A tarde de hoje foi de saudades para familiares, amigos e confrades do escritor José de Anchieta Ferreira, membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras - ANL, que ocupava a cadeira 3. A ANL realizou em sua sede, com a presença de imortais e convidados, a sessão solene - necrológio de José de Anchieta, tendo como orador o Acadêmico João Batista Pinheiro Cabral, que fez um discurso memorável enfatizando as nuances que deram brilho à vida de José de Anchieta. Um texto carinhosamente tecido com sentimento e inteligência, fornecendo àqueles que o ouviram, elementos nobres da vida do escritor que faleceu no ano passado. Brevemente todo o teor do discurso será impresso na Revista da ANL, edição de nº 51, que abrange o 2º trimestre de 2017.
Algumas partes do discurso:
José de Anchieta era filho de Júlio
Ferreira da Silva e de Maria Stella
Garcia Ferreira e nasceu em 1928, na cidade de São José de Mipibu.Foram seus
irmãos, pela ordem decrescente :
1)
Maria
da Conceição Ferreira
2)
Aída
Ferreira de Almeida
3)
Geraldo
Jeferson Ferreira da Silva
4)
Pedro
Ferreira da Silva
5)
Murilo
Ferreira da Silva
6)
Francisco
Garcia Ferreira da Silva
7)
João
Batista Garcia Ferreira
Casou-se logo depois de formado com
Lúcia Maria Guerra Ferreira, filha de Domício de Brito Guerra e de Dona Clinéa Barbalho Guerra. Fez seus estudos
primários no tradicional e hoje centenário Grupo Escolar Barão de Mipibu, em
sua cidade natal: São José de Mipibu. Concluído o curso primário transferiu-se
para Natal onde no antigo Colégio
Marista, que funcionava no anexo da Igreja de Santo Antonio terminou o ginásio.
O passo seguinte foi o Ateneu Norte-rio-grandense onde terminou seu curso
secundário. Prestou vestibular na Faculdade de Medicina da Universidade Federal
de Pernambuco – UFPE, diplomando-se médico oftalmologista em 1955.
...
Em tudo que fez na vida Zé de Anchieta
foi tolerante e paciente perdoando a tudo e a todos e cumprindo exemplamente
seus deveres. Para ele todos eram bons até prova em contrário. Veríssimo de Melo, também de saudosa memória,
que foi o amigo que me apresentou a ele descreveu-o como um homem bom, que não
tinha mágoas de ninguém, que era um cientista humilde demais, um pouco tímido e
um homem absolutamente tranqüilo e cumpridor dos seus deveres. Disse-me também
Veríssimo na ocasião realçando o que já foi dito acima, que era um médico que
atendia aos pobres e aos ricos, de igual modo e com igual atenção, e que não
demonstrava aos seus pacientes ou seus familiares ambição por qualquer
recompensa pecuniária.
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