Para José Pacheco Dantas ( 1878-1961)
Meu lençol é de pedra, e por ser assim não durmo em cama, não tenho rede, deito e descanso no chão.
Cada pedra que a vida me jogou eu não revidei, não devolvi. Juntei-as, formei uma manta, uma grande colcha sob a qual tento descansar.
Meu lençol é de pedra. Frio no Inverno, quente no Verão, mas sempre pedra. Tentei debalde estender meu manto nos varais da existência.
Meu lençol é de pedra, mas meus olhos não pesam, meus sonhos não cessam, não são tristes, não são inertes.
Abril de 2009
Meu lençol é de pedra, e por ser assim não durmo em cama, não tenho rede, deito e descanso no chão.
Cada pedra que a vida me jogou eu não revidei, não devolvi. Juntei-as, formei uma manta, uma grande colcha sob a qual tento descansar.
Meu lençol é de pedra. Frio no Inverno, quente no Verão, mas sempre pedra. Tentei debalde estender meu manto nos varais da existência.
Meu lençol é de pedra, mas meus olhos não pesam, meus sonhos não cessam, não são tristes, não são inertes.
Abril de 2009
Um comentário:
Lindas palavras e o manto de pedra.Perfeito.beijos mordidos!
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