Inah eu peço perdão por mim e por Nina pela audácia que tivemos de pegar seus cadernos e revelar ao mundo seus escritos.
Temos consciência da nossa petulância, mas se assim agimos, creia Inah, foi porque sabemos da magnitude das suas recordações, da beleza dos seus poemas, da importância dos seus registros.
Ah! Inah, não me venha mais em sonhos pedindo-me para não levar à frente tal projeto.
Deixe-nos mostrar que você continua viva em seus escritos, que o "Caderno de Pano" foi pequeno demais para sua alma.
Os leitores dirão da importância do seu ofício de escritora, silenciosa, quieta, muitas vezes triste, lendo e vendo o mundo que a cercava e com a visita do fantasma do tempo que tantas vezes adentrou em seu apartamento, em suas memórias.
Inah! Está decidido: Eu e Nina tocaremos seu ultimo livro: "Felicidade, meu eterno engano", póstumo, mas belo e cativante como foi o seu olhar sobre a vida.
Francisco Martins
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