Certa vez, em 1982, quando eu tinha 18 anos, e vivia no Seminário de São Pedro, em Natal-RN, surgiu a oportunidade de trabalhar na Arquidiocese de Natal, fazendo a função de Assessor de Imprensa.
Fiquei ali por muitos anos. Era o redator do tradicional jornalzinho "Boletim Informativo", que circulava semanalmente em todas as paróquias da Arquidiocese e era também expedido para outros estados e autoridades.
O "B.I" foi a voz impressa da igreja católica local. Nele, o Arcebispo passava às suas ovelhas o posicionamento da Igreja sobre temas diversos, e quando ele, o Arcebispo ou o seu Bispo Auxiliar não escreviam, o espaço editorial era preenchido, por um artigo, que embora não fosse assinado, tinha como autores Dr. Otto de Brito Guerra e/ou João Wilson Mendes Melo, dois leigos altamente capacitados e informados sobre a cultura da fé cristã.
A mim, cabia escrever as notícias, que coletava junto aos agentes pastorais e os próprios párocos. Nossa! Aqueles anos de atividades à frente do "B.I" me foram preciosos, foi a escola onde aprendi e aprimorei redação.
Hoje eu vejo o quanto me foi útil. Tenho uma dívida de agradecimento com a Dama de Ferro da Arquidiocese de Natal, Terezinha Villar, que administrava com punhos de aço aquela instituição e comunhão com Dom Nivaldo Monte e Dom Antonio Soares Costa.
Depois, quando Dom Nivaldo Monte foi aposentado, eu continuei trabalhando na mesma função, na gestão de Dom Alair Villar, que veio de Amargosa-Ba.
Não era jornalista formado, nem cheguei a fazer o curso, mas como autodidata eu preenchia o lugar e fazia com dedicação.
Tudo contribuía para um tempo em que brotaria dentro de mim o escriba, o escritor, com suas produções de prosa e poesia.
Ontem, pesquisando, deparei-me com estes registros publicados no Diário de Natal, meses de fevereiro e maio de 1988, que comprovam minha atividade.
Francisco Martins
27 de setembro 2024
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