sábado, 31 de outubro de 2009

DESPEDIDA


Quando se vai deve-se ir de tal forma que a sua ausência provoque saudades.
Quando se parte deve-se ir de tal maneira que o meio usado para sua partida sirva de divisor nas vidas pela qual você passou.
Quando de despedir, faça isto de forma singular, tão própria e sua, cujas marcas fiquem tatuadas se possível no coração e na alma de quem recebe seu adeus.
Quando enfim, decididamente, tomar a resolução de não mais viver juntos a estes, lembre-se que a despedida é muitas vezes unilateral, e por assim ser, leve consigo a lembrança das melhores virtudes que você visualizou em seus amigos e companheiros de trabalho.
Por fim, vá, parta, mas não feche as portas que passar, nem derrube as pontes que atravessar, pois tanto uma como a outra levam você a seus amigos.


Francisco Martins
Livro: Degustando Poesia, página 83.

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