A sopa de feijão
Francisco Martins Alves Neto foi seminarista diocesano entre os anos de 1981 a 1983, morava ali na Rua Mipibu, onde funcionava o Seminário de São Pedro. Naquela época era Reitor do Seminário, o Padre Hudson Brandão de Araújo. Todas as noites o jantar era quase sempre o mesmo, sopa de feijão. Uma sopa rala, que diga-se de passagem, era degustada mais pela fome do quê pelo aroma e aparência.
Neto, como era conhecido no Seminário, já não estava mais aguentando tanta sopa de feijão. Numa tarde chega até o reitor e diz:
-Padre Hudson o senhor poderia me conceder uma liberação para eu ir visitar a minha irmã?
-Onde ela mora? Quis saber o Reitor.
-No Conjunto Soledade II, Zona Norte.
-Pode ir, mas volte ainda hoje.
Neto saiu alegre da vida, pois sabia que naquela noite jantaria algo diferente. Quando chegou à casa da sua irmã notou que não havia ninguém. Portas e janelas fechadas. Apare uma vizinha e diz: -Ela está na Escola Rômulo Wanderley dando aula. Neto imediatamente se dirige até aquela escola. Qual não foi a alegria de Socorro, sua irmã, ao vê-lo. Findo o expediente, descem os dois em direção à casa dela. Entram e Socorro fala:
-Hoje, eu vou fazer para o jantar UMA SOPA DE FEIJÃO!
Neto comeu, triste, embora aquela sopa jamais pudesse ser comparada a do Seminário. Mas era de FEIJÃO. Terminado o jantar, Socorro notou a tristeza no rosto do seminarista irmão e perguntou:
-O quê foi?
Ele contou que tinha planejado visitá-la naquela tarde para fugir da sopa de feijão e quis oi destino que a sopa estivesse presente no jantar. Eita vida de meu Deus! Até hoje, já idos 29 anos, Neto ainda treme quando o convidam para uma sopa de feijão.
Um comentário:
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK... e eu não me perdoo, mas foi apenas uma das coincidências da vida!!!
Sabes que pelo amor que te tenho se tivesse me dito antes, teria te preparado manjar dos céus rssssssssss
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