O silêncio é útil para que o poeta grite. Pelo menos é com esta técnica que a poeta Josimey Costa faz uso para temperar seus escritos.
Fiz a leitura de "Entre vislumbres e letras", livro de Josimey Costa. Imagens e palavras, dois elementos que se associam em um belo trabalho poético. O leitor lê a figura, que em si derrama mil palavras, e a poeta exprime numa única estrofe o que para ela a cena transmite.
As estrofes nos dão frases grávidas de filosofia, de vivência, que por sua vez nos fazem conhecer a profundidade da poética nascida na pena de Josimey Costa.
Ao terminar a leitura eu fiquei pensando: "e agora? Todas as vezes que eu olhar um quadro, uma paisagem, perguntarei que poema escreveria Josimey aqui"
A lição que me deu é que a poesia sempre permanece em nosso olhar. Faça-se poeta "entre vislumbres e letras".
Gostei de tudo, mas o que me tocou de forma intensa foi o poema da página 91 - "a saudade me olha na parede..." Ele tem a mesma sonoridade do verso de Drummond: "...Itabira é apenas uma fotografia na parede, mas como dói".
Francisco Martins
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