sexta-feira, 7 de abril de 2017

MANÉ BERADEIRO APRESENTA-SE HOJE NA ESCOLA MANOEL MACHADO

Na noite de hoje, sexta-feira, dia 7 de abril, Mané Beradeiro estará se apresentando para a turma da Educação de Jovens e Adultos - EJA, na Escola Municipal Manoel Machado, em Parnamirim/RN. A noite promete ser de risos e poemas, que virão através dos causos e cordéis do Mané Beradeiro e seus bonecos. A ação é uma iniciativa da professora Carol Tavares, mediadora de leitura.

quinta-feira, 6 de abril de 2017

SE A VIDA TÁ DIFÍCIL - APRENDA A RIR E SEMEAR ALEGRIA

A Oficina de Clown será ministrada pela artista  Juliana Modro, que dá vida à Palhaça Fiorela.  Juliana tem uma excelente experiência no mundo dos clowns, com vários trabalhos na  área, podendo citar entre eles: Palhamágico, Um presente de Natal e Fiorela em história que saem da mala. O que irá ser ensinado nesta oficina?  O objetivo é fazer com que cada indivíduo participante descubra o que lhe incomoda e traga para si o quê há de melhor nisso, diz Juliana Modro. As técnicas usadas para isso serão jogos, dramatizações, dinâmicas e a própria descoberta do palhaço. Dentro da oficina será também trabalhado os trejeitos do palhaço, figurino,, maquiagem e tempo cômico. Tudo isso é indispensável a quem quer conquistar o público adulto e infantil com a mais difícil das artes que é fazer sorrir. E por fim, nunca é tarde para saber que ...
Coração de Palhaço é nutrido por risos
Tem cores mil, que somente na aquarela do Criador é possível tocá-las.
Coração de Palhaço não é do lado esquerdo do peito, é sim em todo o corpo.
Há nele, não apenas um sangue rubro a correr, mas existe, sobretudo um gigantesco rio de alegria que o conduz de forma interminável ao oceano da paz.
Coração de Palhaço, ninguém o faz, ninguém o vende, ninguém o rouba.
E, quando morre o palhaço, uma galáxia se forma em sua homenagem.
(Palhaço Leiturino).

MARCIANO MEDEIROS LANÇA 2ª EDIÇAO DO FOLHETO "CÂMARA CASCUDO - ARQUITETO DA ALMA NACIONAL"

" Luís da Câmara Cascudo
Era um mestre inigualável
Que teve estilo incomum
E saber inesgotável.
Foi na terra potiguar,
Provinciano incurável"
 
O poeta Marciano Medeiros, membro da Academia Norte-rio-grandense de Literatura de Cordel - ANLIC,  43 anos de idade. Natural de Santo Antonio/RN, terra que se plantar macaxeira é capaz de colher no lugar dos tubérculo, um feixe de poetas.  Marciano é um cordelista que tem em sua produção vários folhetos do gênero biográfico. Dedica-se a isso e faz com maestria. Sabe tocar harmoniosamente  o ritmo, a cadência e constrói as estrofes com beleza e exatidão de métrica.
Pois bem, ei-lo novamente, em ação, no próximo dia 18 de abril, quando na sede da Academia Norte-rio-grandense de Letras, fará às 18 h, a convite de  Diógenes da Cunha Lima, Presidente da ANRL, participação no evento que vai homenagear O Dia do Livro e  Câmara Cascudo. Na ocasião, o poeta cordelista  autografará a segunda edição do folheto "Câmara Cascudo – Arquiteto da Alma Nacional". A primeira edição foi em dezembro de 2013.

Programação:

Saudação do presidente ou representante da ANLR

Breve palavra de um representante da família de Câmara Cascudo e agradecimentos do autor.

Haverá também uma apresentação de cantoria com os repentistas Helânio Moreira e Felipe Pereira, que farão uma homenagem à memória de Câmara Cascudo.

Em seguida os autógrafos e um coquetel.

LITERATURA AFRICANA É O PRATO DE HOJE EM PARNAMIRIM

Os professores da rede municipal de Parnamirim, que estão na função de mediadores de leitura, terão hoje à tarde, um encontro com o que há de melhor na literatura africana, na pessoa do escritor  Ikechukwu Sunday Nkeechi, mais conhecido por Sunny. O escritor está sendo trazido ao Rio Grande do Norte através da Editora Paulinas, que é uma grande parceira do projeto Parnamirim- um rio que flui para o mar de leitura. O evento vai acontecer no auditório Clênio José dos Santos - que fica nas instalações da Prefeitura Municipal - situada à Avenida Castor Vieira Régis, nº 50, bairro  Cohabinal.

Conheça mais um pouco do autor, lendo a entrevista abaixo, copiada do Portal Paulinas (https://www.paulinas.org.br/editora/?system=paginas&action=read&id=11676)


Desculpem-me por eu ter crescido, mas adoro desenho animado, contação de histórias, fábulas e livros infantojuvenis”, afirma, com um sorriso iluminado, Ikechukwu Sunday Nkeechi, 41 anos, conhecido como Sunny. O significado do nome Ikechukwu “o poder de Deus”, Sunday “dia ensolarado ou domingo” e do sobrenome Nkeechi “amanhã será melhor”. Sunny nasceu em Nkalagu, cresceu e estudou na cidade de Oba, ambas ao sul da Nigéria. Há 15 anos escolheu o Brasil para viver. Casou-se com a pernambucana Fabiana Felix da Silva, em 2003, com que tem os filhos Erika Onyinyechukwu “presente de Deus” Félix Nkeechi e Erick Onyekachukwu “quem é maior que Deus?” Félix Nkeechi. Após chegar ao Brasil, Sunny, cursou Letras e Educação Física. Publicou quatro livros infantojuvenis de contos da tradição oral de seu povo, em 2006: Ulomma, a Casa da Beleza e Outros Contos; em 2012: As aventuras de Torty, a Tartaruga; em 2013: Contos da Lua e da Beleza Perdida; e em 2014: O Natal de Nkem, todos por Paulinas Editora. Sunny diz não se considerar um bom escritor, mas sim um bom contador de histórias, aliás, um bom recontador, como costuma afirmar. Revela que sempre foi e é um ouvinte entusiasmado de boas histórias, as quais sempre o fascinam. As contadas na família o guiaram pelo mundo mágico da imaginação, e continuam guiando. Sendo histórias milenares da tradição de seu povo africano, Sunny diz estarem guardadas na memória como marcas indeléveis, e nem a vida e suas labutas diárias poderão apagá-las.

Como nasceu seu primeiro livro?

Sunny – Eu gostava de contar histórias. Mas nunca havia pensado em escrever. Quando estava em Recife (PE), uma amiga chamada Graça Lins me incentivou a escrever. Eu ainda estava aprendendo a língua portuguesa, e ela insistiu, incentivou: “Escreva que eu corrijo”, disse. Aceitei como desafio, e comecei a contar as histórias de meu povo. Meu primeiro livro Ulomma, a Casa da Beleza e Outros Contos é uma história que, para mim, é forte. Ulomma, uma mulher que passa por grandes dificuldades, mas vence pela persistência, verdade e amor. É uma história que aprendi da cultura oral, junto de meu povo, e que perpassa gerações e gerações. Escutei de minha avó. Ela aprendeu da mãe dela, depois minha mãe e assim vai perpassando. Sempre ouvíamos essas histórias em família, depois de um dia de trabalho ou quando a família se reunia para conversar. São nesses momentos que pais, tios e avós aproveitam para contar histórias às crianças. É um meio de ensinamento que jamais esquecemos. São valores familiares perpassados de forma lúdica, descontraída, e jamais esquecidos na vivência do dia a dia.

A tartaruga é muito presente em seus livros.  O que ela significa?

Sunny – Sim! Nós convivemos muito com os animais, a floresta. Isso é comum na África. Então tiramos muitos ensinamentos da natureza e dos animais. A tartaruga é aparentemente fraca, lenta, mas na selva africana é um dos animais que mais vida longa tem, pode chegar até 135 anos. É um animal resistente, e por isso gera muitas lendas. E eu comparo a tartaruga ao meu povo. E quanto mais tempo se vive, mais sábio se torna. As histórias, as fábulas, conseguem trazer respostas às nossas inquietações e, mesmo que não respondam integralmente, são provocações que estimulam novas buscas, novas fontes.

Seu último livro fala sobre o Natal. Em que ótica você o aborda?

Sunny – O Natal de Nkem trata da magia do Natal até a ressurreição de Cristo. A história deste livro nasceu da inquietação de eu querer saber e entender como surgiu o Natal. Então comecei a pesquisar, buscar. O livro narra desde o nascimento de Jesus Cristo, sua vida pública, paixão, morte e ressurreição. Na história, Nkem está com o avô Amén doente. Os dois são muitos apegados, e o menino torce pela sua recuperação para ouvir seus contos e histórias. Nkem sempre se maravilhava com a facilidade e sabedoria com que o avô resolvia disputas entre súditos e, também, com a eficácia dos conselhos que dava a todos. Já o pai de Nkem estava na guerra. Com a doença do avô e a ausência do pai, Nkem é nomeado príncipe regente. Ele queria dizer não, desejava chorar cada lágrima que estava embaçando seus olhos. Gostaria de receber seu pai de volta, em vez da coroa. Com isso Nkem se lembra da história contada pelo avô sobre o Natal, que era a história de um Rei, um menino-rei, um Rei diferente. Então nesse livro que pesquisei e escrevi, eu entendi o Reino proposto por Jesus Cristo, que é de paz, e não por conquista através de guerra e perseguição. Isso é lindo!

Por trás dos personagens de seus livros há Sunny?

Sunny – Claro (risos), por mais que se tente escrever objetivamente, a subjetividade vai permear, vai penetrar a obra. Em cada obra há, sim, um pedaço de mim.



Em suas obras você ressalta a dimensão família. Qual a importância da família em sua vida?


Sunny – A família é o cerne do humano, do nosso viver. É na família que aprendemos a amar e somos amados. Nasci numa família de oito irmãos, com os pais dez. Mas na África a família é sempre muito ampliada, tios, tias, primos, avós. Tenho tios que têm 15 filhos. Então a família se torna um clã. E nesse ambiente aprendemos o respeito, o amor e somos orientados até para a profissão. Seria tão bom se cada família conseguisse se responsabilizar pelos seus, talvez não tivéssemos tantas pessoas em situação de rua. Em minha infância, as contações de histórias me ensinaram muitos valores para a vida, por isso, procuro reforçar esses valores através de meus livros. Por exemplo, uma criança que aprende que a verdade é um valor jamais vai mentir, enganar. Este vai ser um valor que ela jamais vai deixar de lado. São pessoas dessa que a sociedade precisa. Na vida corrida, às vezes sobra pouco tempo para dedicar à família, mas 10, 15 minutos dedicados com qualidade fortalecem os vínculos familiares.

Qual de seus livros você tem mais afeição?

Sunny – Todos, de todos eu gosto. Mas o meu primeiro, o Ulomma, me trouxe muita alegria e ressalto a primeira história que dedico especialmente às mulheres negras, às lutas delas. A personagem Ulomma, através da perseverança e do amor, acaba vencendo. Então, mulheres, sei que vocês ainda têm muito a conquistar, mas acreditem, lutem, o tempo as recompensará. E acredito, se a democracia continuar se fortalecendo aqui no Brasil, as mulheres terão muito espaço. Ulomma significa a Casa da Beleza. A beleza vai reinar e vocês viverão felizes para sempre.

Fonte: Revista Família Cristã, novembro de 2015.
Jornalista: Osnilda Lima.


terça-feira, 4 de abril de 2017

CONCEITOS

A lágrima é a palavra líquida.
O cheiro é a cor invisível.
O peso é a saudade acumulada
A beleza é vestido de chita.
O ódio é diarreia da alma.
O sorriso é a flor dos lábios.
Amizade é bengala da vida.

Francisco Martins
04 abril 2017



ASSIM DISSERAM ELES ...


Não é triste mudar de ideia, triste é não ter ideias para mudar.

Barão de Itararé ( Apparício Torelly)

sexta-feira, 31 de março de 2017

MÃO



Neste poema de curtos versos
A mesma mão que escreve
É também a que pesquisa.
Por isso, ela se protege,
Pois nem sempre quem a toca
Traz o ser limpo das angústias.
E, entre folhear a alma e ler o espírito,
Há um mar de coisas que tinge a luva.
Mão, poema, pesquisa, fonte
Quatros elementos que se descobrem.

Francisco Martins
31.03.2017

FAÇA VOCÊ TAMBÉM A RESERVA DO LIVRO DOUTOR BUTI

O primeiro livro infantil escrito por Francisco Martins, Doutor Buti, já está sendo comercializado, diretamente com o autor, através do telefone (084) 9.8719 4534, ao preço de R$ 25,00 (vinte e cinco reais). Quem desejar adquirir  é só entrar em contato com o autor, que ele distribui para todo o Brasil, com frete grátis.
O livro conta a história de uma jabuti (Doutor Buti) que gosta de fazer exercícios e recebe em seu  consultório alguns clientes com sérios problemas: uma lagartixa (Dona Tixa) que não quer subir pelas paredes, um camaleão que não sente vontade de mudar de cor, uma barata que é vítima de bullyng e o cão, poeta, que não sabe latir.

É uma fábula indispensável às crianças, que na leitura serão alimentadas com eixos temáticos referentes à saúde, respeito, humor e poesia.  O lançamento oficial será dia 20 de abril, na Escola Municipal Professor Luzanira Maria, em Passagem de Areia, Parnamirim-RN, local onde estuda o menino Miguel, que desafiou o autor, por intermédio da sua professora mediadora de leitura, a escrever uma história infantil..

quinta-feira, 30 de março de 2017

ACADEMIA NORTE RIO GRANDENSE DE LETRAS LANÇA REVISTA DE Nº 50


A Academia Norte-rio-grandense de Letras entrega hoje à tarde, ao seu público leitor, a Revista de nº 50, que homenageia Dorian Gray Caldas, o homem multifacetário, que cansado deste mundo tão hostil resolveu morar em outra dimensão, onde as tintas são de ouro, as telas de merinó e as letras universais. A Revista está muito bem estruturada com artigos, ensaios,, contos, crônicas, poemas e os necrologios de Ernani Rosado e José de Anchieta Ferreira. Ouso afirmar que se essa revista caísse nas mãos de Fulgêncio ( personagem leitor voraz, do conto Ex Catheda, de Machado de Assis), ele com certeza a devoraria numa noite.
Manoel Onofre Jr - Diretor da Revista
Parabéns à ANL, principalmente nos dois maiores homens responsáveis por tão belo trabalho: Manoel Onofre Jr, Diretor da Revista e Thiago Gonzaga, Editor. Tenho o privilégio de mais uma vez colaborar com o periódico, desta feita, com o artigo: Os 15% daquela imortalidade de 1987, páginas 122 e 123.
Thiago Gonzaga - Editor da Revista

terça-feira, 28 de março de 2017

UM LINDO POEMA DE CAROLINA WANDERLEY AOS 26 ANOS

Encerrando o Mês da Poesia, trago aos meus leitores, o lindo poema de Carolina Wanderley (1891-1976), que foi fundadora e primeira ocupante da da cadeira 6, na Academia Norte-rio-grandense de Letras, que hoje pertence a João Batista Pinheiro Cabral. O poema acima está publicado no jornal A República, edição de 14 de fevereiro de 1917,  já se vão 100 anos. Carolina Wanderley estava com 26 anos quando publicou.

segunda-feira, 27 de março de 2017

CARAVANA DE ESCRITORES EM AREIA BRANCA

A Caravana de Escritores Potiguares vai está na tarde de hoje, em Areia Branca- RN, terra berço dos escritores Francisco Fausto ( que escreveu sobre a História de Mossoró), Deífilo Gurgel ( poeta e folclorista) e Francisco Fausto Paula de Medeiros ( que foi escritor e Ministro do Trabalho). Numa terra tão bela, pisará hoje o solo de Areia Branca vários escritores que levarão ao público estudantil da Escola Estadual Professora Maria Laurentânea Rolim Bezerra do Vale, testemunhos sobre sua vida e obra. Na oportunidade, como sempre acontece, o escritor Thiago Gonzaga, responsável pelo projeto da Caravana de Escritores Potiguares, fará sorteio de livros literários dos  autores que participam e doará alguns exemplares à biblioteca da escola.

sábado, 25 de março de 2017

AS PRENDAS DO RECATO QUE OS ANOS NÃO TRAZEM MAIS/ OS PORTA-SEIOS

Também se demorou para mostrar
(nem eu pedi, desaprendi a fala)
Os seus peitos desnudos. Um trabalho,
Desabotoar o sol dos porta-seios.

Eu não cuidei das ânforas perfeitas,
Ferido como fui pelas adagas
Que me queimavam curvas, revelando
As verdades da vida, horizontais.
Tudo era transparência de cambraias.

Thiago de Mello

(continua amanhã)

sexta-feira, 24 de março de 2017

AS PRENDAS DO RECATO QUE OS ANOS NÃO TRAZEM MAIS/ A COMBINAÇÃO

Foi por seu doce querer
Que deslizou sobre os joelhos
A luz da combinação.
Como não sei contar tudo
(O tempo sabe e não conta)
Digo, malmente lembrando,
Que aquela peça de roupa
Encantada me entregou
De sândalo perfumado
O sentido da existência.

Combinação era peça
Mais cuidada ue o vestido,
Mesmo de ralo morim.
Era a prenda protetora
Das sombras das entrepernas
E resguardava dos olhos
A altura morna das coxas,
Para não ser devassada
Pelo clarão do mormaço
Que estremecia a cidade.

Thiago de Mello

(continua amanhã)

quinta-feira, 23 de março de 2017

MANÉ BERADEIRO VISITA AMANHÃ ESTUDANTES DE JOÃO CÂMARA

Mané Beradeiro vai amanhã à comunidade Amarelão, em João Câmara - RN, como integrante da Caravana dos Escritores Potiguares, projeto de Thiago Gonzaga. Mané Beradeiro
levará sua alegria, sua poesia e arte lúdica para os jovens estudantes.

SOBRE ESCRITORES POTIGUARES: OTONIEL MENEZES


A cadeira 23 da Academia Norte-rio-grandense de Letras teve como segundo ocupante e primeiro sucessor o poeta Otoniel Menezes de Melo, que como candidato único sucedeu Bezerra Júnior. Otoniel foi eleito em 1 de maio de 1958, porém nunca tomou posse. Mas tarde, o poeta se candidatou à Academia Potiguar de Letras e desta vez tomou posse na cadeira 24, que tinha como patrono Antonio Damasceno Bezerra. O evento aconteceu no dia 20 de abril de 1965, na sede do IHGRN. Quatro anos depois morreu na cidade do Rio de Janeiro, Otoniel Menezes, aos 74 anos.

Referências

MARTINS, Francisco. A Grande Pesquisa - Homenagem aos 80 anos da Academia Norte-rio-grandense de Letras (1936-2016). Natal: 8 Editora.  p.49.

Diário Oficial do Estado - Edição de 13.04.1965.

AS PRENDAS DO RECATO QUE OS ANOS NÃO TRAZEM MAIS / O VESTIDO

Quando ela tirou o vestido
estampado de flores,
os seus braços erguidos me deram
(a saia godê lhe recobria o rosto)
a explicação da primavera humana.
Livre da peça que recobre e atrai,
demorou  a mão delicada
sobre a alça que lhe descia
do ombro, não lembro o lado.
Demorou a mão,
a alça fina entre os dedos.

(continua na postagem de amanhã)

Thiago de Mello

quarta-feira, 22 de março de 2017

DOUTOR BUTI - O PRIMEIRO LIVRO INFANTIL DE FRANCISCO MARTINS

 O desafio do aluno Miguel (Escola Mul Luzanira Maria da Costa Cruz - Parnamirim/RN) torna-se realidade. Em abril próximo, o escritor Francisco Martins vai estrear na literatura infantil com a fábula: Doutor Buti.
Francisco Martins
O livro é editado pela Carolina Cartonera, tem 22 páginas, no tamanho A4, paisagem. E conta a história de um jabuti (Dr. Buti) que vai receber pacientes com sérios problemas: uma lagartixa que não quer subir pelas paredes, um camaleão que não gosta de mudar de cor, uma barata estressada e um cão que não sabe latir. Os eixos temáticos são saúde, respeito, humor e poesia.
As ilustrações são do jovem artista Lucas Marques, professor de desenho e aluno do curso de Pedagogia na Faculdade Maurício de Nassau, em Natal/RN.
Lucas Marques
Quem desejar adquirir o livro deve entrar em contato diretamente com o autor, através do telefone (84) 9.8719 4534. Não será disponibilizado para livrarias. Preço do livro: R$ 25,00.

sexta-feira, 10 de março de 2017

COMENTANDO MINHAS LEITURAS : A ÁRVORE

Livro: A árvore
Autor: Bartolomeu Campos de Queirós
Leitura: infantojuvenil
Editora: Paulinas, 3ª edição, 2011 - São Paulo
Ilustrações de Mario Cafiero
Leitura: 23/02/2017

Tão grande é a importância de uma árvore, quantas vidas ela abriga e poucos compreendem sua missão. O escritor Bartolomeu Campos de Queirós (1944-2012) escreveu o livro A árvore, seguindo seu estilo maravilhoso de prosa poética e nos revelando com aquele olhar tão peculiar que ele possuía, o mundo das diversas vidas que estão numa árvore.  É um livro somente para crianças? Diria que não, é  também  para o adulto que não foi ensinado  sobre a beleza que é tem a árvore.  Junta-se ao brilhantismo textual das letras e palavras, o texto da imagem, artisticamente criado por Mario Cafiero, que enche os olhos do leitor de cores e artes. Uma degustação imperdível àqueles que apreciam um belo livro. 

Bartolomeu Campos de Queirós não está na árvore, mas a árvore está nele, é dele:  eu tenho uma árvore. Minha árvore é verde e suporta um mar de folhas (p.4).  O autor é um homem experiente n literatura, lançou o primeiro livro em 1974 ( O peixe e o pássaro) e ao longo da sua existência de 67 anos, ele  nos presenteou com mais de 45 livros.
Bartolomeu Campos de Queirós
Quando o leitor abre um livro de Bartolomeu pode ter a certeza que estará comungando de um processo de criação da metalinguagem.

quinta-feira, 9 de março de 2017

ASSIM DISSERAM ELES...

Sou frágil o suficiente para uma palavra me machucar, como sou forte o bastante para uma palavra me ressuscitar"

Bartolomeu Campos de Queirós ( 1944-2012)

quarta-feira, 8 de março de 2017

SAPOTERATURA - A BELA BEIJA A FERA

Socorro foi para Dom Marcolino Dantas, pequeno povoado rural, no município de Maxaranguape/RN, onde moravam seus pais e levou consigo as duas filhas: Lorena e Luana. Luana ainda iria completar dois anos. No final da tarde Socorro banha as crianças e as veste com vestidos lindos, laços de fitas nos cabelos e as deixa passearem na rua larga, arborizada e sem calçamento.
Enquanto as filhas brincam sem nenhum perigo, Socorro degusta com sua mãe e seus irmãos de um café regional. Lá fora as meninas Lorena e Luana estão encantadas descobrindo coisas que não veem na cidade, tais como: vacas que retornam ao curral, os cavalos nos estábulos, as galinhas buscando os poleiros para dormirem. Tudo é novidade, Cenas impossíveis de serem vistas dentro de um apartamento.
Durante o deguste Socorro mostra-se preocupada com as crianças que não estão ao alcance da sua vista.
-Filha, aqui não há nenhum perigo. As meninas estão brincando. Daqui eu consigo vê-las.
E aquele momento foi ficando cada vez mais alegre, a confraternização familiar criava laços fecundos, trazia recordações de histórias recheadas com camadas de gargalhadas em cores variadas.
-Será que papai ainda vai demorar a chegar? Perguntou Socorro.
-Que nada, está na hora dele retornar. Falou a mãe
E tal como é certo o sol se por todos os dias,  ele chegou poucos minutos depois.
-Olha! É o barulho do bugre,papai está vindo. Foi o anúncio de Rejane.
Chiquinho estacionou o carro embaixo da Tamarineira e quando entrou em casa saudou a todos e disse:
-Vocês precisam ir lá fora ver o que Luana está fazendo. Mas vão de forma vagarosa para não chamar a atenção.
Raimundo e as filhas saíram em direção a Luana. Na calçada a encontram de quatro pé, com o nariz literalmente encostado na narina de um sapo cururu. O  sapo com as patas dianteiras esticadas para a frente, barriga inflada, tentando provocar medo naquela criança, e Luana, na inocência pueril, balançava a cabeça de um lado para o outro, ao mesmo tempo em que esfregava seu nariz no sapo.
Luana cresceu. Hoje ela é uma bela mulher e acredito que nada neste mundo a fará repetir a cena daquela infância longínqua.

Francisco Martins