Em novembro próximo, o cordel "Assim veio o homem" vai completar 22 anos de existência. Foi o primeiro feito por Mané Beradeiro. Ontem, 27 de janeiro, o texto passou pela sua primeira modificação e revisão. Agora, ao invés de ter doze estrofes, o cordel possui vinte e quatro, todas em sextilhas. Confira o vídeo. Breve teremos os folhetos disponíveis para venda.
sexta-feira, 28 de janeiro de 2022
quinta-feira, 27 de janeiro de 2022
O SONHO DE ADÃO - CORDEL GANHA NOVAS ESTROFES E REVISÃO
O poeta Mané Beradeiro está aproveitando o ano de 2022 para rever suas produções de cordéis e revisar os textos, bem como acrescentar algumas estrofes àqueles que ele julga necessário. O primeiro da lista foi "O Sonho de Adão", escrito originalmente em 8 de março de 2013, com apenas 12 estrofes em sextilhas, que agora passa a ter 24 estrofes, além de ter sido revista a rima e métrica. Breve o novo folheto estará disponível para venda. Assista ao vídeo e veja como ficou a nova versão.
quarta-feira, 19 de janeiro de 2022
VACINADO
segunda-feira, 17 de janeiro de 2022
OS NOVE NOMES DE CEARÁ-MIRIM QUE NATAL NÃO ESQUECEU NO ANO 2000
Augusto Leopoldo Raposo da Câmara (1856 -1941)
Edgar Ferreira Barbosa (1909-1976)
Eduardo Medeiros ( 1886-1961)
Jayme Leopoldo Raposo Adour da Câmara (1898-1964)
Inácio Meira Pires (1928-1982)
Nilo de Oliveira Pereira ( 1909-1992)
Rodolfo Augusto de Amorim Garcia (1873-1949)
João da Fonseca Varela (1850-1931)
Wilson Correa Dantas Cavalcanti (1920-1998)
Esses nove nomes, de homens ilustres, todos nascidos em Ceará-Mirim-RN, têm sua participação no livro 400 nomes de Natal, ano 2000, que foi organizado por Rejane Cardoso, na gestão da Prefeita de Natal, Wilma de Faria. Cada nome tem um pequeno ensaio biográfico.
sexta-feira, 14 de janeiro de 2022
TESTAMENTO E ÚLTIMO DESEJO
quinta-feira, 13 de janeiro de 2022
"HORTO" : ESBOÇO PARA NORTEAR AS FUTURAS EDIÇÕES
"Auta de Souza, foi uma destas criaturas a quem Deus, lhe dando um corpo para sofrer, deu-lhe um'alma para brilhar" (Câmara Cascudo)
Horto e Auta de Souza, dois nomes que são praticamente inseparáveis. O primeiro é o título do livro, o segundo, nome da autora. Poucos livros no Rio Grande do Norte recebem um olhar tão carinhoso por parte do público leitor e dos profissionais do mercado editorial, como ele.
1ª edição - capa |
Lançado pela primeira vez em 20 de junho de 1900, com 232 páginas e 114 poemas, com tiragem de mil exemplares, o livro trazia na 1ª edição o prefácio de Olavo Bilac. Foi impresso nas oficinas de "A República".
2ª edição - capa |
Dez anos depois, em 1910, Henrique Castriciano, irmão de Auta de Souza, organiza a 2ª edição, preparada em Paris, com 17 poemas a mais. O livro teve capa e ilustrações de D.O. Widhopff e foi impressa na Tipographie Aillaud, Alves e Cia, Bouleve Montparnasse, 96. É importante que se diga que essa edição foi feita pelo Governo do Rio Grande do Norte, na época, Alberto Maranhão, conforme consta na Mensagem apresentada ao Congresso Legislativo, em 1º de novembro de 1911, na página 10.
2ª edição |
A 3ª edição demora vinte seis anos para chegar ao leitores, é de 1936, Tipografia Batista de Souza, Rio de Janeiro-RJ. Nessa 3ª edição, o prefácio foi feito por Tristão de Athayde ( Alceu Amoroso Lima). A edição foi acima de 2000 exemplares, pois o Governo do Rio Grande do Norte comprou e doou esta quantidade para a instituição Dispensário Sinfrônio Barreto (Natal), conforme publicação no jornal "A Ordem", edição do dia 12 de dezembro de 1936.
3ªedição |
Esses livros foram vendidos como ingressos para "A Festa do Horto", bastante divulgada pelos jornais "A Ordem" e "A República", em várias edições. Toda a arrecadação das vendas foi destinada ao Dispensário Sinfrônio Barreto. O evento aconteceu na noite de 14 de março de 1937, no Teatro Carlos Gomes ( hoje Alberto Maranhão) e em seu programa constava uma palestra de Palmira Wanderley sobre a vida e o livro de Auta de Souza, além de declamações de poemas do Horto e aqueles que foram musicados e fazem parte do Cancioneiro de Auta de Souza, que contou com as participações de Sílvia Paiva, Dulce Tavares, Clarice Palma, Bertha Guilherme, Elza Dantas, Maria de Lourdes Lago, Maria Amorim, Zenaide, Alba e Maria do Carmo Soares, todas acompanhadas pelo Maestro Thomaz Babini. "A Festa do Horto" foi um sucesso de público e critica.
4ª edição - capa |
A 4ª edição data de 1970, e foi feita pela Gráfica Manimbu, da Fundação José Augusto, que naquele ano tinha como Presidente Ilma Melo Diniz. A 5ª edição demorou aparecer. Somente trinta e um anos depois é que ela vai chegar às mãos dos admiradores de Auta de Souza, trazendo o selo da Editora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - EDUFRN, lançada no ano de 2001.
5ª edição - capa |
Edição 2009 ( a 6ª) |
Edição do ano 2021 ( a 7ª ) |
Edições - produzidas fora do Rio Grande do Norte (sem a participação de organizadores ou editores potiguares)
No Distrito Federal, a Editora Auta de Souza - Sociedade de Divulgação Espírita Auta de Souza lançou no ano 2000 a edição comemorativa dos 100 anos de "Horto".
A Lebooks Editora lançou uma versão digital do "Horto", no formato eBook, disponibilizada para venda desde o dia 18 de dezembro de 2019, no site da Amazon.
No mesmo ano, a Editora Figura de Linguagem lançou também uma edição que vem sendo bastante criticada pela má qualidade da diagramação e outros erros.. Segundo Carlos Castin " Essa edição lançada pela Figura de Linguagem é um vilipêndio à obra poética de Auta de Souza, e diante de inúmeras falhas editoriais, é para ser esquecida".
Edição da Figura de Linguagem |
Fico por aqui, deixanbo bem claro aos leitores, que provavelmente falte alguma edição, não por esquecimento, mas por desconhecê-la, afinal, este artigo é um esboço e não um texto definitivo sobre o assunto.
Fontes pesquisadas
Sites:
http://www.elfikurten.com.br/2013/05/auta-de-souza.html
https://www.albertolopesleiloeiro.com.br/peca.asp?ID=7197089
https://www.amazon.com.br/HORTO-Auta-Souza-Ra%C3%ADzes-ebook/dp/B082WKHHZ3
https://literaturars.com.br/2019/09/05/horto-auta-de-souza/
http://www.editoraautadesouza.com.br/livros/horto-edicao-especial
https://www.unirn.edu.br/noticia/obras-de-auta-de-souza-serao-relancadas-com-apoio-do-uni-rn
http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/lana-amento-da-edia-a-o-original-de-horto-acontece-nesta-sexta-feira-10/527205
Jornais:
"A Ordem" - edições de 12.12.1936; 23.10. 1942
"A Republica" - edições de 04.03.1937; 07.03.1937; 14.03.1937
"Diário de Natal" -edições de 2.02. 1970; 21.11. 1970
Livros:
Fundação José Augusto - 40 anos - 1963-2003, página 73.
"Horto" - Auta de Souza - edições 2001 e 2009 - acervo da Biblioteca SESC Rio Branco - Natal/RN
"Alma Patrícia" - Crítica Literária - Luiz da Cãmara Cascudo - 2ª edição Fac-Similar 2021. Org. Eulália Duarte Barros.
quarta-feira, 12 de janeiro de 2022
ASSIM DISSERAM ELES ...
"A Política atualmente não se faz por opinião, mas por conveniência, como os casamentos"
Fonte: Eloy de Souza, no pseudônimo de Jacinto Canela de Ferro, em carta publicada no jornal "A República", em 7 de fevereiro de 1914.
Nota: 108 anos depois continua a velha forma de fazer política no Brasil
sábado, 8 de janeiro de 2022
DEFINIÇÃO
Escrever?
É parto.
É crer.
É ver.
É ser.
Também é rever
É correr caneta
Sobre folha branca
Assistir nascer
A escrita mágica
Que vem nos dizer:
De um amor perdido
Do sorriso franco
Das memórias de guerra e de paz.
Escrever é ofício de redenção
Contar história da criação,
Voar e voltar, no ritmo frenético de arribação.
É se deixar espremer na moenda das ideias,
Extrair manipueira,
Purificar as sílabas
Fortalecer as palavras
Ter um coração formado de frases.
Escrever...
Contemplar a vida
Filosofar com loucos
Ser muito, tendo pouco
Soltar textos
Em savanas, caatingas, cerrados, densas matas
Ou desertos.
Entregar ao vento suas palavras
É crer, ver, ser!
Francisco Martins 08 de janeiro de 2022
domingo, 2 de janeiro de 2022
CORDEL "AS RUAS CASCUDIANAS" - 2ª ETAPA DA PRIMEIRA EDIÇÃO
O poeta Mané Beradeiro está montando a segunda etapa, da primeira edição do cordel "As Ruas Cascudianas", um texto que narra de forma poética, todas as ruas de Natal onde morou Câmara Cascudo, o "Provinciano Incurável". A primeira edição são de 500 exemplares. A metade já foi feita E vendida. Agora, no primeiro semestre de 2022, o poeta pretende encerrar a edição, com os 250 livros restantes.
Todas as capas são feitas de caixa de papelão, no estilo cartonero, através do selo da Carolina Cartonera, editora informal fundada pelo poeta. As 500 capas são personalizadas, nenhum é igual a outra. Se você deseja adquirir o livro, pode entrar em contato pelo whatsApp (84) 9.8719-4534. O valor com frete para todo o Brasil é de R$ 10,00 (dez reais). Segue abaixo as primeiras capas disponíveis para venda em 2022.PESQUISADOR FRANCISCO MARTINS INICIA ANO 2022 BUSCANDO HISTÓRIAS NO ARQUIVO PÚBLICO ESTADUAL
Amanhã, dia 3 de janeiro de 2022 eu começo a por em prática, desta vez de forma mais intensa, a minha veia de pesquisador. Consegui finalmente agendar uma visita ao Arquivo Público Estadual, que desde o início do Governo de Fátima Bezerra foi terceirizado. Todo o acervo entregue à uma empresa. Irei verificar se realmente essa iniciativa foi boa para os pesquisadores. Muitos projetos culturais estão na agenda: livros, cordéis, contação de histórias, vídeos, etc. Cada um chegará em seu tempo. Aguardem!
sexta-feira, 31 de dezembro de 2021
NA CASA DE DEUS
Agora à noite estive na casa do Pai, o Senhor de todos os Tempos e do Espaço, meu Deus. Fui entregar todos os dias vividos até o presente momento, agradecer e dizer que estou apto a receber Dele o que tem para mim reservado. Orei por vocês que caminham comigo. Feliz 2022.
Francisco Martins
ESCONDINHO
Um prato fácil e gostoso. Pode usar feijäo verde, branco ou vermelho (400 g). Cozinhe, escorra e ponha em um refratário. Prepare carne moída ao seu modo (500 g) e ponha por cima do feijão. Faça um purê de batata, cubra a camada de carne, pincele com uma gema, espalhe queijo ralado e batata palha. Leve ao forno para gratinar. Bom apetite!
quinta-feira, 30 de dezembro de 2021
A LIGAÇÃO
quarta-feira, 29 de dezembro de 2021
ABERTA A EXPOSIÇÃO DE IAPERI ARAÚJO
CONHEÇA MAIS UM POUCO SOBRE O PADRE POETA FLORÊNCIO GOMES DE OLIVEIRA
Segunda-feira, dia 27, eu publiquei por aqui uma apresentação do poeta Florêncio Gomes de Oliveira e no final da mesma, sugeri que o nome dele é uma boa opção para compor as galerias dos patronos das academias literárias do RN. Ontem, à noite, eu me deparei com uma crônica de Vicente Serejo, publicada em sua Coluna Cena Urbana, no Diário de Natal, edição do dia 10 de novembro de 1988, que trata sobre o Padre poeta, de um livro que foi escrito por Vingt-Un Rosado sobre ele. Transcrevo na íntegra a crônica.
O segredo dos piaus azuis
Vou vencendo a tarde lendo sobre a figura do Padre Florêncio Gomes de Oliveira, “Um Cientista Perdido nos Sertões do Apodi”, do mestre Vingt-un Rosado. E que acaba de ser editado pela Coleção Mossoroense, esse mundo editorial que espantou os olhos de tanta gente, inclusive de Edson Neri da Fonseca, um bibliógrafo.
Pois bem. E a figura do padre Florêncio termina encantando o leitor por seu espírito de observador. Como um repórter, perdido nos sertões do Apodi, ouvindo a natureza: os minérios e suas cavernas; os mistérios dos piaus azuis, os peixes que vivem e morrem sem explicação; a vegetação do sertão seco, de espinho e de flores.
O elogio de Vingt-un Rosado ao padre é porque este é o patrono da Academia Norte-Rio-Grandense de Ciências, na cadeira nº 7. Primeiro ocupante, coube a Vingt-un a missão de fazer o elogio, reunindo em discurso a história pessoal, o pensamento e a obra do cientista do Apodi, velho como a memória do seu povo.
Nasceu o padre em dezembro de 1813 para ser pastor de almas, pastorador de freguesias, escritor, pesquisador e poeta, como atesta a Acta Diurna de Cascudo, transcrita na íntegra por Vingt-un, onde o historiador do Rio Grande do Norte e de Natal mostra a poesia do padre e sua inspiração em dez versos.
O mais interessante na leitura do elogio feito por Vingt-un é o capítulo sobre “Os Piaus Azuis do Apodi”. São peixes que vivem nas pequenas cavidades das grutas e das locas, onde a água fica como em reservatórios naturais, ali conservando o mistério dos piaus azuis, de barbatanas proeminentes e dorso escuro, coberto de escamas.
E lá Vingt-un cita artigo referenciado por Nestor dos Santos Lima no Almanak do Rio Grande do Norte, de 1895, onde Manoel Antônio de Oliveira Coriolano “herdeiro do pioneirismo do padre Florêncio”. escreve sobre a região do Apodi, falando sobre os peixes das locas e sua vida efêmera como o inverno no sertão.
Defende o articulista que os peixes vivem nas cavidades das pedras quando as chuvas chegam. Aparecem do nada, crescem e vivem, até que venha outra vez a seca e todos morram de vez. Ano seguinte,em novo inverso, repete-se o fenômeno, como se as sementes dos piaus ficassem nas locas a espera da água para acordá-las outra vez.
Os peixes azulados, com escamas e barbatanas, na descrição de Coriolano, são os piaus azuis. Os peixes azuis que ficam depositados nas areias, em forma de ovos invisíveis de tão minúsculos. Os mesmos que, diante da chuva, eclodem, vivem de novo e produzem o milagre da vivificação. Eis, pois, o livro de Vingt-un, reunindo documentação, fazendo registro, deixando ficar na Coleção Mossoroense o saber da região. Do sertão sem fim.
SENDO MEU PRÓPRIO CRÍTICO
Se há uma coisa que eu admiro nos poetas e escritores é a paciência de guardar os textos que eles produzem, deixando-os descansarem, para quando virem à público estarem com toda força. Há aqueles que marinam seus poemas, atribuindo-lhes dia-a-dia sabores. E, outros existem, que aplicam em seus textos, a arte da lapidação, tornando-os diamantes. Confesso que ainda sou aprendiz nessa área e que tenho pressa em entregá-los ao leitores. E assim, torno-me vítima do famoso adágio: A pressa é inimiga da perfeição.
Acabo de perceber que em um dos meus mais recentes trabalhos, em "Guaporé - uma solidão restaurada", poema escrito no estilo de cordel, deixei passar alguns erros que comprometeram a minha eficiência poética. São eles:Rimei de forma errada:
houvesse/prece
E no meio de todas as estrofes em septilhas (sete versos), escrevi uma em forma de sextilha ( quando devia ser septilha) que não atende a nenhuma das formas que a Academia Brasileira de Literatura de Cordel-ABLC recomenda usar. Segundo a ABLC, as sextilhas podem ser abertas, fechadas, soltas, corridas ou desencontradas.
Comecei então morrer
Quando o Doutor Vicente
Naquele mês de novembro
Isso é forte eu bem me lembro
Veio então a fenecer.
terça-feira, 28 de dezembro de 2021
CONSULTA AO CARDIOLOGISTA
Do doutor cardiologista
Onde o mesmo me falou
Que a minha vida de artista
Depende de emagrecer
Ler muito, pouco comer,
Caminhar cedo na pista.
Mané Beradeiro, 28 dezembro 2021
segunda-feira, 27 de dezembro de 2021
FLORÊNCIO GOMES DE OLIVEIRA - UM PADRE CORDELISTA?
Não posso deixar que o ano de 2021 termine sem escrever algo sobre o poeta Florêncio Gomes de Oliveira, que se tornou padre, nascido na localidade de Monte Alegre, próximo de São Sebastião, em Mossoró-RN. O Mestre Câmara Cascudo escreveu uma Acta Diurna sobre ele, que foi publicada em "A República", em 15 de dezembro de 1940. Já se foram 81 anos. E por incrível que possa ser, o título da Acta continua atual: "Um poeta esquecido, o Padre Florêncio Gomes de Oliveira".
Cascudo nos diz que ele versejava em sextilhas, setissilábicas, portanto, o que nos impede de afirmar que Padre Florêncio Gomes de Oliveira foi poeta cordelista? Certa feita, em 2 de março de 1843, o Padre Florêncio Gomes de Oliveira, quando era vigário de Caraúbas-RN, recebeu o seguinte mote: A dois de março se viu/ Um grande sinal no Céu/ Prognóstica ser castigo/ Triste de mim que sou réu.
Com cauda imensa e brilhante
De figura portentosa
de luz clara e majestosa,
Refulgente e rutilante
Qual o raio coriscante
Que entre nuvens surgiu
Qual no espaço surgiu
Ao Sul, ignoto Cometa
Que sem óculos nem luneta
A DOIS DE MARÇO SE VIU
ANNE DE GAULLE
A menina da foto é Anne de Gaulle; a terceira filha de Yvonne Vendroux e do general de Gaulle. Nasceu no dia de ano novo em 1928. Seus traços, como podem ver, são os característicos do que hoje chamamos de "Síndrome de Down", e no caso de Anne era severo, tanto que mal conseguia andar com dificuldade.
Nessa época, ter um bebê com deficiência era algo que se escondia, muitos os mandavam direto para institutos mentais onde moravam e morriam, outros os mantinham escondidos em casa, sem atenção, sem amor, apenas trancados e até as vezes amarrados como animais.
Mas os de Gaulles não viam Anne como uma vergonha, mas sim que se sentiam abençoados com ela. A foto que compartilhamos foi tirada em uma praia da Bretanha em 1933. Anne está sentada no colo do pai e ele, vestido com um chapéu de Homburg e um terno de três peças, segura suavemente suas mãos enquanto a menina de cinco anos o olha intensamente nos olhos. É uma imagem de amor incondicional.
Esse amor incondicional fez dela o centro da família de Gaulle. Charles dizia que era “a alegria dele” e que “ela o ajudou a enxergar além das falhas dos homens”.
Charles e sua esposa Yvonne insistiam para que Anne viajasse sempre com eles. O general cantava-lhe músicas e lia-lhe histórias, demonstrando um afeto e ternura que ele realmente não mostrou a muitos membros da sua família. A principal regra da família era que eles nunca deveriam fazer Anne se sentir menos ou diferente do que qualquer outra pessoa.
O general tinha devoção à sua filha, e assim o contava o capelão militar que tratou De Gaulle, com o qual pôde intimar e ser confidente: ‘Para mim, Anne foi uma grande prova, mas também uma bênção. É minha alegria e me ajudou muito a superar todos os obstáculos e todas as honras. Graças a Anne, fui mais longe, consegui me superar.’
Para o seu último biógrafo, Jonathan Fenby, ‘Anne simbolizava para De Gaulle um carinho incondicional e, embora as obrigações parecessem impedi-lo, seu pai estava sempre por perto’.
Em fevereiro de 1948, Anne faleceu de pneumonia nos braços do pai. “Agora ela é como os outros” disse Charles para sua esposa.
‘A sua alma foi libertada, mas a perda da nossa menina, nossa menina sem esperança, trouxe-nos uma imensa dor’.
Outro dos biógrafos do ex-presidente Jean Lacouture regista-o uma vez dizendo: «Sem Anne, talvez eu nunca pudesse ter feito o que fiz. Ela me deu o coração e a inspiração. Nesse sentido, o homem de 18 de junho e a sua amada petite Anne ensinam-nos algo que estamos tentados a esquecer: que todos podemos encontrar força na fraqueza e que nada é mais poderoso do que o amor que se entrega.
Em 1962, 14 anos após a morte de Anne, Charles de Gaulle foi vítima de tentativa de assassinato. Ele declarou depois que a bala que poderia ter sido fatal tinha sido parada pela moldura da fotografia de Anne, que sempre trazia consigo.
Ao morrer em 1970, o general foi sepultado no cemitério com a sua amada filha. Sua mãe juntou-se a eles em 1979.
Dizem que a única palavra que Anne conseguiu pronunciar claramente na sua curta vida foi “pai”.
Nota: não sei a autoria do texto. Recebi pelo whatsApp.
WODEM MADRUGA ELOGIA CORDÉIS DE MANÉ BERADEIRO
Nelson Gonçalves , na música "Quando eu me chamar saudade", canta: "Por isso que eu penso assim/Se alguém quiser fazer por mim/ Que faça agora. Me dê as flores em vida/ O carinho, a mão amigo ..." E é nesse pensamento, com o qual eu concordo plenamente, que venho agradecer a nota que foi data no jornal Tribuna do Norte, edição do dia 25 dezembro último, onde o jornalista Wodem Madruga, em sua coluna assim registra:
Poesia O poeta cordelista Mané Beradeiro (Francisco Martins Alves Neto) está com dois folhetos novos na praça: “Nas Veredas de Veríssimo” e “Guaporé-Uma Solidão Restaurada”, ambas com capas revestidas em tecido ilustradas com cactos do sertão nordestino. Beleza.
Jornalista Wodem Madruga |