O INESQUECÍVEL
Ele amou esta terra como ninguém outro a conseguiu amar.
Quando chorou, inda
bem pequeno, teve o acalanto da poeta Auta de Souza.
Foi príncipe numa
época onde seu reino se espalhava por grandes chácaras do Tirol.
Teve livros, que lhe faziam as vezes de irmãos, e com eles
conversando tornou-se sábio
(Menos para Anália que sempre o via estudar as noites inteiras).
Sua alma foi pespontada
ao solo potiguar, com fios tecidos
pelas rendeiras, ao som dos folguedos
populares e rematada com os raios do crepúsculo do
Potengi.
Ah! Como ele nos amou. Com qual fita poderemos comensurar a grandeza
desse sentimento?
Ele foi a grande
enciclopédia viva, a “Câmara sem deputados”, a primeira universidade do estado, um provinciano incurável, um
brasileiro feliz!
Ele é Câmara Cascudo, inesquecível, o homem que a morte escondeu!
Francisco Martins 29 dezembro 2016
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