Se há uma coisa que eu admiro nos poetas e escritores é a paciência de guardar os textos que eles produzem, deixando-os descansarem, para quando virem à público estarem com toda força. Há aqueles que marinam seus poemas, atribuindo-lhes dia-a-dia sabores. E, outros existem, que aplicam em seus textos, a arte da lapidação, tornando-os diamantes. Confesso que ainda sou aprendiz nessa área e que tenho pressa em entregá-los ao leitores. E assim, torno-me vítima do famoso adágio: A pressa é inimiga da perfeição.
Acabo de perceber que em um dos meus mais recentes trabalhos, em "Guaporé - uma solidão restaurada", poema escrito no estilo de cordel, deixei passar alguns erros que comprometeram a minha eficiência poética. São eles:Rimei de forma errada:
houvesse/prece
E no meio de todas as estrofes em septilhas (sete versos), escrevi uma em forma de sextilha ( quando devia ser septilha) que não atende a nenhuma das formas que a Academia Brasileira de Literatura de Cordel-ABLC recomenda usar. Segundo a ABLC, as sextilhas podem ser abertas, fechadas, soltas, corridas ou desencontradas.
Comecei então morrer
Quando o Doutor Vicente
Naquele mês de novembro
Isso é forte eu bem me lembro
Veio então a fenecer.
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