A alma de Daluzinha deve ser bem diferente
Deve ter cor de céu
Cheiro de talco para bebê
Veste-se com mantas largas,
sob as quais trás as histórias
Daluzinha, Daluzinha! Seu nome é uma canção!
Que embala criança de colo,
que afugenta bicho-papão, que é capaz de tirar o pavão de cima do
telhado!
A alma de Daluzinha, sempre imortal, perene, lúdica!
Se caminha pelas praias, as ondas quebram-se umas sob as
outras para ouvi-la contar
Histórias de sereias e botos cor de rosa.
Se adentra o sertão, toda a caatinga fecha seus espinhos
para que a alma de Daluzinha,
A própria, mais bela
do que Maria Bonita, mais nobre que Lampião, fale sob a copa de uma caibreira em flor as
histórias de Trancoso.
Daluzinha, alma que nos encanta, mulher que nos cativa em
gaiolas de palavras, por instantes prazerosos.
Salve Daluzinha, salve a poesia, salve a mulher.
Francisco Martins
Parnamirim-RN, 31 de março 2015
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