O rádio quando começou a chegar nas casas deste vasto sertão nordestino foi um deus nos acuda. Muita gente ficava abestado sem saber como era que uma caixinha de madeira, tão pequena e apertadinha, toda fechada, sem ter lugar para passar um prato de comida, podia ter dentro dela homens e mulheres falando e cantando.
Foi sobre isto que o poeta do absurdo, Zé Limeira, escreveu também uma estrofe sobre o rádio que diz assim:
"Heleno, que bicho é esse
que tem voz de home macho?
Parece um tatu quadrado
com uma correia por baixo.
E ninguém sabe se a boca
está por riba ou por baixo"
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