Jenny Aires da Cunha, professora da rede municipal de Parnamirim-RN, trabalhava na Escola Jussier Santos, bairro de Santa Tereza, exercendo a função de Mediadora de Leitura. Era uma profissional dedicada. Cuidava da biblioteca escolar com tanto zelo que eu muitas vezes dizia para mim mesmo: "são poucas as que se entregam dessa forma".Incontáveis vezes atendi os seus convites. Estive lá como Mané Beradeiro, Palhaço Leiturino e o escritor. Divulgava meus trabalhos, e também dos colegas. Vinha lutando contra um câncer e faleceu no dia 24 de dezembro. Dia seguinte seria seu aniversário, e hoje, 26, a escola tinha programado uma celebração. Tudo mudou! Tristeza, sentimentos de perda, saudades, etc. Eu fiquei com angústia por não ter podido ir ao velório e sepultamento, estava longe.
Ontem, quando regressava para casa escrevi este texto abaixo, uma singela homenagem àquela que tem lugar guardado na minha memória. Obrigado por tudo Jenny Aires.
Jenny está no céu.
Chegou ontem, anjos a receberam com festividade. Honrarias foram feitas. Paulo Apóstolo, o maior Mediador de Leitura do primeiro século cristão, foi o cicerone de Jenny.
Ela não sentia dores, não havia trevas. Tudo luz!
Ela agradeceu a recepção e presenteou anjos e santos com os cordeis de Mané Beradeiro, Acaci, Geraldo Tavares, Antonio Francisco. Distribuiu também livros de Paula Belmino, José de Castro, Salizete Freire.
O seu olhar foi longe e atravessou o terceiro Céu, aí então, alguém tocou em seu ombro e falou:
- Bem que eu disse: "Tudo vira outra história".
Francisco Martins
25 de dezembro de 2023