engenheiro Edmundo a Evangelista.
3ª parte: da estrofe 64 até a 124 - neste espaço acontece o ápice da história. É a mais interessante e cativante do poema.
4ª parte: da estrofe 125 até o final.
Quando proponho essa divisão, tenho em mente que entre a leitura de uma etapa a outra, pode e deve o professor ou mediador de leitura, intercalar  a pesquisa sobre o espaço geográfico na qual acontece a história. Exemplos:
Evangelista , João Batista, Creusa  são verdadeiramente nomes populares da civilização turca?
Turcos tem alguma relação com o cristianismo para adotar tais nomes?
Os irmãos moravam no país Turquia e na cidade de Meca. Conforme relato poético do texto. É possível isso?
Quantas visitas Evangelista fez a Creusa?
Que tipo de comportamento  e relacionamento social há nessa história?
É bom lembrar que o poeta só tem compromisso com a poesia, por isso, dentro da sua licença poética, não há fronteiras, tudo lhe é permitido na construção da imagem.
Por fim, quero dizer que "O Pavão Misterioso" continua voando  sobre nossas cabeças,  pousando em telhados e trazendo a coragem de Evangelista que adentra em nossos lares no afã de conquistar o que temos de mais precioso.

Mané Beradeiro


Referências

https://jornalggn.com.br/blog/aderaldo-luciano/anotacoes-sobre-o-pavao-misterioso-classico-da-poesia-brasileira. Visualizada em 15 Dez 2017.
RESENDE. José Camelo de Melo. O Pavão Misterioso. São Paulo: Luzeiro, 2013, 32 p.

19 PARES DE FRANÇA DERAM VITÓRIA A CLAUDER ARCANJO NA ANRL

Foi na tarde de ontem, 14 de dezembro de 2017, na sede da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras, que aconteceu a eleição para o novo ocupante da cadeira 12, que tem como patrono Amaro Cavalcante. O primeiro ocupante dessa cadeira foi Juvenal Lamartine e na sequência vieram Veríssimo de Melo, Oswaldo Lamartine e por último Paulo Balá.
Amaro Cavalcante -  o patrono
 Dois candidatos participaram do pleito,  Fernando Antonio Bezerra e Clauder Arcanjo. A  a vitória foi dada a Clauder Arcanjo, por 19x15. Como se vê foi uma pugna das mais célebres dos últimos tempos dentro da ANRL. Há quem diga que grande parte da conquista de Clauder Arcanjo se deva ao Dom Quixote das letras potiguares, o Acadêmico Manoel Onofre Jr, que não mediu esforços fazendo a campanha. Assumindo o papel do Imperador Carlos Magno e indo em busca de recrutar os Pares de França para a grande batalha.  Manoel Onofre não conseguiu 12, mas sim 19 Pares de França. O certo é que ganhamos todos, pois a chegada de Clauder Arcanjo à ANRL  é de um valor imponderável. Parabéns a ele, a ANRL e a nós, que somos apaixonados por livros e literários.

Clauder Arcanjo - o eleito



Clauder Arcanjo venceu
Na Academia entrou
A luta foi bem travada
Mas vitória conquistou
Graças ao anjo Onofre
Que com ele batalhou.

Mané Beradeiro

MINIJARDINS É O NOVO LIVRO DE GLAUCIA LIMA

Se você procura uma atividade que lhe proporcione alegria, paz e seja ao mesmo tempo uma fonte de terapia, você deve conhecer o livro MINIJARDINS que vai ser lançado brevemente pela escritora Glaucia Lima, em Natal. Confira, agende-se e vá ao evento, seus dias hão de ser bem melhores. Creia!

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

UM BARÃO


Ontem alguém conversando comigo disse:
-Sério, você é homem?
- Sim
- Mas como assim? Em pleno século 21 você não optou em ser gay,  transsexual, bissexual. Nossa! Como você é cafona.
Não preciso nem dizer que fiquei estupefato.  Um jovem em corpo de homem, vestido de mulher, indagava se eu não estava infeliz sendo simplesmente homem.
Fiquei ali pensando na primeira vez que paguei a uma prostituta. Os tempos eram outros, 1982, eu tinha apenas 18 anos e nunca meus olhos haviam focados um corpo feminino. Tudo que sabia vinha das imagens de calendário de bolsos, estampas de espelhos redondos e quando podia, algumas revistas. Precisa encarar o corpo feminino. Era chegada a hora! Meus hormônios pediam, ou melhor gritavam dentro de mim. Meu pai tinha me dado a mesada, uma nota de um  barão (Aquela do Barão Rio Branco) Lembra-se? À noite eu fui para a zona, rua cheia de mulheres. Nervoso, impaciente, sem a mínima experiência. Um jovem virgem. Foi quando se aproximou aquela mulher e fez a proposta. Perguntei qual o valor. Ele disse ser um barão.  Fomos para o quarto. Ela ficou nua, eu sequer conseguia me mover, estático! Contemplava o corpo da mulher.
- Não vai ficar nu?
- Não.
-Por quê?
- Não quero.
-Mas você pagou. Venha!
Fiz um sinal negativo com a cabeça e as mãos.
Agradeci e disse que ela podia se vestir. Tinha saciado minha curiosidade, estava satisfeito com o quê vi. Ela não compreendeu e chegou a perguntar:
-Você é gay?
Respondi:
- Não, sou seminarista. Abri a mochila e mostrei a túnica branca e alva como era minha alma.
Ao sair do quarto ela agradeceu e disse:
-Foi o dinheiro mais fácil da minha vida.

Francisco Martins

PALESTRA SOBRE BULLING


UM ENCONTRO COM ADERALDO LUCIANO NA ESTAÇÃO DO CORDEL

Imperdível esse evento que acontece hoje na Estação do Cordel. Agende-se!  Um momento igual a esse não é como bolacha que em todo canto se acha.

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

UMA BIBLIOTECA VIVA NUM VALE DE ENGENHOS FANTASMAS

Uma biblioteca não é apenas um lugar para guardar livros, sua função  e objetivo vão muito mais além. Na vizinha cidade de Ceará-Mirim, a Biblioteca Municipal Dr José Pacheco Dantas tem sido um lugar santuário da literatura e das artes,  e isso é fruto do trabalho em equipe, que é capitaneada pelo Professor Gerinaldo Moura,  pessoas envolvidas com a causa, que com vigor não medem esforços na semeadura da leitura e contemplação do belo. Que haja mais bibliotecas espalhadas e abertas no Rio Grande do Norte. Parabéns aos que fazem a Biblioteca Dr Pacheco Dantas, um lugar especial  e muito importante na minha vida. 

LEITURINO NA IGREJA AD DO PLANALTO

Num local repleto de aconchego, onde é possível sentir a presença de Deus e o seu amor, juntaram várias crianças e o Palhaço Leiturino, na Assembleia de Deus, bairro do Planalto, em Natal, na noite desta terça-feira, 12 de dezembro. Entre ações lúdicas e evangelizadoras o palhaço falou aos pequeninos sobre o quanto elas são amadas pelo Pai Eterno.









sábado, 9 de dezembro de 2017

AS HORAS DO NORDESTINO



"As horas tinham outros nomes"

Câmara Cascudo

Uma hora da madrugada ..... primeiro canto do galo
Duas horas da madrugada .....segundo cantar do galo
Três horas ........madrugada
Quatro horas .....madrugadinha ou amiudar do galo
Cinco horas....quebrar da barra
Seis horas....sol fora
Sete horas ....uma braça de sol
Oito horas.....sol alto
Nove horas....hora do almoço
Dez horas....almoço tarde
Onze horas....perto do meio-dia
Doze horas.....pino ou pingo do meio -dia
Treze horas....pender do sol
Catorze horas....viração da tarde
Quinze horas ....tarde cedo
Dezesseis horas....tardinha
Dezessete horas....roda do sol para se por
Dezoito horas ....por do sol ou ao sol se por
Dezenove horas.... aos cafus
Vinte horas....boca da noite
Vinte e uma horas....tarde da noite
Vinte e duas horas ....hora da visagem. Noite velha
Vinte e três horas....perto da meia-noite. Frio, o frião da noite
Vinte e quatro horas ....meia-noite

Referência

CASCUDO. Luis da Câmara.  Tradições populares da pecuária nordestina. 1ª edição. Rio de Janeiro: Ministério da Agricultura,  1956. 90 páginas



terça-feira, 5 de dezembro de 2017

OS PSEUDÔNIMOS DE HENRIQUE CASTRICIANO


José Capitulino, Mário do Vale, Alex, César, J.Cláudio, José Brás, Rosa Romariz, Frederico de Menezes, "Y", Erasmus Van der Does foram alguns dos pseudônimos usados por um poeta, jornalista e cronista do Rio Grande do Norte. Ele nasceu em 1874 e faleceu em 1947. De quem estamos tratando? Do grande Henrique Castriciano.
Henrique e seu irmão Eloy de Souza

sábado, 2 de dezembro de 2017

A PROEZA DA GRAVATA


Eu preciso conhecer
O autor desta pintura
Que com grande maestria
Engrandeceu a figura
De homem tão varonil
E de imensa  cultura

É mister levar o quadro
Que com certeza terá
Dentro do Museu do Louvre
Muitos fãs a admirar
A proeza da gravata
Em pescoço singular.

Mané Beradeiro
02 dezembro 2017


COMENTANDO MINHAS LEITURAS: VIAGEM AO UNIVERSO ...

Livro: Viagem ao universo de Câmara Cascudo
Autor: Américo de Oliveira Costa
Gênero: Ensaio
Editora: Fundação José Augusto- Natal-RN - 1969
Leitura: 30 de novembro a 2 de dezembro 2017.

O crítico literário Américo de Oliveira Costa (1910 - 1996) tentou e conseguiu  trazer ao leitor um ensaio biobliográfico de primeira grandeza sobre as obras produzidas pelo seu amigo Câmara Cascudo. Editado em 1969, o livro continua sendo indispensável àqueles que querem entrar no mundo cascudiano, no universo por ele criado, pesquisado, estudado. Diria, sem medo de errar, que Américo de Oliveira Costa construiu com esse livro uma ponte extremamente necessária a todo leitor que deseja  abreviar sua chegada às obras de Câmara Cascudo. Não podia ser diferente, nem esperar outra coisa de um homem que teve como companheiro das horas, os livros da sua brilhante biblioteca. Américo esmiúça os livros escritos por seu amigo e vai nos entregando, provocando no leitor o desejo de ler também todas as obras ali estudadas. "Viagem ao universo de Câmara Cascudo" - indispensável a todo brasileiro que gosta de livros e queira conhecer o que escreveu Câmara Cascudo até o ano de 1968.

O MELHOR DO BRASIL POR CÂMARA CASCUDO


Acontece hoje, a partir das 17 h, na Academia Norte-Rio-Grandense de Letras, o lançamento da Coleção Verão 2018 - pela AIRE - uma marca de roupa infantil. O evento de lançamento da coleção promete um acontecimento com grandes emoções.  O ambiente está muito bem ornamentado, pronto para receber os convidados. A AIRE chamou minha atenção, quando passei na Afonso Pena e fui surpreendido com uma vitrine onde os manequins dividiam seu espaço com livros e máquinas de datilografia.  É muito bom ver marcas comerciais tomando partido no mundo cultural, principalmente na literatura.



sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

LEITURINO NO CMEI LUCIA MARIA DOS SANTOS

O Palhaço Leiturino, personagem vivido por Francisco Martins, esteve hoje, pela manhã e à tarde, com as crianças do CMEI-Professora Lúcia Maria dos Santos, em Nova Parnamirim, levando suas histórias, seus bonecos e a sua ludicidade aos pequeninos e adultos.  Foi encantador.







DO LOCAL ONDE NASCEU RODOLFO GARCIA

Escrevi um artigo para a revista da ACLA, a ser publicado, com o título: Rodolfo Garcia – um ícone que serviu as letras e o Brasil. Nele cito o local do nascimento desse grande homem, o Engenho do Meio. Procurei saber de algumas pessoas, através das redes sociais, se podiam me dizer o local onde era esse Engenho do Meio, nada consegui. Até que na semana passada, fazendo pesquisas em jornais antigos, deparei-me com a resposta de Câmara Cascudo.
Cascudo escreveu durante alguns anos vários artigos numa coluna que ele chamava Acta diurna. Nela tratava dos mais variados assuntos e em algumas, o pesquisador respondia às perguntas que lhe eram enviadas. Na Acta diurna que tem como título “Respondendo”, escreve:

“Rodolfo Garcia, Diretor da Biblioteca Nacional, membro da Academia Brasileira de Letras, é do Rio Grande do Norte. Nasceu no Vale do Ceará-Mirim, no Engenho do Meio, já desaparecido. Ficava entre São Francisco e o Purão. O nome oficial era São José e pertencia ao Dr. Braz Carrilho, avô materno de Rodolfo Garcia” (CASCUDO, 1940)
Agora a informação está completa, graças a minha curiosidade e principalmente a Câmara Cascudo.

Francisco Martins
18 de dezembro 2016

Referência:
CASCUDO, Câmara. Jornal A República, in: Acta diurna - Respondendo. Natal/RN, 11 de outubro 1940.

Nota: texto originalmente publicado na página da ACLA, disponível em: https://www.facebook.com/profile.php?id=100008452352746. Visualizada em 29 nov 2017.

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

ESCOLA COSTA E SILVA CELEBRA O LIVRO COM SEUS AUTORES

A Escola Municipal Presidente Costa e Silva reúne vários escritores na tarde de hoje, celebrando o livro e a literatura.  

COMO ERA VERDE AQUELE VALE



A rua S. José era a única rua calçada e varava toda a encosta do alto ocupado pela cidade. E por ela transitavam, indo e vindo, longas e lentas enfieiras de burros jumentos, as cangalhas barrigudas sustendo duas ancoretas de cada lado. Assim se abastecia a população. Água do “olheiro”, como se dizia da fonte copiosa, lá em baixo, perto da Estação da Estrada de Ferro. Era meio salobra e quem podia mandava vir água fria, do engenho “Diamante”, para beber.
No alto, a rua São José desembocava no largo do Mercado. Aí estava todo o Comércio. Casas que reuniam simultaneamente lojas de tecidos, ferragens, comestíveis, sapataria. Ao centro o Mercado majestoso, em torno do qual se atravancava, em dia de feira, uma multidão de sacos de farinha, de milho, de feijão, além de garajaus de voador, caçuás de tainhas sal-presas, balaios de tapiocas e beijus, cestos de cajus, cestos de mangabas, cestos de massarandubas, molhos de cana, pencas de urupemas e de chapéus de carnaúba, louça de barro, mantas de carne seca, galinhas, leitões, cabritos, passarinhos e gente.
Para cima do largo do Mercado começava o Patú, bairro pobre, de ruas esburacadas e tortas, com uns nomes pitorescos: rua do Vintém, Rabo da Cachorra, rua do Arame...
Do alto do Patú os olhos se derramavam no pelo verde dos canaviais sem tamanho, donde emergiam, salteadas, chaminés esguias, perfiladas como sentinelas fantásticas naquela imensidão. É verdade que muitas não desprendiam mais os grossos rolos de fumaça do bagaço queimando para cozinhar as tachas. O mato subia por elas, tinham a borda irregular como boca desdentada. Mas a gente, de longe, não percebia isso e elas se mostravam tão belas quanto as outras...
Eu gostava de ir reconhecendo cada Engenho pelo seu boeiro: Carnaubal, S. Francisco, Ilha Bela, Diamante, Guaporé, Cruzeiro, Capela, Laranjeiras, Guanabara, União, Torre, Oiteiro, Mucuripe, Emburana, Bica.
Quantas vezes estive neles e me abismei nas suas máquinas chiadoras de banguês... Aspirava o cheiro bom do mel virando rapadura. Comia torrões de açúcar bruto. Bebia caldo de cana apanhado com uma cuia no paiol. Chupava cana, descascando com os dentes. Embrenhava-me nos partidos úmidos espiando o corte. Mas o meu supremo encanto eram os engenhos em que a cana para moagem se transportava em pequenos vagões sobre trilhos. Desprezava os em que este serviço fosse feito em carros-de-bois ou em cambitos, em lombo de burro.
Lembrança forte que me ficou também pendurada nos olhos de menino foi a dos carros dos senhores de engenho. Quase todos eram de um tipo comum e se chamavam troles. Corriam puxados por uma parelha de cavalos com guisos tilintando nos arreios, tinham dois bancos com assento de palhinha, eram completamente abertos e descobertos, de modo que as senhoras andavam neles protegidas por guarda-sóis. O engenho “S. Francisco” destacava-se por ter um verdadeiro carro: preto, todo fechado, assentos estofados, cortinas nas portinholas e o lugar dobolieiro na frente, bem alto.
Também vi surgirem os primeiros automóveis, depreciados e negados pelos que não podiam tê-los... Eram, de fato, veículos exóticos, quase temidos, espantando com o seu ronco as pobres estradas somente acostumadas à cantiga fanhosa dos carros-de-bois ou sacolejar nervoso dos guisos dos troles...
Mas o orgulho maior da cidade estava na sua igreja. Tinha sido construída no tempo da escravatura as pedras carregadas em cabeça de gente, escravos mandados para isso, brancos piedosos fazendo-o por devoção ou penitência, cordões humanos num trabalho penoso e paciente, como de formigas.
O templo cresceu, tornou-se o maior do estado, as torres as mais altas. Delas ao que se diz, se avista o mar a não sei quantas léguas. São duas, de pontas muito agudas, encimadas por um galo.
Também a um filho do Ceará-Mirim ninguém dissesse que sua igreja não é a maior do estado, as torres as mais altas, os sinos os mais sonoros, os altares os mais bonitos, os santos os mais milagrosos...
Que tristeza intensa e funda a que senti ao voltar em visita ao vale do Ceará-Mirim.
Os antigos engenhos, cheirosos e pitorescos, encontrei-os paralisados, sob o advento das Usinas. Suas edificações, sem serventia, se mostravam a caminho da ruína. O mato nascia na boca das chaminés outrora orgulhosamente fumegantes.
Muitos já estavam despojados das moendas e das caldeiras, vendidas como ferro velho...
As duas usinas, São Francisco e Ilha Bela, é que engolem e trituram, praticamente, toda a cana produzida no vale afamado.

Mas não foi daí que veio principalmente minha tristeza imensa e funda ao voltar do vale do Ceará-Mirim. O que me acabrunhou, o que me sucumbiu foi o que vi no “Guaporé”. Guardava dele imagem antiga, do tempo em que já não havia o engenho em atividade, mas havia a casa-grande, rica, nobre, diante da qual se desdobrava maravilhoso jardim. Parecia aos meus olhos infantis coisa de contos de fadas. Comparava-o também a certos postais de terras remotas. E ainda agora recordo-lhe o recorte caprichoso dos canteiros floridos, os mármores ricos, os azulejos coloridos, as fontes frescas, os recantos misteriosos... Sensação de beleza e de nobreza era a que me davam a casa e o jardim do “Guaporé”.
O que fui encontrar, porém, numa visita anos adiante, foi o mato recobrindo o que era outrora o jardim e, lá ao fundo, já no limite do canavial, uns melancólicos restos de paredes, mas dolorosamente melancólicos quando a gente descobre neles alguns antigos e belos azulejos que ainda resistem.
Quanto à casa-grande, tornara-se uma cabeça-de-porco. Em cada peça imunda, esburacada, vivia uma família de trabalhadores braçais da Usina, entre trapos pendurados, baús e redes enroladas. Pela calçada que protegia a casa em volta, outrora guarnecida de gradis de ferro, transitavam lagartixas em assustados passeios entre uma fenda e outra.
Ponho-me a pensar nos móveis antigos que ali conheci, nos quadros, nos candeeiros, em tudo que ainda existia, quando visitava o “Guaporé” muito criança, porém atento e deslumbrado...
Está certo, vieram outros tempos e com eles a Usina poderosa, cujos senhores não precisam de casa-grande, pois são representados por “escritórios” em algum andar de edifício no Recife, no Rio...
Tudo isso decorre do estilo de uma nova idade, mas também, que diabo, não era preciso degradar a casa-grande do Guaporé, mesmo que não mais precisassem dela...
Essas impressões datam de janeiro de 1959. Por Deus que, depois delas, o Guaporé veio a ser lembrado e até considerado para efeito de tombamento e restauração, como de fato ocorreu.

Nota: 
Texto de Umberto Peregrino, extraído do livro Crônica de uma cidade chamada Natal, editado em Natal/RN, pela Clima, em 1989, p.76-79.
Obtido através de pesquisa realizada pelo Acadêmico Francisco Martins

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