A
Revista nº 52 – edição Jul-Set/2017 da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras –
ANRL estará disponível para o público leitor a partir deste dia 4 de outubro, quando
acontecerá seu lançamento na sede da ANRL.
Manoel
Onofre Jr e Thiago Gonzaga tiram leite de pedra para manter a qualidade
editorial do periódico. Creio que a grande
dificuldade vem de dentro da própria instituição, no tocante a colaboração dos
Acadêmicos com textos para a revista, basta pegar qualquer número e percebe-se
que são poucos os que escrevem. Vejamos
como ficou a participação acadêmica nesse nº 52. Há 31 textos publicados;
quantos desses foram escritos diretamente para a Revista? Dos 31, 20 são de autoria dos imortais, à priori o leitor
pode pensar: “tem mais de 50% porcento de participação”.
Calma! Vamos analisar com maior intensidade esta presença que na verdade é de
66,66%. Vicente Serejo tem duas
crônicas, e nenhum delas foi escrita
diretamente para a revista, ambas foram impressas na sua coluna Cena Urbana, o texto de Nilo Pereira, inédito, é como o próprio título
indica, um prefácio, portanto mais um sem destino específico para a Revista;
o excelente artigo de João Batista
Pinheiro Cabral é uma publicação de uma palestra de 1981, proferida na
Universidade de Brasília-UnB, e alguns outros
que lá se encontram não fogem a esta regra.
Assim,
vai a dupla quixotesca, Manoel Onofre e Thiago Gonzaga, recolhendo material e
montando uma colcha de retalhos, bela e muito útil à nossa formação. Percebo
enquanto leitor, que realmente há uma dificuldade em PRIORIZAR textos para a
Revista. E quando eu afirmo a ausência de prioridade, refiro-me a textos que
não tiveram nenhuma outra forma de divulgação, que seja por palestra, blog,
jornais, etc. Mas que esteja sendo levado ao público leitor pela primeira vez
através deste periódico. Se são todos escritores, homens de prosa e poesia,
onde eles escondem suas produções? Ou
então não são realmente todos eles literatos? É pelo fruto que se conhece a
árvore, mostra-me o que escreves e eu te direi quem és! Ouso parafrasear o
filósofo grego. Olhando a relação dos atuais imortais, contei 15 nomes que
sequer tiveram participação na Revista nos últimos anos ( Não considerei discurso de posse).
Creio
que somente o artigo de Manoel Onofre abraçou a causa acima. Com a palavra o editor da Revista, Thiago
Gonzaga, caso esteja errado. Se por um
lado há uma abstenção dos Acadêmicos em escrever na sua Revista, o mesmo não
ocorre com os outros escritores que não fazem parte da ANRL, mas que vivem na
esperança de ter uma oportunidade de ver seus textos publicados naquele
periódico.
Louvo
a Revista! Como sempre bem nutrida de textos bons. Entretanto, como leitor, gostaria de ver mais
a participação dos Acadêmicos. Não guardem para si a sabedoria que abriu as
portas da imortalidade, compartilhem, deixem registrado na história da Revista
da ANRL. Nós os leitores, sedentos e carentes de saber seremos gratos.
Francisco
Martins
02
outubro 2017
Nenhum comentário:
Postar um comentário