terça-feira, 5 de janeiro de 2021

UM NOVO CORDEL BÍBLICO PARTE IV

 

Um folheto de cordel geralmente tem 32 estrofes, se for escrito em sextilhas ou septilhas.  Já escrevi  27 estrofes até esta parte IV.  Com certeza não terei dificuldades em ultrapassar as 32.
 
O poeta  trabalhou em cima do texto de Apocalipse 2:18 a 29, portanto ao que se refere a Tiatira.
 
Tiatira quer dizer
Um sacrifício constante,
Mas na visão de Jesus,
Igreja periclitante
Com atitudes sombrias
De  espírito relutante

Dentro daquela igreja havia uma mulher que estava denegrindo a doutrina e consequentemente desviando os fiéis ...

"João, lembre a Tiatira
Que meus olhos são de fogo,
Os meus pés, bronze polido,
Não suporto demagogo.
Jezabel será punida
E seus atos eu derrogo" 
 
Nada escapa da ação julgadora de Deus.
 
Às vezes em nossas vidas
Agimos tal Jezabel
Conduzimos almas puras
À planície  de Babel
Maculamos a Igreja
Deixamos de ser fiel.

E o Apóstolo escrevia
Sem nenhuma objeção
Onisciência  divina
Tinha aquele coração
Que sangrou lá no madeiro
Nos trazendo  salvação.
 
A igreja é  aprisco
Com ovelhas e Pastor
Umas conhecem a voz
E outras, só o tremor
A todas Jesus garante
O seu infinito amor.
 
É preciso conservar
A sã doutrina ensinada
Até que Jesus retorne,
Maranata! Bela estrada!
Pois só Ele é o Caminho
Prepare-se para a jornada.
 
O Filho de Deus garante
Com toda a segurança
Entregar ao vencedor
Como prêmio e lembrança
"A estrela da manhã"
Mantenha a perseverança!
 
Sardes, Filadélfia e Laodicéia estão no capítulo 3 de Apocalipse. O poeta já está de mala e cuia caminhando para lá.

Mané Beradeiro
05 de janeiro 2021

segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

ARLETE SOUZA FOI PRIMEIRA GANHADORA DA BANCA DO MURO EM 2021

 Foi realizado hoje à noite o primeiro sorteio da Banca do Muro 2021. O bicho sorteado foi SUINARA - CORUJA DE IGREJA - duas pessoas votaram nela e tiveram seus nomes  colocados na caixinha do sorteio. O resultado final é que a ganhadora foi  ARLETE SOUZA. Nossos parabéns à ganhadora que reside em São Paulo, capital.

 



UM NOVO CORDEL BÍBLICO - PARTE III

 

 Eis que estou de volta trazendo  aos poucos as estrofes do cordel que está em construção, cujo título, se não mudar, ficará sendo "As sete igrejas da Ásia". Na postagem anterior  as estrofes  se referem aos versículos finais do capítulo 1 do livro de Apocalipse, vamos continuar  e adentrar no capítulo 2.

Jesus disse para ele:
Não foi vão o sacrifício
"Tenho as chaves da  Morte
E do Inferno", precipício.
Escreva às sete igrejas
Eu lhe dou este ofício. 
 
 Quando fiz referência as chaves (vide postagem II) eu estava preparando o terreno para chegar até a estrofe acima e apresentar ao leitor, a Onipotência de Jesus, que tem as chaves da Morte e do Inferno. A partir da estrofe seguinte  estaremos na capítulo 2  de Apocalipse 
 
A Éfeso você vai dizer:
Eu conheço o bem que faz
Sua luta, perseverança,
Mas isso não lhe perfaz.
Volte ao primeiro amor 
Você pode e é capaz!.
 
Pedir perdão só faz bem,
Até os gigantes caem.
Nesta estrada da vida
Uns chegam e outros saem,
Há os que sabem viver
E aqueles que só retraem.

À igreja de Esmirna
É preciso bem lembrar
Conheço vocês inteiros
Posso até enumerar
Sei da sua tribulação
Da pobreza do lugar.

Da blasfêmia que existe
Dos que profanam demais
Dão dois passos para a frente
Dobro deles são carnais.
Mas há santos na igreja
Eu conheço seus anais.

Diga João a estes santos:
"Sê fiel até à morte"
Coroa linda darei
Que será seu passaporte
Quem usar joia sagrada
Nunca perderá seu norte.

Pérgamo precisa ver
Que trago em minha mão
Espada bem afiada
Com cortes de precisão,
Instrumento indispensável
Na luta e libertação.

Quem comigo vence a luta
Bom maná irá provar
Pois eu sou o Pão da Vida
Você pode acreditar
Já não tem condenação
Quem ao meu lado ficar.
 
Até aqui três igrejas já foram citadas: Éfeso, Esmirna e Pérgamo. Como será que o poeta vai apresentar a mensagem às outras igrejas?
 Isso saberemos na postagem  da Parte IV.  Breve!

Mané Beradeiro
04 janeiro 2021


SORTEIO DA BANCA DO MURO VAI ACONTECER HOJE À NOITE

 


Vai ser hoje à noite, às 19 h,o primeiro sorteio da Banca do Muro. Se você ainda não fez a sua aposta vá até o Facebook, no grupo Banca do Muro e participe da enquete. Escolha apenas um bicho. O ganhador vai levar o livro "Seis Faces de Encanto" (se for adulto), e sendo criança, o livro "Doutor Buti".  O endereço para você participar é este, basta clicar: Banca do Muro

 



domingo, 3 de janeiro de 2021

UM NOVO CORDEL BÍBLICO - PARTE II

 Continuando a postagem de ontem.  Vamos lembrar que o Apóstolo João estava  preso na ilha de Patmos, localizada no mar Egeu.  O motivo da prisão era a sua fé no Senhor Jesus. Todos os demais apóstolos já tinha sidos martirizados. O livro foi escrito nos  anos 90 a 96 da  Era Cristã.


João não estava de férias
Tampouco  de quarentena
Quando na ilha de Patmos
Recebeu ordem tão plena:
"O que vês escreve em livro"
Faça uso da sua pena. 
 
Isso foi em um domingo
A visão que teve João
Era o Dia do Senhor.
Caiu o homem no chão
Um tremelique tão forte
Quase morre de emoção!
 
O poeta faz uso do recurso de dialogar com o leitor,  fazendo perguntas e dessa forma conduzindo-o a uma reflexão...

Deixe eu lhe perguntar:
-Quais as chaves você tem?
Carro, moto, cofre, ouro?
Chaves que alguns tem também,
De casas e apartamentos.
Isso  tudo lhe faz bem!
 
Não é errado ser seu
Se conseguiu com trabalho.
Parabéns pelo apogeu,
Mas não permita atalho
No caminho para o Céu
Não deixe bens ser um galho.
 
Feita a provocação, o autor retoma  à narrativa da história central ...

Voltemos lá para João
Pois o deixamos caído
Estatelado no chão.
O que terá acontecido?
Alguém lhe estendeu a mão?
Não foi ele socorrido?
 
Na estrofe seguinte acontece  algo mais forte do que a própria visão que João teve 

Foi usando a mão direita
Que Jesus nele tocou
Dizendo: "Não tenha medo"
E João se levantou,
Pois viu o "A' e o "Z"
Que morreu, ressuscitou.

Uma explicação necessária àqueles que não são familiarizados com as metáforas referentes a Jesus:  o verso  - Pois viu o "A" e o "Z"- tem a simbologia de  alfa e ômega, respectivamente  a primeira e última letra do alfabeto grego, que aqui significa o Princípio e o Fim na pessoa de Jesus Cristo.

Vou ficando hoje por aqui.  Prometo continuar amanhã. Agradeço os comentários recebidos por aqui e pelo whatsApp.

Mané Beradeiro
03 janeiro 2021.


 


O RIO GRANDE DO NORTE NAS ESTAMPAS DO SABONETE EUCALOL

 De 1935 a 1940 o sabonete Eucalol  promoveu a cultura e uma campanha de marketing para venda do produto, com estampas de variados assuntos. Era um sucesso de vendas. Muita gente comprava o sabonete Eucalol e guardava as estampas. O Rio Grande do Norte chegou a fazer parte desta coleção com  três figuras. Veja abaixo.

 



sábado, 2 de janeiro de 2021

UM NOVO CORDEL BÍBLICO -PARTE I

 

 Estou escrevendo um cordel,  por enquanto ele tem como título "As sete igrejas da Ásia", ainda não sei se será definitivo ou se mudarei lá na frente.  Gostaria de compartilhar com vocês o nascimento deste poema. Na verdade eu tinha até esquecido dele. Sim, nem mais lembrava que comecei a escrevê-lo numa noite do dia 7 de julho de 2020. Retomei ontem e quero concluí-lo até o final de janeiro.


 "As sete igrejas da Ásia" será mais um texto de cordel bíblico. O que escrevo é com base na leitura dos capítulos 2 a 3 do livro de Apocalipse. Faço-o usando estrofes de seis versos (sextilhas), aplicando a estrutura da rima xaxaxa ( onde apenas os versos pares (a) rimam).

Minha gente preste atenção
No que eu irei narrar
São coisas de profecias 
Que João pôs a revelar
No Livro do Apocalipse
Que Deus lhe deu pra mostrar 
 
Como todos os demais folhetos que escrevo dentro desta temática, neste quero também levar ao leitor que a mensagem é atual e se aplica também a nós, por isso escrevi:
 
João, Apóstolo, testemunha
Que felizes são aqueles
Que leem e que escutam
Profecias para eles
"Pois o tempo está próximo"
Eu e tu somos um deles.
 
 Este tempo próximo, foge a cronologia humana ...
 
Quando diz: "Que está próximo"
Quer dizer que  está pertinho
Que nada vai demorar
Acredite, meu bichinho!
Tempo é coisa de humano,
Dividido em escaninho.
 
Feita esta introdução, o poeta começa então a falar  das verdades que estão presentes no texto base ...

Sabe, Jesus, Soberano?
Breve  Ele voltará!
Ele virá com as nuvens
"E todo olho o verá"
Acreditando ou não
O fato acontecerá.
 
A faculdade de não crer, não é maior do que a faculdade de crer, já disse o escritor Edgar Barbosa, por isso, independente da nossa fé,  o plano de Deus não falhará.
 
Isso é coisa de Deus-Pai
Cuja Palavra é pura
Nunca deixou de cumprir
O que tem na Escritura
Ele é o alfa e o ômega,
Tome tento criatura! 
 
O último verso da estrofe acima eu recorro a uma expressão popular, que tanto ouvia na minha infância, quando as pessoas queriam nos dizer: crie juízo!
Amanhã continuo a segunda parte dessa postagem.
 
Mané Beradeiro
02 janeiro 2021

 
 

 

 
 
 
 
 

sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

MINHA ESPERANÇA, MINHA FÉ E TOLERÂNCIA UNIVERSAL PARA 2021

 


2021 é mais um ano que Deus me permite viver. Deus, mas não um deus qualquer, refiro-me Àquele que além da divindade é também escritor. Sim, o Deus que eu amo e acredito  tem todos os dias da minha vida escritos num livro ( Salmo 139:16b), e é com esta fé que eu quero renovar com Ele a minha  esperança de que eu possa servi-lo com os meus dons ao longo desse ano que hoje se principia.

A Ele quero repetir o que já disse Davi, no salmo citado acima: "Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho reto" (Salmo 139: 23-24).

Viverei sem ter a preocupação de querer resposta às minhas inquietudes, pois sei que nele confio, alegro-me, entrego tudo e descanso (Salmo 37: 3-7).

Quero continuar praticando a máxima da liberdade individual e da tolerância universal ensinada por Emerson*: VIVER, DEIXAR VIVER E AJUDAR A VIVER.

Que eu possa assim fazer e tornar o mundo melhor.

Feliz 2021


Francisco Martins

01 de janeiro de 2021


* Ralph Waldo Emersn (1808-1882)

 

 

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

BANCA DO MURO ABRE AS APOSTAS PARA A IªEDIÇÃO DE 2021

 

Estão abertas as apostas para a  Iª Edição da Banca do  Muro, escolha apenas uma opção e vote no bicho que você acha que vai ser o sorteado na noite do dia 4 de janeiro, às 19 h, se você for criança vai ganhar o livro infantil "Doutor Buti" se for adulto,  "Seis Faces de Encanto", ambos da minha autoria. Para participar basta clicar aqui :BANCA DO MURO  As edições serão mensalmente 

 

Francisco Martins

30 de dezembro de 2020

segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

A POÉTICA DE MADALENA CASTRO NO CORDEL BRASILEIRO

Eu não tinha lido nada de Madalena Castro, poetisa pernambucana, até que recentemente a descobri no livro “82 Anos  de Publicações Femininas na Literatura de Cordel”. Percebi que Madalena Castro é uma poetisa que prima pelo seu texto poético, não o deixa sair do ninho sem antes surgir a plumagem e ter ensaiado as primeiras notas do seu cântico. Só então, depois disso, Madalena Castro permite que seus poemas batam asas e ganhem o mundo.

 

Madalena Castro ( foto do Facebook da poeta)

Os poemas criados por Madalena Castro têm sempre algo a nos ensinar. É assim com a aventura vivida pelo jovem Ademar em um carnaval de Olinda, onde o leitor vai perceber que nem tudo que brilha é ouro.  E o rosário de Mané? (Que não é este que escreve) Um texto cheio de sofrimento e infidelidade, onde Madalena narra a história de um esposo traído e remoído, mas que tem a esperança plantada em seu coração. Um quadro cheio de imagens onde a arte imita a vida. Na linha da cidadania, a poetisa apresenta sua forma de pensar, no tocante a presença feminina, que luta muito mais do que os homens e enfrenta dificuldades gigantescas para ocupar seu espaço na sociedade. A poeta traz um eu lírico que sabe da sua importância histórica:

“Dia da mulher pra mim

Deverá ser todo dia

Pois se não fosse a mulher

Filho não existiria

Também, homem sem mulher ...

Não deve ter alegria”

E sente-se injustiçada pela ação dos homens que roubam, fazendo da corrupção o maior mal desta nação. Nesse pensamento, a poeta convida a todos a fazerem parte dessa luta:

“Com esta vassoura, eu varro

Da nossa linda nação

Os bandidos, mal feitores,

Gente de mau coração

No meu pensamento, eu varro

Do Brasil qualquer ladrão”

 Quando lemos “A discussão do freguês com o macaco e o louro”, onde humanos e bichos dominam a mesma linguagem, percebemos que muito mais do que gracejo, a autora deixa também a mensagem de ninguém deve ser explorado neste Brasil, nem mesmo os animais.

 

Ela conhece as estradas do cordel brasileiro e nessa trilha nos apresenta muito mais do que o constante existente nos folhetos (sextilhas e septilhas), dominando também o quadrão mineiro, como por exemplo,  “A peleja da Cobra Jararaca com o Jacaré”

                                                                Tenho Deus no coração

                                                               Sempre faço uma oração

                                                               Na hora da precisão

                                                               Quando encontro um forasteiro

                                                               Que quer me prejudicar

                                                               Com conversa, me enrolar

                                                               Querendo me derrubar

                                                               Cantando quadrão mineiro

O Quadrão Mineiro é escrito com estrofes de oito versos, com sete sílabas poéticas, onde os três primeiros versos rimas entre si, o quarto rima com o oitavo (devendo terminar em EIRO). O quinto verso rima com o sétimo.

 Quando adentra na construção de décimas, a poeta se junta com Ocione Soares (Joselândia-MA), que reside em Caucaia-CE e tendo como base o mote “Só me derruba quem por um sapo na minha frente”, Madalena e Ocione pelejam numa forma gostosa de ser lida, onde as estrofes trazem beleza e riqueza de imagens poéticas. 


  As pelejas são molduras  que ostentam as telas nas quais os  autores pintam as qualidades do eu lírico que fazem parte da pugna poética. Vejamos duas estrofes, respectivamente de Ocione e Madalena:

 “Faço bomba de argila

Pego cobra dou um nó

Eu já derrotei Popó

Amansei onça e gorila

Minha mente não vacila

Minha unha é um tridente

Um titular sem suplente

No verso seu professor

Só me derruba quem pôr

Um sapo na minha frente”.

 

“Sou igual um furacão

Da guerra sou o fuzil

Sou a praga no Brasil

Destruindo a plantação

Sou a seca do sertão

Que derrota toda enchente

Sou a bomba no oriente

Queimando o detonador

Só me derruba quem pôr

Um sapo na minha frente”.

Por fim, a poeta Madalena Castro também tem em sua bibliografia, o cordel “A história da boneca Abayomi”, no qual ela nos conta como surgiu essa boneca, nascida dentro dos navios negreiros e a sua importância  às crianças escravas. Vale a pena conhecer este folheto.

 “A Palavra Abayomi

É símbolo de tradição

De encontro precioso

A significação

Da negra, é resistência

E também afirmação”

A produção de Madalena Castro não se atém apenas a estes oito títulos apresentados aqui, isso é a ponta do queijo de coalho que eu consegui adquirir,  na verdade, a peça inteira vem com muito mais.  Conheça Madalena Castro, uma das grandes cordelistas brasileiras.

 Ultimo esta resenha lembrando aos leitores e poetas cordelistas, que o Cordel Brasileiro tem crescido bastante em todas as regiões do país. A prova disso é que recentemente foi publicado pela Nordestina Editora “O Dicionário Biobibliográfico dos Cordelistas Contemporâneos”, do qual Madalena Castro é verbete. Daí a importância do trabalho de um crítico literário, que tem a função de mostrar a produção poética que ora é feita pelos cordelistas. Nem sempre o crítico é compreendido, mas sigo em frente. Os anos vindouros dirão se o que escrevi valeu ou não. Por enquanto, sem medo de batráquios, sigo na árdua missão de horas ser agraciado por alguns e noutras ser chicoteado.

 

Mané Beradeiro

28 de dezembro de 2020

  

FONTES:

 

CASTRO, Madalena. O azar de Ademar no carnaval de Olinda.  S/L. Pantera Cordelaria, 2013.

_________________ A discussão do freguês com o macaco e o louro. 2ª Ed. S/L. Pantera Cordelaria, 2017

________________.  O corno e o soldado. S/L. Pantera Cordelaria, 2017.

 ________________.  A história da boneca Abayomi. Paulista/PE. Pantera Cordelaria, 2017.

 ________________ A Peleja da Cobra Jararaca com o Jacaré.  Paulista/PE. Pantera Cordelaria, 2019.

________________. A peleja da Cobra Jararaca com a Cobra de Cipó.  Paulista/PE. Pantera Cordelaria, 2019

________________. A Guerreira do dia-a-dia/ A Revolta da mulher da vassoura. Paulista/PE. Pantera Cordelaria, s/d.

 _________________. Só me derruba quem pôr um sapo na minha frente.  Fortaleza/CE. Edições Rimais,  setembro 2020. (Em parceria com Ocione Soares).

sábado, 26 de dezembro de 2020

MANÉ BERADEIRO PARTICIPA AMANHÃ DA 8ª EDIÇÃO DA FLIPO

 

O poeta Mané Beradeiro vai participar amanhã, dia 27 de dezembro, da 8ª edição da FLIPO.  Sua presença será na Tribuna das Artes, que terá início às 10 horas.  Para saber mais sobre o evento clique aqui e visite a página da Flipo 2020: Programação da FLIPO

Você poderá assistir o evento através do canal Arte Agora-Flipo 2020:https://www.youtube.com/channel/UCxwPjGzu4in4c6W-ny0On5g

 

 

 

 

sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

PROSA E POESIA

 

ORAÇÃO EM VERSOS NO DIA DO NATAL


Que Deus proteja você
De ladeira acima do fogo que queima
De ladeira abaixo da água que cai.
No terreno plano das forças mortais.
Nas estradas de barros, dos touros irados.
Debaixo das árvores de maribondos caboclos.
Que seus pés tenham a luz do celeste Divino,
Que se fez Deus-Menino
E não foi um traquino.
Que cobra nenhuma atinja seu calcanhar
Que bala de fogo não lhe possa alcançar.
Que facas de pontas não vão lhe furar.
Que no dia de hoje,
Tão belo, tão lindo,
O Deus que mamou
No peito materno
Proteja as mulheres daqui e dali,
De todos os males que possam afligir.
Que o berço sagrado, onde Ele dormiu, com feno e as palhas que de cama serviu,
Tragam às crianças
Deste imenso Brasil, o calor da família que Jesus já sentiu.
Que a vaca, o boi, o galo e o burro, ensinem aos homens
Amar e servir
Que as ovelhas, balindo nos digam:
"Mais forte é Ele, nascido em Belém"
E que esta oração, em versos tão livres traga a você
Paz, pão e abrigo


Mané Beradeiro

25 de dezembro 2020

quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

TROVAS NATALINAS II

 Na cidade de Belém

Nasceu Jesus, Rei do Amor,

Em seu coração também

Quer nascer o Salvador!

(JOAMIR MEDEIROS)


Quem não quereria ter

Razões mil para cantar

Louvores, hinos ao ser

que no Natal vem chegar?

(FRANCISCO BEZERRA)


Fonte: O SEGREL,  dezembro 1996, ano IX  - nº 38.

terça-feira, 22 de dezembro de 2020

O PÃO DO MENINO DE BELÉM

 Francisco Martins começou a fazer pão caseiro para venda, em março deste ano. De lá para cá a produção só tem aumentado. Faz pães de massa branca e integrais, com um cardápio que tem mais de 16 sabores no total.


Para as festas do Natal e Ano Novo ele resolveu criar uma receita e fez o "Pão do Menino de Belém". É um pão de Massa doce, com tâmaras, castanhas e granola.



Antes, porém, como escritor, escreveu uma pequena história que dá respaldo ao título do seu pão.


Era uma vez, num lugar bem distante daqui, numa cidade pequenina por nome de Belém, onde morava um pastor de ovelhas que gostava de fazer pão para sua família. Ele tinha uma receita especial, criada por ele, que levava além do trigo, o açúcar, aveia, um pouco de ameixa, um tiquinho de amendoim, castanhas, tâmaras e outras coisas. Nossa! O pão daquele pastor era cobiçado por todos que passavam por Belém. Naquele dia o pastor estava fazendo o pão, quando percebeu que um casal batia à sua porta querendo saber se era possível alugar algum quarto para passar a noite. Ele respondeu: - Infelizmente meu senhor, como está vendo, a minha casa está cheia. Tenho parentes de vários lugares que vieram à Cidade de Davi para o recenseamento. Não tenho como acomodar o senhor e a sua mulher.

Aquele homem saiu puxando um jumento azul, que transportava a mulher grávida. E o homem voltou a fazer o pão. A noite chegou. Caiu fria por sobre Belém. As famílias conversavam, cantavam hinos, canções, bebiam, contemplavam as estrelas na esperança de que o mundo tivesse salvação do Império Romano.

"-Está difícil viver com este Imperador"
"-Um absurdo a alta cobrança dos impostos"
"-E os assaltos pelas estradas! Cada vez aumentam mais e mais"
"-Emprego que é bom, nada!"

Os minutos daquela noite pareciam gritar: "Chegou o tempo determinado por Deus!".
Algo pairava no ar e fazia aquela noite diferente. Creiam não era o cheiro do pão que estava sendo assado pelo pastor. O que eu sei é que aquele pastor soube que uma criança tinha nascido numa manjedoura. Sua alma ficou inquieta, e tão logo saiu a primeira fornada dos pães, ele reservou um e falava para sua família: -Já que não podemos abrigar aquele casal irei levar este pão para aquela família. Quando ele retornou, seus olhos denunciaram o quanto ele foi tocado por aquela cena e ele falou: " De hoje em diante esse pão que eu faço vai se chamar Pão do Menino de Belém".

E foi assim acreditem que este pão nasceu.
Era uma vez... 



Francisco Martins

17 de dezembro 2020

FAÇO PÃO



Faço pão como quem acaricia uma criança na tentativa de fazê-la adormecer.

Faço pão à semelhança do apaixonado que corre suas mãos pelo corpo da amada.

Faço pão pensando na química do amor que tudo transforma e faz o mundo melhor.


Francisco Martins

22.12.2020