segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

"ORAÇÃO" DO FRENTISTA

Em 1997 eu nem pensava em ser escritor, mas já andava rabiscando alguns textos, principalmente poesias. Em setembro daquele ano trabalhava num posto de gasolina, na função de Chefe de Pista. O Posto era da rede Jota Flor, na esquina da Prudente de Morais com a Bernardo Vieira. As bombas eram antigas, todos os dias quebravam. Havia sempre clientes que passavam cheques sem fundos e outros "perigos" que rodeavam os frentistas.  Pensando nisto fiz a

 "Oração do Frentista"

Senhor Patrão, dai-me a oportunidade de vos servir hoje e sempre.
Que eu seja um frentista dedicado à vossa empresa,
sempre atuante em vosso posto, atendendo com prontidão os clientes que vem até mim.

Livrai-me dos cheques sem fundos e roubados,
Escondei-me dos trambiqueiros
E protegei-me dos malfeitores.

Ó bom Patrão!, que Deus vos dê muito dinheiro
para que possais continuar a pagar o meu pão de cada dia.

Dai-me, eu vos peço, em nome do líquido precioso e aditivado
que enche vossos tanques, uma farda nova, bombas computadorizadas e
bicos sem defeitos.

Que vossa experiência me acompanhe
E a força que vos sustenta neste anos
de vida empresarial possa me fortalecer.

Que no cotidiano do meu trabalho
eu mantenha a pista sempre limpa,
minha apresentação impecável
por meses e meses até as férias.

Tudo isto vos peço em nome da Companhia,
da Distribuidora e do Posto.

Amém! 

Francisco Martins
 

3 comentários:

Nina Bezerra Batista disse...

Não sabia desta.
Voce só não trabalhou no colegio de pademá, num foi?

Muito interesante sua ideia

Continue brilhando, Amigo

Nina Bezerra Batista disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
franciscomartinsescritor disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Pois não é, amiga!