sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

UM ANO PARA SER E FAZER DIFERENTE: DEPENDE DE VOCÊ



Terminamos mais um ano. Os homens são sedentos pelas frações do tempo, quer sejam em séculos, décadas, anos, meses, dias, horas, minutos, segundos. Isso vem de longe, duma época bem distante. Contar os dias é algo tão peculiar do ser humano, assim como é próprio do rio correr à foz.

Mas os grandes, aqueles que constroem um mundo à parte e vivem numa dimensão muito mais superior, não se preocupam com o fator tempo, aliás no que tange ao transcendental, o cronos não existe.

Há pessoas que passam por aqui muitos anos, no entanto, nada edificam, são adeptos da pior filosofia da existência: a normose, que assim é definida pelo grande mestre Hermógenes: “Os maus hábitos cristalizados como normais pela sociedade, tais como o consumismo e a corrupção”.

E o pior é que a grande maioria segue a normose e não sabe. São escravos sem horizontes à libertação. Que em 2023 sejamos capazes de fazer um ano diferente em nossas vidas. Sejamos idealistas e não  apenas sonhadores, pois a diferença entre este e aquele é que o idealista luta para realizar aquilo que sonha.

Que os homens possam no ano vindouro ser mais poetas, cantar a vida, viver a fé. Que cada mulher cultive durante todo o ano novo não apenas a beleza exterior, mas sobretudo a interior.

Que os pais tenham sabedoria para transmitir aos filhos. Que os professores, ah! os mestres, bem a eles desejamos um 2023 paradisíaco. Aos jovens deixamos a tarefa para que cada um possa vir a obedecer a si mesmo, não sem freios, sem limites, sem horizontes, mas com foco. Pois aquele que não obedece a si mesmo é regido pelos outros.

E às crianças, tesouros de cada lar, que para elas haja em 2023 uma Civilização de Amor. Feliz Ano Novo!

Francisco Martins

Imagem: https://br.pinterest.com/pin/1077556648322206457/.em 29.12.2022, às 10:29.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

APITO FINAL PARA A JOGADA DA VIDA

 


COLEÇÃO DOS LIVROS DE JOSÉ MAURO DE VASCONCELOS TERÁ CAPAS PERSONALIZADAS

 Muitos sabem que sou fã do escritor José Mauro de Vasconcelos, tenho todos os livros que ele publicou. Um dos mais famosos é o clássico "O Meu Pé de Laranja Lima". Só deste título eu possuo várias tiragens. Este ano, mais precisamente ontem, comecei a concretizar uma ideia que tive no início do ano, que é personalizar todas capas. Penso no futuro vender esses livros a colecionadores. Vejam o primeiro livro personalizado.






Para esse projeto eu usei papel, tecido, couro e papelão. O  livro ficou com lombada arredondada e recebeu nervuras. Vejam o vídeo abaixo.


Aproveito a oportunidade para pedir que se ainda não está inscrito no meu canal que faça agora. Muito obrigado.


Francisco Martins

29 de dezembro 2022


sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

ONDE ANDARÁ MU?

 


MU volte pra sua casa
Deixe de raparigar
Sua tutora tá sofrendo
A ausência naquele lar.
Ela vai castrar você
Pense bem se vai voltar!

Mané Beradeiro

quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

LIVRO SOBRE PATRONOS DOS LOGRADOUROS DA CIDADE ALTA


Manoel Procópio de Moura Júnior apresenta um trabalho de pesquisa sobre os logradouros da Cidade Alta. Um livro com 188 páginas com biografia sobre os patronos. Quem interessar tem à venda no IHGRN, preço R$ 50,00.



terça-feira, 20 de dezembro de 2022

RAIVA PARA CACHORRO

 


MARCO DE ALMEIDA EMERENCIANO,  Acadêmico da ACLA - Pedro Simões Neto (memerenciano@yahoo.es)

O enredo da crônica de hoje tem notas surrealistas, parecidas aos traços do pintor Salvador Dali, para não me distanciar da Espanha. O protagonista da história é um simpático cachorro da raça ‘pequinês’, daqueles antigos, que quase não se vê nos dias de hoje. Atendia pelo nome ‘pope’, criado com todas as regalias na casa do casal Dr. João Barreto de Medeiros (in memorian) – um dos mais ilustres advogados que o estado conheceu – e de dona Tatá Barreto, cuja simpatia e educação transcendem os limites do imaginário.

O cenário é a cidade de Natal de trinta e cinco anos atrás. Pacata, mansa e sem pressa. Éramos todos pré-adolescentes, entre doze e treze anos. Vivíamos em função dos estudos no colégio Santo Antonio Marista, pelas manhãs. Estudar ali era motivo de orgulho e alegria. Ainda é até hoje. A formação religiosa também atraia. A educação era rigorosa desde os tempos dos irmãos Arthur, Welington e Kerginaldo.

Durante a tarde, alguma atividade extra-escolar, cumprimento dos deveres de casa e brincadeiras nos canteiros das espaçosas ruas Mossoró, Campos Sales, Açu e Rodrigues Alves. Ainda eram de paralelepípedo. Asfalto somente na Hermes da Fonseca, conhecida como ‘a pista’.

A ‘parada’ do dia sete de setembro era esperada ansiosamente. Movimentava toda a cidade. Acontecia na Prudente de Morais, como hoje em dia. A data cívica convertia-se em evento lúdico também, dado a carência de atividades na província. Ponta Negra era uma viagem, típica praia de veraneio. No caminho existia o zoológico de Natal, com poucas espécies. Entretanto era divertido.

Mas voltando ao assunto que nos ocupa, estudávamos todos na mesma classe: eu, Manoca (João Barreto de Medeiros Filho), Beto Costa (Herbert Costa Gomes), Boca (Roberto Alexandre Neves Fernandes) e Vovô (Carlos Magno do Nascimento). Numa tarde ensolarada nos dirigimos até a casa de Manoca para realização de um trabalho em grupo e a ele dedicamos o turno vespertino. Em um determinado momento fomos até a cozinha para fazer um lanche, gentilmente preparado para repor as energias. Naquele momento o protagonista ‘pope’ também fazia uma ‘boquinha’, tranqüilamente, em um recipiente posto no chão. Ao passar ao lado do simpático animal, eis que ele se assusta e avança no meu pé deixando a marca dos seus afiados caninos. A verdade é que os seus dentes provocaram um pequeno ferimento, com sangue.

O fato deixou-me apreensivo e nervoso. Recordo que Tiago (Xisto Tiago de Medeiros), irmão mais velho de Manoca, havia chegado em casa. Nos dirigimos todos à casa de Boca, na esquina da Campos Sales com a Açu. A idéia era que seu pai, o Dr. Almino Fernandes, visse o pequeno ferimento e dissesse alguma coisa. Pois bem, lembro-me de suas palavras, em voz mansa: - “não se preocupe, meu filho, o cachorro é da casa de Barretinho, bem criado e cuidado. Vamos observar a evolução do quadro”, sentenciou.

Para minha surpresa – ou desespero – o animal foi a óbito no dia seguinte. Por isso, tive que tomar dezesseis aplicações de injeção, na barriga. Me explicaram que eram catorze obrigatórias mais duas de reforço. Isso tudo no Hospital Giselda Trigueiro. Meu pai, pacientemente, me acompanhava todos os dias, de domingo a domingo, sem intervalos.

Tudo foi motivo de muita brincadeira entre os amigos e, até hoje, quando chego a alguma casa cujos proprietários criam cachorro digo: “pode deixar ele vir, não tenho medo! O último que me mordeu morreu”. Moral da história: passei raiva para cachorro. Será?

NOTA: Esta crônica foi publicada originalmente no periódico JH em 2012.


segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

FRANCISCO MARTINS VAI HIGIENIZAR LIVROS DO IHGRN

 Francisco Martins, um homem que toca vários "instrumentos", vai prestar um serviço ao Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte - IHGRN, sendo voluntário. Ele vai fazer higienização e dentro do possível, restaurar algumas obras. O acordo foi firmado na manhã de hoje e vai ter início em Janeiro vindouro. O IHGRN tem um grande acervo carente desse serviço.




HIGIENIZAÇÃO DE LIVRO - UMA TÉCNICA QUE PROLONGA A VIDA DO LIVRO


 

JUAREZ CHAGAS VAI LANÇAR LIVROS SOBRE O ATHENEU



O autor, Juarez Chagas, é sócio efetivo do nosso IHGRN. Vamos prestigiá-lo.

UM AUGUSTO FILHO DA TERRA

A urna funerária de Augusto Severo, herói aeronáutico, que foi vítima de acidente, em Paris, está exposta no Salão Nobre do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte. A visitação pode ser feita de segunda a sexta-feira, das 8 às 12h.


Augusto Severo nasceu em Macaiba-RN, mas o corpo foi trazido para ser enterrado na cidade do Rio de Janeiro, onde residia a família.


O IHGRN preparou um vasto material sobre Augusto Severo. 

 Vale a pena ir conferir.










quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

PROJETO "O PEQUENO PRÍNCIPE E UM GRANDE RIO" TEM CULMINÂNCIA NA ESCOLA CARLOS ALBERTO

Mais um capítulo de sucesso na história da Editora Cartolina Cartonera - a primeira no Rio Grande do Norte que produz livros a partir do papelão - e na Escola Cívico-Militar Carlos Alberto. No dia 14 de dezembro de 2022, a culminância com os alunos dos 7.º anos do turno matutino trouxe a satisfação do dever cumprido aos professores envolvidos no projeto "O Pequeno Príncipe e um Grande Rio".


Leituras em voz alta - com fala expressiva e fluente, dramatizações e a entrega do "Certificado de Aluno Leitor fizeram parte da programação da manhã, que contou com a participação do idealizador da editora e do projeto, o agitador cultural Francisco Martins.







"Quanto sentimentos e valores foram despertados! Eis o segredo pelo qual o “Pequeno Príncipe“ é um clássico!", disse a mediadora de leitura Erlane Silva, que desenvolveu o projeto junto a professora de Língua Portuguesa, Solange Nascimento. Com a possibilidade de ter o clássico em domínio público, foi possível que cada um dos alunos levasse, para casa, um exemplar para, ainda mais, poder desvelar valores necessários à adolescência. Por sua vez, Martins se comprometeu em disponibilizar a obra também no formato digital para os alunos da instituição. Que grandeza!

Quando estes alunos chegarem à universidade, lembrarão deste livro que tanto marcou a adolescência em uma biblioteca escolar da cidade de Parnamirim.












segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

PAI



Todos os dias eu me lembro dele, mas há alguns que a saudade vem de forma mais intensa. Hoje foi um deles.
Fiquei pensando em meu pai que partiu com 63 anos. Como gostaria de tê-lo comigo! Queria falar dos meus sonhos, dos meus fracassos, das vitórias. Sobretudo queria vê-lo sorrir e quando necessário me repreender.
Pai!
Quantas estações eu terei que passar até revê-lo?
Quantas lágrimas precisarei fazê-las correr sobre minha face até vislumbrar a sua?
Pai
A vida me fez poeta. A palavra é moeda deste escriba que audaciosamente tem um roçado de literatura, uma gleba de conhecimento.
Ah meu pai! No final da tarde de hoje eu visitei os lugares que algumas vezes lhe encontrei aqui em Natal.
Tudo mudado. A vida tem seus movimentos de marés da existência.
Mergulhei no meu interior e fui chorar porque a saudade é testemunha desse meu amor por você.

Francisco Martins 

12 de dezembro de 2022

sábado, 10 de dezembro de 2022

MARROCOS NAS SEMIFINAIS DA COPA 2022

 

Assisti hoje o jogo de Marrocos com Portugal, na fase Quartas de Final. Ganhou Marrocos no placar de 1 x 0. O país Africano chega pela primeira vez  as  Quartas de Final e nas Semifinais.  Estou torcendo pela Argentina, mas meu coração também bate em um ritmo marroquino.Afinal, MARROCOS SABE DOS SEUS DESERTOS, AVANTE! 

quarta-feira, 30 de novembro de 2022

A PRESENÇA DE POTIGUARES NA REVISTA DE ANTROPOFAGIA

 Quem é do mundo da Literatura Brasileira já ouviu ou ouvirá alguém falar sobre “A Revista de Antropofagia”, um periódico de curta duração, que circulou no Brasil nos anos de 1928 e 1929. Os Idealizadores foram Oswald de Andrade e Raul Bopp. É um marco na história literária brasileira e deve ser conhecida, afinal, o Rio Grande do Norte também está lá. Isso mesmo! Demos nossa contribuição.

Noventa e quatro anos passados, o estado do Rio Grande do Norte ainda se firmando na sua construção literária,  audaciosamente exportava textos para a cidade de São Paulo, onde chegavam ao escritório da “Revista de Antropofagia”, localizado à Rua Benjamin Constant.

Em Maio de 1928, quando é lançada a revista, já somos agraciados na página 4, com um comentário generoso sobre o “Livro de Poemas” de Jorge Fernandes, que havia sido editado no ano anterior.

 Na edição nº 2, Junho de 1928, eis que Jorge Fernandes tem poesia publicada logo na primeira página: “O Estrangeiro”.  E se por aqui Jorge Fernandes continuava batalhando por um lugar ao sol, lá em São Paulo, a Revista de Antropofagia continuava dando espaço ao poeta, desta vez na edição  de nº 7, Novembro - 1928, página 5,  publicando a prosa poética:  “A Tardinha em viagem  no Seridó” 


Na edição nº 9,  Janeiro de 1929, página 5, é publicada “Canção do Retirante”.   Era o Brasil tomando conhecimento da porteira de Jorge Fernandes que se abria para deixar entrar o Modernismo no Rio Grande do Norte. Alguns desses trabalhos acima citados não estão presentes no livro: "Jorge Fernandes - o viajante do tempo modernista - obra completa", organizada por Maria Lúcia de Amorim Garcia.

Câmara Cascudo também deu sua contribuição ao periódico. A primeira é em Agosto de 1928, revista nº 4, página 3,  onde ele escreve: “Cidade do Natal do Rio Grande do Norte”. Na página seguinte, o Diretor da Revista, Antonio de Alcântara Machado ( A. De A.M) comenta um livro de Cascudo sobre  López do Paraguay (1927). Na revista nº 10 -  Fevereiro de 1929 – Câmara Cascudo se apresenta como poeta, em “Banzo”, na primeira página.
Depois de Jorge Fernandes e Câmara Cascudo, a Revista de Antropofagia também registra a participação de dois outros potiguares: Jayme Adour e Otacílio Alecrim. O primeiro  escreveu um artigo com o título "História do Brasil em dez tomos", na edição nº 4,  de 7 de abril de 1929 e no mês seguinte, maio,  foi o Diretor do Mês da revista. Jayme Adour nasceu em Ceará-Mirim e muito jovem se transferiu para a região Sudeste. 

Otacílio Alecrim, escreve na edição nº 12, que circulou no dia 26 de junho de 1929. O seu artigo tem como título: "Miss Macunaima". Otacílio Alecrim nasceu em Macaíba e assim, como Jayme Adour também se transferiu para o Sudeste. Com esta pequena pesquisa, deixo aqui a minha contribuição, neste ano em que comemoramos 100 anos do Modernismo. Para ter acesso a todos os números da Revista de Antropofagia é só clicar aqui: Biblioteca Brasiliana

30 de Novembro de 2022
Francisco Martins
Pesquisador




ASSISTA O POETA MANÉ BERADEIRO LENDO O FOLHETO " A SALVAÇÃO NO CORDEL"


 

ACLA TEM CHAPA ÚNICA PARA NOVA GESTÃO

 




segunda-feira, 28 de novembro de 2022

RESTAURAÇÃO DE LIVROS

 Umas das coisas que aprendi a fazer e estou me aperfeiçoando no ofício, é a restauração de livros. Um trabalho que pouca gente faz no campo da encadernação, onde são múltiplas as opções. No vídeo abaixo eu demonstro como recupero um livro de 1972.



Se você tem livros que precisam desse serviço, entre em contato comigo e peça um orçamento. Mande mensagem para o  (084) 9.8719-4534.

sábado, 26 de novembro de 2022

O NATAL DENTRO DO CÉU

 

Veja o vídeo do poeta Mané Beradeiro lendo o terceiro cordel que ele escreveu sobre o Natal. Aproveite para se inscrever no canal.