segunda-feira, 8 de julho de 2019

TORPEDO DE MANÉ BERADEIRO 038/2019

A voz do povo é a voz de Deus, ou no bom latim Vox populi, vox
Dei. Será?  Se formos olhar o que disse Deus através do profeta Isaías veremos que isso não procede. Tá lá, no livro de Isaías 55:8 "Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor"

Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor.

Isaías 55:8
Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor.

Isaías 55:8

sábado, 6 de julho de 2019

55 ANOS CELEBRADOS DIFERENTES

O artista Francisco Martins que completou hoje 55 anos abriu espaço em sua agenda para comemorar a nova idade de uma maneira que ele nunca tinha feito antes em nenhum dos seus aniversários. Ele celebrou junto às crianças que participavam da Escola Bíblica de Férias-EBF da Igreja Sementes da Fé, com sede na Rua da Grécia, no bairro Passagem de Areia, em Parnamirim/RN, onde se apresentou com seu personagem o palhaço Leiturino
O bom de tudo é que somente ele sabia disso e nada falou para o pessoal que organizou a EBF. "Foi uma tarde inesquecível - começando um ano novo individual  na Casa do Senhor!" Disse o artista.

A RUA ENCANTANDA DE PARNAMIRIM - SENADOR JOÃO CÂMARA

Ruas são artérias de uma cidade, vila ou povoado por onde passa a vida. Nela moramos,  algumas nos cativam até a nossa partida definitiva. De todas as ruas da minha existência tem algumas que eu não sinto nenhuma falta, há outras que me trazem recordações felizes.
Mas eu quero mostrar aos meus leitores uma rua que existe em Parnamirim/RN que chama a atenção de todos os que por ela passam. É a Rua Senador João Câmara, Centro. Ela é a prova contundente  de que nós fazemos a rua em que moramos, e que nem sempre devemos esperar pelos órgãos municipais. Na Rua Senador João Câmara a poesia  nos encanta. Saiamos da retórica e vamos às imagens, pois como já sabemos elas valem mais do que as palavras.  Se esta rua fosse a minha eu não mandava ladrilhar com pedrinhas de brilhantes, pois sei que os homens deste Brasil, em sua maioria, não estão preparados para contemplar o brilho das joias. Eu diria ao meu amor: Passe pela minha rua, não tem brilhantes no calçamento, mas é uma rua de fadas, de fantasia, de olhar poético e significados múltiplos, de varões nobres. Parabéns aos moradores da Rua Senador João Câmara.






Francisco Martins
06 julho 2019

ASSIM DISSERAM ELES ...


Feliz aniversário! Pode ser o último.

Robert Benayoun (1926-1996)

sexta-feira, 5 de julho de 2019

DIA 24 DE JULHO SERÁ LANÇADA A 2 EDIÇÃO DO CORDEL-LIVRO CARTONERO A AVÓ COM A SAIA DE MERINÓ - A POÉTICA HISTÓRIA DE DINDINHA

O cordel-livro " A AVÓ COM A SAIA DE MERINÓ - a poética história de Dindinha" que teve a sua primeira edição em junho de 2017, pela editora Carolina Cartonera, estará  sendo publicado em julho de 2019  com a 2 edição, pela mesma editora. Desta vez, a capa do cordel-livro presta uma homenagem a  Maria Daluz, in memoriam, avó materna do artista plástico Lucas Marques, que ilustrou o livro Doutor Buti, de Francisco Martins, que assina o cordel com o heterônimo de Mané Beradeiro. O desenho foi todo produzido com canetas esferográficas. 
Dindinha foi Silvina de Paula Rodrigues (1828-1908), avó de Eloy, Henrique, Auta , Irineu e João Câncio todos criados por ela, após o falecimento dos pais.  Dindinha nunca se deixou fotografar, acreditava que a captura da imagem roubava a alma do corpo. Diante da impossibilidade de ilustrar a capa do cordel-livro com a foto da protagonista, o poeta Mané Beradeiro fez o convite a Lucas Marques que soube ser sensível,  cedendo o uso de imagem do seu desenho para este propósito.
Lucas Marques
O texto do poema é constituído por 36 estrofes de sextilhas, com sete sílabas poéticas. A segunda parte contém dados biográficos dos personagens citados, fotografias e referências. Um trabalho literário para quem deseja conhecer curiosidade da história e literatura  do Rio Grande do Norte. O lançamento será dia 24 de julho, às 14 h, no evento do Chá Literário em homenagem às avós, na Escola Municipal Professor Jussier Santos, em Parnamirim.


quinta-feira, 4 de julho de 2019

GRATIDÃO




Hoje eu fui ao centro de Natal com alunos e professores da Escola Brigadeiro Eduardo Gomes - ouvimos estórias e histórias. Compartilhamos saberes. Recebi um presente: três livros, adornados com uma fita. São seus autores: Câmara Cascudo, Auta de Souza e Newton Navarro, três potiguares que enobrecem nosso RN e vão fixar morada nas prateleiras da minha biblioteca. Muito obrigado @Maria Jose e demais professores e alunos.

quarta-feira, 3 de julho de 2019

O CURIOSO E FLAMEJANTE COLORISTA

     Quando uma pessoa se propõe a fazer algo para o qual não teve nenhum ensinamento afirmamos que ela é "curiosa". Quero apresentar ao leitor a história de um homem "curioso" que marcou a nossa literatura e foi de grande importância na estrutura editorial deste país.
   
     Suas atividades como "curioso" foram em vários campos da vida; em algumas teve sucesso, noutras não. Foi jornalista, tradutor, fazendeiro, escritor, editor, adido comercial brasileiro (em Nova York), político, desenhista, pintor, caricaturista e ilustrador. Além desses ofícios, a pessoa sobre a qual estou escrevendo teve sua graduação em Direito e foi promotor público. Viveu 66 anos, compreendidos entre 1882 a 1948.

     Consegue o ledor já saber sobre quem escrevo? Nos textos espalhados por vários jornais e revistas da sua época, ele usou muitos pseudônimos, bem mais de vinte. Refiro-me a Monteiro Lobato e quero mais precisamente resgatar o lado, talvez o menos conhecido, das atividades de desenhista, pintor e ilustrador.


( O Minarete, em Belenzinho, São Paulo capital, onde morou quando estudante de Direito. Aquarela pintada por ele)

     A vida de fazendeiro, aos vinte e seis anos de idade, dava ao homem Lobato tempo para se dedicar aos desenhos e aquarelas. Em 1908 ele escreveu para o amigo Godofredo Rangel:

Também pinto muito. Aquarelas como sempre.
A razão de preferir a aquarela ao óleo é que
com este sujo-me todo, inclusive a ponta do nariz.
Vou mandar-te um mar. Vivo aqui entre montanhas
e pois muito sem horizontes - e sempre com grandes
saudades dos horizontes marinhos. E pinto mar como
derivativo. Invento mares, aquarelas de mar...Invento
mares para sentir o horizonte. O horizonte faz bem à
alma (LOBATO, 1946, t. l, p. 224).

     Lobato sabia que para se tornar um bom desenhista era preciso praticar com constância: "Desenho é como piano, questão de exercício" dizia ele. E assim o fez. Sempre que podia enviava algumas ilustrações junto com as cartas remetidas para Rangel, e os desenhos tinham como tema as histórias dos contos que Lobato escrevia e até mesmo de textos da autoria de Rangel, como foi o caso de "Mãe".

     Prosseguiu o artista Lobato e em 1915 um artigo de uma revista feminina ousa adjetivá-lo de "flamante colorista", o que o deixou muito feliz. Ainda na Fazenda Buquira(SP), no mês de maio de 1915 ele se dedicou às aquarelas e desenhos. Vejam o que escreveu para seu amigo Rangel: "Todo este mês foi de desenho e aquarelas - com a literatura de castigo no canto." (LOBATO, 1946, t. 2, p 31).

     Esta prática de desenhar e pintar nunca foi aceita por Lobato como algo profissional; escreveu: "Desenho e pinto como me coço, porque vem a coceira - mas só me coço portas a dentro, para mim mesmo" (Idem, t.2, p. 60). O certo é que aos poucos ele foi vencendo a timidez e começou a mandar seus desenhos para algumas revistas, como, por exemplo, "Vida Moderna", que publicou caricaturas.

(Revista Vida Moderna - Ano XIII - Edição 309 - 12 de abril de 1917)

     No final do ano de 1917 Lobato já está buscando aperfeiçoamento na arte de desenhar. Vamos encontrá-lo frequentando o curso Elpons-Zadig-Wasth, em São Paulo, com aulas noturnas e isso já o encoraja a ilustrar o seu primeiro livro, que será marco da história editorial literária no Brasil.

     Em 1918 Monteiro Lobato estreia como escritor, com o livro de contos Urupês. A primeira edição é de mil exemplares, calculada pelo autor para ser esgotada em três ou quatro anos, o que surpreendeu Lobato, pois todos os livros foram vendidos em uma semana. E é em Urupês, na primeira edição, que podemos ter o maior conjunto de ilustrações assinadas por ele: vinte e três desenhos.

     É esta a face lobatiana que desejei compartilhar neste artigo. Um homem múltiplo, um herói civil, um apaixonado pela arte e sobretudo pela literatura.




Referências: 

ROCHA, Ruth. MARANHÃO, Ricardo. LAJOLO, Marisa. Monteiro Lobato - Literatura Comentada. São Paulo: Abril Educação, 1981.

LOBATO, Monteiro. A Barca de Gleyre. 1 Tomo. São Paulo: Editora Brasiliense, 1946.

________________. A Barca de Gleyre. 2 Tomo. São Paulo: Editora Brasiliense, 1946.

________________. Prefácios e Entrevistas. São Paulo: Editora Brasiliense, 1946.

________________. Urupês. São Paulo: Editora Brasiliense, 1946.

Desenho 1. Disponível em: http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=189740&pesq=helio%20bruma


FRANCISCO MARTINS é escritor e pesquisador. Secretário Administrativo do Conselho Estadual de Cultura do Rio Grande do Norte. Autor de numerosos cordéis e livros, dentre eles "Canção do Canavial na Briosa Vila do Ceará Mirim" "Autores e Assuntos na Revista da ANRL - 1951 a 2018".                                                                                                        

segunda-feira, 1 de julho de 2019

ASSIM DISSERAM ELES ...




O júri é um grupo de pessoas escolhidas para decidir quem tem o melhor advogado

Eric Ambler (1909-1998)

sábado, 29 de junho de 2019

IGREJA DE SANTO ANTONIO DOS MILITARES


A Igreja de Santo Antonio, em Natal, que também é conhecida como Igreja do Galo ou dos Militares. Foi nela, mais precisamente nesta lateral, onde hoje funciona o Museu de Arte Sacra, que durante 25 anos (1836 a 1861) foi instalado o primeiro Corpo Policial, por isso ela ficou conhecida como Igreja dos Militares.

Hoje muita gente sabe
Amanhã pouco se fala
É preciso semear
A cultura, não a bala.
A Polícia sabe disso
É mister valorizá-la.

Mané Beradeiro
29/06/2019

FUNDAÇÃO VINGT-UN ROSADO - CONCURSO LITERÁRIO

Resultado de imagem para coleçÃO mossoroense

ESCRITORES DO RIO GRANDE DO NORTE - AINDA DÁ TEMPO DE ENVIAR SEU MATERIAL PARA ESTE CONCURSO.

SAIBA MAIS CLICANDO AQUI: CONCURSO

sexta-feira, 28 de junho de 2019

COCÃO NO MAIS SAGRADO DO SAGRADO


Em 1867 morreu Cocão, em Mossoró/RN. Antes foi atendido pelo pároco em confissão, mas não perdoou um inimigo e o padre não lhe deu a absolvição. Morto, a família procurou o padre para enterrar Cocão no Sagrado (nas paredes da Igreja), como era costume. O padre não permitiu alegando que o falecido não partiu em paz com Deus e os homens. Cocão foi enterrado num terreno baldio que havia por trás da Igreja de Santa Luzia. Muitos anos depois, o templo passou por reformas, foi ampliado e onde Cocão estava sepultado é o atual lugar do altar-mor (foto). Coisas da história e que Cascudo registrou.

Cocão partiu sem paz.
Quem somos nós pra julgar?
O Sagrado foi negado
Sepultura singular
E Deus mudou esse fato
Altar-Mor é seu lugar.

Mané Beradeiro
28/06/2019

VIVENDO E ENSINANDO


João Wilson Mendes Melo é um dos mais longevos integrantes da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras. Nascido no Sítio dos Filgueiras, em Mossoró. Filho de Mirabeau da Cunha Melo e Cândida Filgueira Mendes Melo. Mirabeau foi um dos homens que fez parte do grupo que combateu Lampião. João Wilson nasceu em 3 de junho de 1921. Aos sete anos a família se transfere para Ceará-Mirim e no dia 30 de junho de 1929 falece a sua mãe. O menino João foi aluno do Externato Ângelo Varela, dirigido pela poeta Adele de Oliveira e recebeu aulas preparatórias para o Atheneu, com o poeta Abner de Brito. Em 1934 começa a estudar naquele liceu e em 1936 publica com seu colega Jessé Dantas Cavalcanti, em Ceará-Mirim, o jornal "O Idealista". Em 1944 é estudante de Direito na Faculdade de Alagoas. Em 1945 participa do grupo de fundadores da Escola de Serviço Social de Natal e no dia 15 de agosto de 1946 se une em matrimônio a Maria Augusta da Cunha. João Wilson começa a trabalhar como professor na Escola de Serviço Social de Natal, depois na Faculdade de Filosofia. Sua vida foi sempre voltada para o ofício de estudar. Fez parte do Conselho Estadual de Educação, Diretor da Faculdade de Ciências Econômicas, criou a Escola Técnica de Cooperativismo e quando a Universidade Federal do Rio Grande do Norte é criada ele integra o Departamento de História. A UFRN o agracia com a Medalha do Mérito Universitário - Grau de Conselheiro, em 21 de maio de 1979. No ano de 1983 é eleito para ocupar a cadeira 25 da ANRL. João Wilson já fazia parte do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte desde 9 de julho de 1966. No ano 2002 ele é condecorado com o título de Cidadão Natalense e a Medalha de Mérito Governador Dinarte Mariz, pelo Tribunal de Contas do RN. Livros, plaquetes, conferências e artigos fazem parte da sua extensa bibliografia. No dia 2 de abril de 2018, o Departamento de História da UFRN propôs, e o Conselho Universitário aprovou a outorga do título honorífico de Professor Emérito, pelos relevantes serviços prestados à UFRN. Tudo que aqui foi escrito é um pouco da história deste homem intelectual. Se desejar saber mais, leia o livro "João Wilson Mendes Melo - VIVENDO E ENSINANDO", de Claudio Galvão. Foi desse livro que colhi as informações.


Francisco Martins.

O HUMOR DE MANÉ BERADEIRO - CASAMENTO

Estavam Mané Beradeiro e o macaco Sarauê passeando  por aí, quando se deparam com um amigo que pulando de alegria anunciava aos quatro aceiros que iria se casar com Clotilde, a  filha do Coronel Mortecerta.  Mané ouviu por alguns momentos as razões daquela paixão, e ficou sabendo os alicerces de um amor tão profundo quanto pisada de borboleta. Aí vem a pergunta do noivo:
-Estou certo Mané Beradeiro?
-Homem, eu recorro à sabedoria para lhe dizer que três tipos de homens não entendem nada de mulheres: os jovens, os velhos e os que estão entre os dois. E, outra coisa, pelo que percebi você vai casar é por causa do dinheiro que Clotilde tem, neste caso NÃO SE CASE POR DINHEIRO, VOCÊ PODE CONSEGUIR EMPRÉSTIMO MAIS BARATO.

ASSIM DISSERAM ELES ...

 



Toda vassoura nova varre bem!

Dom Marcolino Dantas

quinta-feira, 27 de junho de 2019

BOTON É CULTURA E ARTE QUE SE LEVA NO PEITO, NA MOCHILA OU ONDE DESEJAR.

Dr. Genibaldo Barros recentemente quando me viu fez a seguinte saudação: "Prazer em vê-lo  amigo polivalente!" Fiquei rindo e concordando que ele tem razão. Além de ser escritor sou também artista  (como Mané Beradeiro e Palhaço Leiturino), manipulador de bonecos (Ananias e Sarauê), palestrante sobre dois escritores que muito estimo (Monteiro Lobato e José Mauro de Vasconcelos), editor de livros artesanais e cartoneros, cozinheiro, blogueiro e mais recentemente comecei a produzir botons. Isso mesmo, este pequeno souvenir que a turma gosta de usar fixado nas roupas ou mochilas. Produzo os mais variados temas, usando  técnica artesanal. Aceito até encomendas. Quem se interessar é só entrar em contato pelo whatsApp (84) 8719-4534.
 Temas: Super-heróis; times brasileiros; personagens de Monteiro Lobato; Frida; profissões; engenhos de Ceará-Mirim; José Mauro de Vasconcelos, leitura, etc.

CURIOSIDADE SOBRE A HISTÓRIA DE CEARÁ MIRIM

 O Barão de Ceará-Mirim, Manuel Varela do Nascimento (1803-1881), não construiu apenas A Casa de Instrução, que mais tarde passou a ser o Grupo Escolar Barão do Ceará-Mirim, depois Felipe Camarão, sendo demolido em 1925.

No ano de 1878, no lugar Veríssimo, propriedade do Barão do Ceará-Mirim, funcionou um colégio, o São Miguel, em prédio construído para tal fim, fundado e dirigido pelo francês Louis Carloman Capdeville. No mesmo local, o Dr. Francisco de Sales Meira e Sá manteve e dirigiu, de 1884 a 1888, o Colégio São Francisco de Sales. O prédio foi demolido. 

 
 Referências:
CASCUDO, Luis da Câmara. Governo do Rio Grande do Norte.p. 209/210.
LIMA, Nestor.O Município de Ceará-Mirim. p. 144/145.

quarta-feira, 26 de junho de 2019

DOM MARCOLINO DANTAS

Foi exatamente a 90 anos que chegava na cidade do Natal, no dia 26 de junho de 1929, o baiano Dom Marcolino Dantas, que assumiria no dia 29 daquele mês e ano, a Diocese de Natal, sendo seu 4º Bispo. Dom Marcolino tinha uma verve poética e gostava muitos de trocadilhos. 
Dom Marcolino Dantas
Lembro-me de algumas histórias hilárias que o Monsenhor Eymar L'E Monteiro escreveu sobre ele e eu li quando fui seminarista no idos de 1981/83. Uma delas é sobre a visita de dois padres que tinham se sidos ordenados recentemente e vieram passear em Natal. Aproveitam a estada e querem conhecer o Bispo Dom Marcolino, que morava no Palácio Episcopal,  em frente à Igreja de Santo Antonio.  Ao serem apresentados ao bispo acontece o seguinte diálogo:
-De onde vocês são?
-Somos de Sergipe!
E Dom Marcolino aproveita:
-Na vida temos que deixar de ser jipe e passamos a calhambeque!

LANÇAMENTO NO SEMINÁRIO DE SÃO PEDRO

Amanhã, 27 de junho, às 17 h, na sede do Seminário de São Pedro, sito a Rua Campos Sales, 850, bairro Tirol, em Natal, acontecerá o lançamento do livro organizado por Antonio Marques de Carvalho Jr e Flávio Gameleira, que tem o título: "Karitós - viagem em terras do Brasil". Trata-se sobre uma excursão de padres e seminaristas de 1963/64. Toda a renda da venda será revertida para o Seminário de São Pedro.

SATÂNICO É MEU PENSAMENTO ...



Satânico é meu pensamento a teu respeito, e ardente é o meu desejo de apertar-te em minha mão, numa sede de vingança incontestável pelo que me fizeste ontem. A noite era quente e calma, e eu estava em minha cama, quando, sorrateiramente, te aproximaste. Encostaste o teu corpo sem roupa no meu corpo nu, sem o mínimo pudor! Percebendo minha aparente indiferença, aconchegaste-te a mim e mordeste-me sem escrúpulos.
Até nos mais íntimos lugares. Eu adormeci.
Hoje quando acordei, procurei-te numa ânsia ardente, mas em vão.
Deixaste em meu corpo e no lençol provas irrefutáveis do que entre nós ocorreu durante a noite.
Esta noite recolho-me mais cedo, para na mesma cama, te esperar. Quando chegares, quero te agarrar com avidez e força. Quero te apertar com todas as forças de minhas mãos. Só descansarei quando vir sair o sangue quente do seu corpo.
Só assim, livrar-me-ei de ti, pernilongo filho da...


Carlos Drumonnd de Andrade

terça-feira, 25 de junho de 2019

UMA BOTIJA LITERÁRIA


    Tem objetos que nos fascinam, diria que vão mais além: cativa-nos. É o caso da Revista da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras. A minha alma é muitas vezes nutrida pela leitura desse periódico. Digo até que ela está viciada pelas edições que saem do trabalho de Manoel Onofre Jr (Diretor) e Thiago Gonzaga (Editor).

    Aguardo ansioso o dia do lançamento de cada número. Fico ávido pelos ensaios e artigos, deleito-me nos contos e crônicas, descanso lendo poemas e em tudo vou enriquecendo e aumentando trimestralmente meu patrimônio cultural. Em minha casa reservo com muito zelo e vigilância um espaço à coleção. Tenho praticamente todas, faltando-me apenas dois números.

    Perdi a conta das vezes que usei os volumes desta coleção para buscar informações sobre a cultura do RN. O conjunto é inegavelmente rico de conteúdo. Penso sempre que não são apenas textos, mas conversas e cânticos que a Academia Norte-Rio-Grandense de Letras nos presenteia em forma de prosa e poesia.
Alfredo Neves e Francisco Martins

    Particularmente é minha Botija Literária, um tesouro que começou a ser espalhado em 1951 e perdurará por muitos e muitos anos.

    Hoje, 25/06/19, recebi o número 59, referente ao trimestre Abril a Junho. Nele tenho a publicação do artigo " O Curioso e Flamejante Colorista". A capa traz a reprodução de um quadro, da autoria de Alfredo Neves. Vou às páginas da mais recente revista - Rumo à Luz!

Francisco Martins
25.06.2019