Joelson Araújo é o autor do livro "Histórias Cordelizadas", o volume 7, da série de versos populares, publicada pela CJA Edições. Confesso que dele não conheço nenhum outro texto, a não ser este conjunto de histórias.
Joelson Araújo é professor, como também são os outros dois autores já resenhados por aqui. O seu livro começa com um cordel escrito em septilha (30 estrofes) e décimas (2 estrofes) que tem como tema A HISTÓRIA DA BOTIJA. Percebi logo de início que o poeta tem critividade para desenvolver um texto que prende o leitor, uma característica muito importante àqueles que escrevem. Entretanto, permita-me, poeta Joelson Araújo, pedir sua atenção para as rimas, no tocante ao uso de tê-las no singular ou no plural. Evite mesclá-las dentro de uma mesma estrofe.
Joelson Araújo é professor, como também são os outros dois autores já resenhados por aqui. O seu livro começa com um cordel escrito em septilha (30 estrofes) e décimas (2 estrofes) que tem como tema A HISTÓRIA DA BOTIJA. Percebi logo de início que o poeta tem critividade para desenvolver um texto que prende o leitor, uma característica muito importante àqueles que escrevem. Entretanto, permita-me, poeta Joelson Araújo, pedir sua atenção para as rimas, no tocante ao uso de tê-las no singular ou no plural. Evite mesclá-las dentro de uma mesma estrofe.
No segundo cordel: AOS MESTRES, COM CARINHO, o poeta continua versando suas estrofes em sete pés, mas termina o poema com uma estrofe em oitava. É um lindo cântico àqueles que têm a vocação de ensinar. O Eu lírico , ora professor e outra aluno, vai mostrar o valor deste profissional que formam "os pilares e as cores do sistema social".
Francisco Régis Lopes Ramos quando afirma que "o universo do cordel é um caleidoscópio", ele tem toda razão. No cordel é possível enxergamos vários efeitos de imagens, assuntos e por mais que tenhamos lido o mesmo tema em outras produções, percebe-se que há sempre um texto armado para captar o leitor, é algo como se fosse uma teia de aranha. Joelson Araújo faz isso quando escreve sobre a importância da leitura, em "NÓS VAMOS CONTAMINAR O MUNDO COM A LEITURA" e "O LIVRO QUE EU ENCONTREI".
Desconheço um gênero literário tão rico quanto o cordel. Através dele o poeta pode produzir textos com roupagens de história, ficção, humor, política, ecologia, religião, memória, etc. Tudo vai depender do olhar do poeta e da sua maturidade e capacidade para explorar o tema. Em "Histórias Cordelizadas", Joelson Araújo demonstra ter essa perspicácia. É notória a sua sagacidade nos títulos " As Muriçocas que pararam um forró", "Corrupção - corrupta ação", "O tesoureiro da prefeitura", " A menina milagrosa".
Por fim, posso afirmar que após ler e reler "Histórias Cordelizadas" consigo olhar para o autor e vê-lo como um poeta que se expande, que burila suas produções pensando no valor do texto e da sua importância à literatura. Isso é bom. Afinal, a imortalidade do escritor não é na matéria, mas sim no material que ele vai deixar às gerações.
Mané Beradeiro
22 de outubro 2019
Francisco Régis Lopes Ramos quando afirma que "o universo do cordel é um caleidoscópio", ele tem toda razão. No cordel é possível enxergamos vários efeitos de imagens, assuntos e por mais que tenhamos lido o mesmo tema em outras produções, percebe-se que há sempre um texto armado para captar o leitor, é algo como se fosse uma teia de aranha. Joelson Araújo faz isso quando escreve sobre a importância da leitura, em "NÓS VAMOS CONTAMINAR O MUNDO COM A LEITURA" e "O LIVRO QUE EU ENCONTREI".
Desconheço um gênero literário tão rico quanto o cordel. Através dele o poeta pode produzir textos com roupagens de história, ficção, humor, política, ecologia, religião, memória, etc. Tudo vai depender do olhar do poeta e da sua maturidade e capacidade para explorar o tema. Em "Histórias Cordelizadas", Joelson Araújo demonstra ter essa perspicácia. É notória a sua sagacidade nos títulos " As Muriçocas que pararam um forró", "Corrupção - corrupta ação", "O tesoureiro da prefeitura", " A menina milagrosa".
Por fim, posso afirmar que após ler e reler "Histórias Cordelizadas" consigo olhar para o autor e vê-lo como um poeta que se expande, que burila suas produções pensando no valor do texto e da sua importância à literatura. Isso é bom. Afinal, a imortalidade do escritor não é na matéria, mas sim no material que ele vai deixar às gerações.
Mané Beradeiro
22 de outubro 2019
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