sexta-feira, 5 de abril de 2019
quinta-feira, 4 de abril de 2019
PALESTRAS SOBRE LOBATO: O HOMEM QUE ENCANTOU CRIANÇAS
Abril é o mês em que celebra-se o Dia do Livro Infantil, 18, data que assinala o nascimento de Monteiro Lobato. O escritor Francisco Martins irá realizar várias palestras nas escolas da rede pública municipal de Parnamirim-RN, oportunidade em conversará com os alunos sobre quem foi Monteiro Lobato e porque ele é tão importante para a história da literatura brasileira. O tema da palestra é: LOBATO: O HOMEM QUE ENCANTOU CRIANÇAS.
Dia 4 de abril - quinta-feira - 13 hs - Escola Irene Soares - Monte Castelo
Dia 8 de abril - segunda-feira 8 hs - Escola Edmo Pinheiro - Cajupiranga
Dia 9 de abril - terça-feira - 8 hs - escola Rubens Lemos - Emaús
Dia 10 de abril - quarta-feira - 13 h - Escola Edmo Pinheiro - Cajupiranga
Dia 11 de abril - quinta-feira - 8 h - Escola Antonio Basílio - Passagem de Areia
Dia 12 de abril - sexta-feira - 13 h - Escola Antonio Basílio - Passagem de Areis
Dia 15 de abril - segunda-feira - 8 hs - Escola Sadi Mendes - Nova Parnamirim
Dia 29 de abril - segunda-feira - 8 hs - Escola Irene Soares - Monte Castelo
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terça-feira, 2 de abril de 2019
OS CABRAS DE LAMPIÃO SERÁ TEMA DE CONVERSA NA ESTAÇÃO DO CORDEL
O poeta e pesquisador do cordel brasileiro, Mané Beradeiro, estará na sexta-feira próxima, dia 5 de abril, às 15 h na Estação do Cordel, situada à Praça Padre João Maria, em Natal-RN, oportunidade em que haverá o lançamento do cordel de Genildo Mateus, artista plástico e sociólogo: "Um Bozo com Militantes de Bosta.
Depois do lançamento, o poeta Mané Beradeiro fará uma palestra sobre o poema "Os cabras de Lampião", de Manoel D'Almeida, um dos clássicos do cordel brasileiro. Na mesma tarde terá sessão da Academia Norte-Rio-Grandense de Literatura de Cordel - ANLIC e sarau.
Mané Beradeiro disponibilizará o texto da resenha sobre "Os cabras de Lampião" aqui, neste blog, assim que terminar a palestra.
Depois do lançamento, o poeta Mané Beradeiro fará uma palestra sobre o poema "Os cabras de Lampião", de Manoel D'Almeida, um dos clássicos do cordel brasileiro. Na mesma tarde terá sessão da Academia Norte-Rio-Grandense de Literatura de Cordel - ANLIC e sarau.
Mané Beradeiro disponibilizará o texto da resenha sobre "Os cabras de Lampião" aqui, neste blog, assim que terminar a palestra.
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segunda-feira, 1 de abril de 2019
O HUMOR DE MANÉ BERADEIRO: AS NORAS DE ZÉ DOS SANTOS
Zé dos Santos é um homem que mora no distrito de Baixa-Verde, pertencente a pequenina cidade de São Bento do Trairi-RN. Só tem filhos homens e ninguém da família esteve na capital. Vivem lá naquele interior trabalhando na agricultura e convivendo com os animais. Eles se compreendem.
Os filhos de Zé já são homens feitos, maduros, com mais de quarenta anos. Nenhum deles conhecem nada sobre o universo feminino.
Estava Zé dos Santos na "Rua" (é assim que eles se referem a cidade de São Bento) quando um amigo lhe diz:
-Compadre Zé dos Santos eu arranjei um negócio muito bom para seus filhos
-O que foi?
-Você nem imagina? Tente aí. Tem duas chances para acertar.
-Uma jumenta
-Não, bem melhor do que isso!
-Então um peba, bem cevado, criado em tonel.
-Errou compadre. Eu penso que seus filhos vão ficar muitos felizes com o que eu arranjei para eles...
-Então deixe de arrudeios e diga logo.
Foi então que o amigo fez posse de político em palanque, temperou a garganta e falou:
-EU CONSEGUI DUAS NAMORADAS PARA SEUS FILHOS.
-Quem são são estas desmioladas?
-Mijardênia e Merdanéssia.
Zé dos Santos, do alto dos seus oitenta e cinco anos respondeu:
-Tá bom demais. Tô carecendo mesmo, duas mulheres: uma para apanhar lenha e a outra para buscar água.
Coisas do meu Nordeste.
Mané Beradeiro
01 de abril 2019
Estava Zé dos Santos na "Rua" (é assim que eles se referem a cidade de São Bento) quando um amigo lhe diz:
-Compadre Zé dos Santos eu arranjei um negócio muito bom para seus filhos
-O que foi?
-Você nem imagina? Tente aí. Tem duas chances para acertar.
-Uma jumenta
-Não, bem melhor do que isso!
-Então um peba, bem cevado, criado em tonel.
-Errou compadre. Eu penso que seus filhos vão ficar muitos felizes com o que eu arranjei para eles...
-Então deixe de arrudeios e diga logo.
Foi então que o amigo fez posse de político em palanque, temperou a garganta e falou:
-EU CONSEGUI DUAS NAMORADAS PARA SEUS FILHOS.
-Quem são são estas desmioladas?
-Mijardênia e Merdanéssia.
Zé dos Santos, do alto dos seus oitenta e cinco anos respondeu:
-Tá bom demais. Tô carecendo mesmo, duas mulheres: uma para apanhar lenha e a outra para buscar água.
Coisas do meu Nordeste.
Mané Beradeiro
01 de abril 2019
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quarta-feira, 27 de março de 2019
TARDE CULTURAL NO PALÁCIO MANOEL RODRIGUES DE MELO
O baobá é uma árvore da família das bombacáceas, nativa das regiões tropicais da África. Pode viver mais de dois mil anos e chega a vinte metros de altura com um tronco gigantesco, que pode alcançar mais de dez metros de diâmetro.
Hoje, 27 de março, na sede da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras será exibido o curta-metragem "O Baobá e o seu poeta". A exibição vai acontecer agora à tarde, às 17h, dentro do projeto Biblioteca Viva da Academia. Após o filme haverá palestra do Acadêmico Roberto Lima e homenagem especial ao Acadêmico Jurandyr Navarro pelos seus 90 anos de vida.
Hoje, 27 de março, na sede da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras será exibido o curta-metragem "O Baobá e o seu poeta". A exibição vai acontecer agora à tarde, às 17h, dentro do projeto Biblioteca Viva da Academia. Após o filme haverá palestra do Acadêmico Roberto Lima e homenagem especial ao Acadêmico Jurandyr Navarro pelos seus 90 anos de vida.
ASSIM DISSERAM ELES ...
Mestre Cascudo é uma cerca de arame garantindo a propriedade do Rio Grande do Norte
Renato Caldas, em "O Poti", 18 de junho 1961.
domingo, 24 de março de 2019
ESCRITOR FRANCISCO MARTINS FAZ PARTE DA NOVA DIRETORIA DA ACLA
Foi na tarde do sábado último, dia 23 de março, às 14 h, na sede da Academia Cearamirinense de Letras e Artes -ACLA - Pedro Simões Neto que aconteceu a posse da nova diretoria daquela instituição. O escritor Francisco Martins, membro da ACLA, faz parte da atual diretoria, na qualidade de 2º Secretário.
O escritor Francisco Martins embora não resida em Ceará-Mirim, tem laços com aquela cidade, onde viveu sua infância e dos seus livros publicados dois fazem referência àquela cidade: Contos da Nossa Terra e Crônicas Sensoriais.
quarta-feira, 20 de março de 2019
BOTONS PARA AJUDAR NA MANUTENÇÃO DO PROJETO DE LEITURA
Para ajudar na manutenção do projeto de leitura Momento do Livro, que este ano vai completar 11 anos de existência, o escritor Francisco Martins que vende seus livros e folhetos de cordéis, oferece também a partir de agora, botons feitos de papelão. A primeira amostra contempla a ação do "O Meu Pé de Laranja Lima", que vai às escolas com o livro de José Mauro de Vasconcelos. Os botons são em quatro modelos e os preços são os seguintes:
Preço unitário: R$ 2,00
Pacote com 50 unidades R$ 90,00
Pacote com 25 unidades R$ 45,00
As estampas são estas:
Pedidos através do WhatSaap (084) 9.8719-4534 - somente mensagem de texto
Preço unitário: R$ 2,00
Pacote com 50 unidades R$ 90,00
Pacote com 25 unidades R$ 45,00
As estampas são estas:
Pedidos através do WhatSaap (084) 9.8719-4534 - somente mensagem de texto
ALUIZIO MATHIAS - O POETA DE UM JARDIM CHAMADO FOLHA POÉTICA
Amanhã, 21 de março, é o Dia Internacional da Poesia. Conheço muitos poetas, mas quero homenagear um poeta que vem ao longo da sua vida escrevendo um poema, não apenas no papel, em livros, mas na história.
Por um trabalho tão importante é que escolho Aluizio Mathias para ser bem lembrado neste dia, afinal ele e a Folha Poética têm o mesmo aconchego das duplas: ginga com tapioca, cana com caju, caldo de cana com pão doce e outras coisas boas desta terra potiguar.
Parabéns a Aluízio Mathias, que com ele e a Folha Poética carrega uma antologia de poetas.
Francisco Martins
20 de março 2019
Seu trabalho é como uma árvore bem plantada à beira de um riacho, que no devido tempo dá seu fruto, assim como diz o salmista. Sabe seus apreciadores que ele todos os anos, desde 1983 nos presenteia com o fruto da sua dedicação. Saboreamos então "Folha Poética, nascida naquele tempo em que o estencil recebia a massagem dos tipos da máquina de datilografia e depois ia se banhar no movimento frenético do mimeógrafo. Foi assim com a primeira Folha Poética. E este poeta é Aluizio Mathias.
A distribuição acontecia em bares, paradas de ônibus, escolas, etc. A Folha Poética resistiu ao longo destes 36 anos, cujo aniversário vai acontecer em outubro. Sai uma vez por ano e já teve parceria com jornais (Jornal de Natal, Diário de Natal, Tribuna do Norte) hora publicado dentro dos jornais e outras vezes como suplemento. Na parceria com o a Tribuna do Norte, a Folha Poética chegou a ter a impressão de 5 mil exemplares, mostrando a poesia de inúmeros poetas do Rio Grande do Norte. Nas últimas edições a Folha Poética tem dado espaço também ao cordel.
Por um trabalho tão importante é que escolho Aluizio Mathias para ser bem lembrado neste dia, afinal ele e a Folha Poética têm o mesmo aconchego das duplas: ginga com tapioca, cana com caju, caldo de cana com pão doce e outras coisas boas desta terra potiguar.
Parabéns a Aluízio Mathias, que com ele e a Folha Poética carrega uma antologia de poetas.
Francisco Martins
20 de março 2019
DIÁRIO DA LEITURA "A IRA DE JUDAS"
1
fevereiro 2019 : A Ira de Judas é o título de um livro de Ana Claudia Trigueiro,
que tem onze contos. Foi publicado pela CJA, a capa é de Heverton R e a revisão
de Bárbara Parente. A autora abre o livro com um poema de Zila Mamede, que a
meu ver é um aviso sobre o que o leitor vai encontrar nas próximas páginas.
Deixei-me
renascer no silêncio das horas e fui ler os contos assombrados. Na sua forma tão
peculiar de escrever Ana Cláudia Trigueiro me colocou frente a frente com um
terrível tubarão; revelou quem foi a pessoa que encontrou o tesouro do pirata
Jacques Riffaut, lá no Poço do Dentão e me fez vibrar com o plano de Simon.
Até
aí eu percebi que o livro exigia de mim, quanto leitor, um comportamento
diferente, deveria degusta-lo como os bons vinhos, sem pressa. Deixei-o em
minha escrivaninha e fui dormir pensando nas imagens daqueles contos.
2
fevereiro 2019: Retorno à leitura e eis-me debruçado sobre o conto metafórico
de um mártir da Revolução de 1817 no Rio Grande do Norte. Na sequência, “o
tempo escorrega bruscamente”, ouço latidos da minha cachorra no quintal, a meiga
Ing. Quando dou conta de mim já estou dentro do texto, ladeado por Januária e Tonho.
Por que eu fui entrar no conto? Não bastava ter ficado como simples leitor?
Sofri, corri, gritei dentro mim ( para não acordar Sandra). Fui salvo porque me
lembrei que não havia tomado a dupla “Lo e Sin” (Losartana e Sinvastatina). Teria eu ainda coragem para sair da Serra
Corada e ir à página 72? Ing latiu e eu fui dormir.
3
fevereiro 2019: Esta é a terceira noite de leitura, percebo que o Daniel deste
conto talvez tivesse tido mais sorte se
estivesse na cova dos leões, do que indo para casa em ruas tão desertas. Estou
ávido pelo desfecho ... Já li e não vou revelar. O conto sobre Abelin não é assombroso, é
romântico. Estamos precisando de
espíritos como o de Plácida para cuidar das nossas memórias. Lembrei-me do
túmulo de Nísia Floresta, invadido em sua área, desrespeitados os limites.
4
fevereiro 2019: Estou de plantão e tenho
tempo para ler. Daqui, bem próximo do morro de Mãe Luiza ouço tiros. Natal está
muito violenta. Ana Cláudia Trigueiro me
oferece como abertura para minha leitura “O estranho cemitério do Serrote do
Junco”. Destaco a frase “ a dor de uma
mãe que perdeu um filho lateja até seu último dia de vida”. Quanta desordem aconteceria no mundo se realmente
os mortos ressuscitassem daquela forma. Quem ainda não teve aquela sensação do já
visto, já vivido (déjà-vus)? Eu mesmo tive várias, é algo transcendental, uma
experiência como a de Erina. Vejo que
faltam poucas páginas para concluir o livro. Opto para continuar amanhã.
5
fevereiro 2019: Cada vez mais eu confio
no livro dos livros, lá eu aprendi que não há nada novo debaixo do céu. Ao
iniciar a leitura do penúltimo conto de hoje tenho a nítida sensação que a
escritora Ana Claudia Trigueiro ouviu muitas das histórias que eu também
escutei quando era criança. Pacto com o demônio é um mote sempre constante nas histórias de “Trancoso”. O que gostei
neste conto é que a autora apresenta o
diabo como um homem bem vestido, cheiroso, barbeado. Nada de chifres, rabo e
catinga de enxofre. Recordo-me da
citação bíblica: “ ...Porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz”
(2 Coríntios 11:14). Satanás não rir,
segundo a tradição judaica e cristã, mas no conto ele sorrir. São coisas
possíveis à literatura. Começo o último conto. Um monstro chamado Labatut,
reside num lajedo. Quando um dia eu for conhecer o tão lajedo terei muito
cuidado para não me deparar com Labatut, afinal eu tenho gorduras espalhadas
pelo corpo, e isso poderá despertar o apetite
do ogro.
E assim terminei a leitura do livro
A Ira de Judas. Viver é maravilhoso,
mas viver lendo é melhor ainda.
Francisco
Martins
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segunda-feira, 11 de março de 2019
ANLIC ANUNCIARÁ EDITAL COM NOVE VAGAS
No proximo dia 14 de março, a Academia Norte-Rio-Grandense de Literatura de Cordel - ANLIC vai anunciar, através da sua Presidente Tonha Mota, a abertura do edital para nove vagas às cadeiras da instituição. Serão 5 cadeiras já fundadas e 4 que nunca foram ocupadas. O edital será fixado na Estação do Cordel e divulgado pelas redes sociais. Aguardem.
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019
DADA A LARGADA PARA O PROJETO O MEU PÉ DE LARANJA LIMA - EDIÇÃO 2019
26 de fevereiro é a data que assinala o natalício do escritor José Mauro de Vasconcelos, autor de 21 livros publicados e 3 inéditos, sendo seu livro mais conhecido o romance autobiográfico "O Meu Pé de Laranja Lima" (1968).
À tarde de hoje, na cidade de Parnamirim-RN foi dada a largada para ação literária do projeto "O Meu Pé de Laranja Lima", existente deste 2015, que tem como objetivo apresentar o autor ao publico estudantil, tendo como ponto de partida o romance que da nome ao projeto. A reunião aconteceu com as professoras das escolas que irão realizar a ação com duração de dois meses consecutivos, que receberam as orientações do gestor Francisco Martins e da professora Angelica Vitalino, do projeto Parnamirim: um rio que flui para o mar da leitura.
Conheça a metodologia do projeto lendo a matéria publicada no link Rio de Leitura
À tarde de hoje, na cidade de Parnamirim-RN foi dada a largada para ação literária do projeto "O Meu Pé de Laranja Lima", existente deste 2015, que tem como objetivo apresentar o autor ao publico estudantil, tendo como ponto de partida o romance que da nome ao projeto. A reunião aconteceu com as professoras das escolas que irão realizar a ação com duração de dois meses consecutivos, que receberam as orientações do gestor Francisco Martins e da professora Angelica Vitalino, do projeto Parnamirim: um rio que flui para o mar da leitura.
Conheça a metodologia do projeto lendo a matéria publicada no link Rio de Leitura
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domingo, 24 de fevereiro de 2019
PROFESSOR CARLOS BARBOSA PUBLICARÁ LIVRO PELA CAROLINA CARTONERA
A Carolina Cartonera é uma editora informal que tem como meta ajudar as pessoas a realizarem seus sonhos de terem seus livros publicados. Elas surgiu no dia 15 de maio de 2015, quando o idealizador começou a produzir as capas para o primeiro livro cartonero, que foi "As Mulheres de Jesus".
Ao longo deste tempo, a editora Carolina Cartonera tem conseguido atingir seus objetivos. Escolas e pessoas físicas tem procurado o editor Francisco Martins no intuito de celebrarem contratos para publicação. Foi assim no sábado último, quando em São José de Mipibu-RN, o Professor Carlos Barbosa confiou à Carolina Cartonera a edição do seu livro " Setorização: Igreja em estado permanente de missão".
Professor Carlos Barbosa é Diácono da Igreja Católica e o seu livro fala da importância da setorização na Igreja como ferramenta fundamental para o processo de evangelização em todos os níveis e numa administração voltada para o leigo, tudo com base nos documentos da Igreja.
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O RETRATO DE JAYME ADOUR DA CÂMARA
Por Ricardo M. Sobral, advogado e membro da ACLA
O título deste artigo não foi inspirado no Romance Filosófico de Oscar Wilde - O Retrato de Dorian Gray.
Como se verá mais adiante, mais aproriado seria buscar inspiração no cinema: três homens e um só destino. Circula nos meios culturais do estado que Jayme Adour teria sido retratado por Cândido Portinari, o mais importante pintor brasileiro de todos os tempos. A versão teria surgido de um comentário do jornalista Luiz Lobo, que escreveu o livro A Arte o Rabo de Galo, ilustrado por Leopoldo, filho de Jayme.
O Retrato existe, porém, não parido pelo pincel de Portinari. Como amigo e até certo ponto liderado de Adour, Portinari marcou várias vezes para fazer o retrato, mas Jayme, sempre movimentado, elétrico, viajante, cheio de compromisso, não tinha tempo.
Não obstante, Jayme ficou com um bom acervo de pinturas de Portinari. O pintor não tinha dinheiro para compra livros. Jayme emprestava. Portinari devolvia todos com a folha de rosto ilustrada com suas pinturas. Dona Leonor, viúva de Jayme, cedeu esses livros para Candinho, filho de Portinari. Estão na Fundação Portinari. Portinari, que morreu em 1962 intoxicado com tintas que usava em seus trabalhos, era filho de imigrantes italianos. Nasceu em fazenda de café de Brodowisk, interior de São Paulo em 1903. Não chegou a concluir o curso primário. Seus trabalhos mais festejados são a tela "O Lavrador de Café" e o painel "Guerra e Paz", este de propriedade da Onu. Em 1945 concorreu pelo PCB a uma vaga na Câmara Federal e em 1947 ao Senado, sem, contudo, obter êxito.
O retrato de Jayme foi pintado por Dimitri Ismailovitch, artista plástico nascido na Ucrânia (1810), e falecido no Rio de Janeiro em 1976. O ucraniano, antes de estabelecer-se no Rio de Janeiro em 1927, estudou na Escola das Belas Artes da Ucrânia, passou sete anos em Istambul estudando arte bizantina e persa, com passagem pelos Estados Unidos, Londres e Atenas. Contemporâneo de Portinari, pintou a intelectualidade brasileira do eixo Rio-São Paulo entre as décadas de 30 e 50. Seus retratos de Villa Lobos e de Lily Marinho valem uma fortuna.
Jayme Adour da Câmara, patrono de uma das cadeiras da Academia Cearamirinense de Letras e Artes - ACLA-PSN, nasceu no Engenho São Leopoldo em 1898, de onde saiu montado num carro puxado por uma junta de boi para nunca mais voltar.
Foi jornalista, escritor, empresário, fundador da primeira agência de notícias do Brasil e o homem mais viajado do seu tempo.
Foi um dos expoentes do movimento modernista brasileiro, chegando a presidir a Revista da Antropofagia, veículo oficial de divulgação das idéias modernistas. Era um homem de posições firmes e claras. Enfrentou sozinho a ira da ditadura Vargas e as togas do STF ao se opor veementemente à entrega da judia Olga à Gestapo.
Foi quem no Brasil primeiro leu Marcel Proust; embora o macaibense Otacílio Alecrim tenha sido quem mergulhou com mais profundidade no complexo mundo proustiano, cuja obra prima tem como personagem principal o tempo.
O principal livro de Jayme é "Oropa, França e Bahia", onde relata suas viagens pelo então vasto mundo, hoje apenas uma 'Aldeia Global' (H.M.McLuhan).
Jayme Adour faleceu de infarto fulminante em março de 1964 no Rio de Janeiro, debruçado sobre a máquina de escrever.
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sábado, 23 de fevereiro de 2019
OS SOBREVIVENTES DA ARCA DA POESIA DE RÔMULO WANDERLEY
Em 1965 foi lançada a antologia “Panorama
da Poesia Norte-Rio-Grandense”, do escritor Rômulo C. Wanderley. O trabalho
nasceu como uma ampliação da antologia
de Ezequiel Wanderley, em 1922, conforme
declarou no agradecimento o organizador.
54 anos já se foram e ouso
perguntar como leitor: quantos poetas estão vivos e foram participantes desta
antologia? E se ainda continuam a
produzir poemas? A antologia contou com 228 poetas (199 homens e 29 mulheres).
Fui atrás da resposta à primeira pergunta e descobri que desta relação estão ainda
vivas as seguintes pessoas: Anchieta e Chalier Fernandes (irmãos) e Ney Leandro.
Charlier Fernandes |
Nei Leandro de Castro |
Francisco Martins
23 de fevereiro 2019
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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019
LUÍS CARLOS LINS WANDERLEY NÃO FOI O PRIMEIRO CRONISTA DE CEARÁ-MIRIM
A História esconde segredos. Descobri-los é tarefa daqueles que gostam de pesquisar, que mergulham nos livros, em periódicos antigos, em escavações e outros meios. Hoje é dia de anunciar que LUIS CARLOS LINS WANDERLEY não terá mais o título de primeiro cronista da História de Ceará-Mirim.
Luís Carlos Lins Wanderley - quadro da galeria de patronos da ANRL |
Em agosto de 1882, o Bispo Dom José Pereira da Silva Barros, de Olinda-PE, esteve visitando o Rio Grande do Norte e o Dr. Luís Carlos Lins Wanderley, primeiro potiguar a se doutorar em medicina, foi convidado a fazer parte da comitiva, estando com o prelado em todas as paróquias que Dom José Pereira visitou, e entre estas a cidade de Ceará-Mirim. O olhar e as anotações do também jornalista Luís Carlos Lins Wanderley transformaram-se no livro " Visita Episcopal do Exmo. e Revdmo. Sr. D. José Pereira da Silva Barros a algumas paróquias do Rio Grande do Norte"(1887).
A memorialista Madalena Antunes, autora de "Oiteiro - memórias de uma Sinhá-Moça"(1958) transcreve o texto escrito por Luís Carlos Lins Wanderley, no capítulo "A visita de D. José", o que comprova quanto foi marcante aquela estada de um Bispo, na cidade de Ceará-Mirim, cerca de 137 anos passados.
Madalena Antunes - memorialista |
Este fato passou despercebidos pelos historiadores Rocha Pombo e Câmara Cascudo, que não registraram em nenhum momento a visita de Dom José pelo Rio Grande do Norte nos seus respectivos livros: "História do Estado do Rio Grande do Norte" (1922) e "História do Rio Grande do Norte" (1984, 2ª edição). Cascudos lembrou de citar no livro "História da Cidade do Natal" (1980, p.444), afirmando que ele esteve em Natal em 8 de agosto de 1882. O certo é que por mais de um século e três décadas o nome do Dr. Luís Carlos Lins Wanderley foi detentor do título de primeiro cronista da cidade de Ceará-Mirim por causa do seu trabalho de relato junto ao Bispo Dom José.
Para se fazer justiça, o pesquisador Francisco Martins, membro do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte e da Academia Cearamirinense de Letras e Artes - ACLA - Pedro Simões Neto encontrou neste mês de fevereiro de 2019, um texto no jornal "O Dois de Dezembro", periódico político e noticioso, datado de 10 de fevereiro de 1860, portanto 22 anos antes da visita episcopal, que muda essa história.. A crônica tem como título: "VIAGEM OFICIAL DO EXMO. SR. DR. JUNQUEIRA À VILA DO CEARÁ-MIRIM". Dr. Junqueira citado na crônica era o Presidente da Província do Rio Grande do Norte, João José Junqueira que governou de 4 de outubro de 1859 a 28 de abril de 1860. Ele fazia parte do Partido Conservador.
A importância desta crônica para a História de Ceará-Mirim é de uma valor considerável. A visita do Dr. Junqueira começa a ser feita no dia 31 de dezembro de 1859, às 17 horas, saindo a cavalo de Natal com destino à Vila de Ceará-Mirim, via Extremoz, com a sua comitiva composta pelo chefe da polícia, um ajudante de ordem, um oficial da secretaria de policia, do guarda-mor da alfândega, e dois deputados provinciais.
Diz o cronista: "Na altura do Jorge, uma légua antes de chegar à vila foi S. Exc. recebido pelo comandante superior Manoel Varela do Nascimento, e mais um número crescido de cavaleiros que, juntos aos do Sr. Leopoldo, pode-se dizer, formavam um esquadrão completo de cavalaria".
O Leopoldo citado acima é Manoel Leopoldo Raposo da Câmara que foi ao encontro do Dr. Junqueira, uma légua antes de Extremoz, oferecendo sua casa para a estada do Governo Provincial.
Dr. Junqueira visita os alicerces da construção da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, fazendo doação de dois contos de reis para a obra do templo. Vai aos engenhos Carnaubal e Cumbe.
A visita termina na tarde do dia 3 de janeiro de 1860, quando pelas 17 hs volta para Natal. Quem foi o autor desta crônica? Eis um enigma a ser decifrado. O cronista, habilidoso e de pena ágil, não quis assinar com o seu nome verdadeiro, fez uso de um pseudônimo: O ROCEIRO DA CAPELA.
Brevemente, ainda neste semestre, o pesquisador Francisco Martins estará lançando uma plaqueta com ambas as visitas.
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Francisco Martins tomando posse no IHGRN |
Brasão do Partido Conservador |
A importância desta crônica para a História de Ceará-Mirim é de uma valor considerável. A visita do Dr. Junqueira começa a ser feita no dia 31 de dezembro de 1859, às 17 horas, saindo a cavalo de Natal com destino à Vila de Ceará-Mirim, via Extremoz, com a sua comitiva composta pelo chefe da polícia, um ajudante de ordem, um oficial da secretaria de policia, do guarda-mor da alfândega, e dois deputados provinciais.
Diz o cronista: "Na altura do Jorge, uma légua antes de chegar à vila foi S. Exc. recebido pelo comandante superior Manoel Varela do Nascimento, e mais um número crescido de cavaleiros que, juntos aos do Sr. Leopoldo, pode-se dizer, formavam um esquadrão completo de cavalaria".
O Leopoldo citado acima é Manoel Leopoldo Raposo da Câmara que foi ao encontro do Dr. Junqueira, uma légua antes de Extremoz, oferecendo sua casa para a estada do Governo Provincial.
Dr. Junqueira visita os alicerces da construção da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, fazendo doação de dois contos de reis para a obra do templo. Vai aos engenhos Carnaubal e Cumbe.
A visita termina na tarde do dia 3 de janeiro de 1860, quando pelas 17 hs volta para Natal. Quem foi o autor desta crônica? Eis um enigma a ser decifrado. O cronista, habilidoso e de pena ágil, não quis assinar com o seu nome verdadeiro, fez uso de um pseudônimo: O ROCEIRO DA CAPELA.
Brevemente, ainda neste semestre, o pesquisador Francisco Martins estará lançando uma plaqueta com ambas as visitas.
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terça-feira, 19 de fevereiro de 2019
32 ANOS DO MEMORIAL CÂMARA CASCUDO
Na sessão de hoje, no Conselho Estadual de Cultura do Rio Grande do Norte, o Conselheiro Paulo Macedo lembrou que foi no mês de fevereiro de 1987, precisamente no dia 10, a inauguração do Memorial Câmara Cascudo. Um trabalho louvável e de grande importância para Natal em homenagem ao gênio do século XX, Câmara Cascudo, conforme declarou Valério Mesquita.
O Memorial Câmara Cascudo, que não compreende apenas a estátua, mas todo o complexo da casa, estátua e praça foi obra de Paulo Macedo quando era Presidente da Fundação José Augusto. Paulo Macedo relatou com peculiaridades a trajetória que teve que cumprir para ver realizada a sua ideia.
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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019
PARA QUE SERVEM AS MÃOS?
As mãos servem para pedir, prometer, chamar, conceder, ameaçar, suplicar, exigir, acariciar, recusar, interrogar, admirar, confessar, calcular, comandar, injuriar, incitar, teimar, encorajar, acusar, condenar, absolver, perdoar, desprezar, desafiar, aplaudir, reger, benzer, humilhar, reconciliar, exaltar, construir, trabalhar, escrever......
As mãos de Maria Antonieta, ao receber o beijo de Mirabeau, salvou o trono da França e apagou a auréola do famoso revolucionário;
Múcio Cévola queimou a mão que, por engano não matou Porcena;
foi com as mãos que Jesus amparou Madalena;
com as mãos David agitou a funda que matou Golias;
as mãos dos Césares romanos decidiam a sorte dos gladiadores vencidos na arena;
Pilatos lavou as mãos para limpar a consciência;
os anti-semitas marcavam a porta dos judeus com as mãos vermelhas como signo de morte!
Foi com as mãos que Judas pôs ao pescoço o laço que os outros Judas não encontram.
A mão serve para o herói empunhar a espada e o carrasco, a corda;
o operário construir e o burguês destruir;
o bom amparar e o justo punir;
o amante acariciar e o ladrão roubar;
o honesto trabalhar e o viciado jogar.
Com as mãos atira-se um beijo ou uma pedra, uma flor ou uma granada, uma esmola ou uma bomba!
Com as mãos o agricultor semeia e o anarquista incendeia!
As mãos fazem os salva-vidas e os canhões;
os remédios e os venenos;
os bálsamos e os instrumentos de tortura, a arma que fere e o bisturi que salva.
Com as mãos tapamos os olhos para não ver, e com elas protegemos a vista para ver melhor.
Os olhos dos cegos são as mãos.
As mãos na agulheta do submarino levam o homem para o fundo como os peixes;
no volante da aeronave atiram-nos para as alturas como os pássaros.
O autor do "Homo Rebus" lembra que a mão foi o primeiro prato para o alimento e o primeiro copo para a bebida;
a primeira almofada para repousar a cabeça, a primeira arma e a primeira linguagem.
Esfregando dois ramos, conseguiram-se as chamas.
A mão aberta, acariciando, mostra a bondade;
fechada e levantada mostra a força e o poder;
empunha a espada a pena e a cruz!
Modela os mármores e os bronzes;
dá cor às telas e concretiza os sonhos do pensamento e da fantasia nas formas
eternas da beleza.
Humilde e poderosa no trabalho, cria a riqueza;
doce e piedosa nos afectos medica as chagas, conforta os aflitos e protege os fracos.
O aperto de duas mãos pode ser a mais sincera confissão de amor, o melhor pacto de amizade ou um juramento de felicidade.
O noivo para casar-se pede a mão de sua amada;
Jesus abençoava com as mãos;
as mães protegem os filhos cobrindo-lhes com as mãos as cabeças inocentes.
Nas despedidas, a gente parte, mas a mão fica, ainda por muito tempo agitando o lenço no ar.
Com as mãos limpamos as nossas lágrimas e as lágrimas alheias.
E nos dois extremos da vida, quando abrimos os olhos para o mundo e quando os fechamos para sempre ainda as mãos prevalecem.
Quando nascemos, para nos levar a carícia do primeiro beijo, são as mãos maternas que nos seguram o corpo pequenino.
E no fim da vida, quando os olhos fecham e o coração pára, o corpo gela e os sentidos desaparecem, são as mãos, ainda brancas de cera que continuam na morte as funções da vida.
Humilde e poderosa no trabalho, cria a riqueza;
doce e piedosa nos afectos medica as chagas, conforta os aflitos e protege os fracos.
O aperto de duas mãos pode ser a mais sincera confissão de amor, o melhor pacto de amizade ou um juramento de felicidade.
O noivo para casar-se pede a mão de sua amada;
Jesus abençoava com as mãos;
as mães protegem os filhos cobrindo-lhes com as mãos as cabeças inocentes.
Nas despedidas, a gente parte, mas a mão fica, ainda por muito tempo agitando o lenço no ar.
Com as mãos limpamos as nossas lágrimas e as lágrimas alheias.
E nos dois extremos da vida, quando abrimos os olhos para o mundo e quando os fechamos para sempre ainda as mãos prevalecem.
Quando nascemos, para nos levar a carícia do primeiro beijo, são as mãos maternas que nos seguram o corpo pequenino.
E no fim da vida, quando os olhos fecham e o coração pára, o corpo gela e os sentidos desaparecem, são as mãos, ainda brancas de cera que continuam na morte as funções da vida.
E as mãos dos amigos nos conduzem...
E as mãos dos coveiros nos enterram!
Giuseppe Artidoro Ghiaroni
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