O mês vocacional (agosto) e o dia do Padre ( 1º domingo) nos faz refletir sobre a nossa identidade sacerdotal e o nosso seguimento a Jesus Cristo. Todo tempo é tempo de se recompor para continuar a caminhada no contexto de uma igreja Sinodal e Missionária. O Presbitério como um corpo onde o Bispo juntamente com os presbíteros, vinculado pela missão, buscam viver na comunhão partilhando anseios, sentimentos, desejos, projetos, dificuldades e conquistas.
Pensemos juntos nas dificuldades que muitas Dioceses enfrentam com relação a construção do Reino. Ente elas a sobrecarga de trabalho, o número reduzido de Presbíteros e outras lideranças, além de grandes distâncias geográficas e meios de comunicação e locomoção precários. Daí a necessidade de firmarmos passos na implementação de uma Pastoral Presbiteral que tenta buscar encaminhamentos para todas as sombras e desafios que enfrentamos nos dias atuais.
Reflitamos nas várias etapas e fases que compõem a nossa vida. Embora não possamos determinar de modo matemático é possível destacar algumas etapas: 1º juventude sacerdotal: dizem alguns que são os primeiros cinco anos de ministério. É a fase da inserção. Dos primeiros êxitos e fracassos. Para alguns chega até os 30 anos de idade. 2º fase da maturidade: situada entre os 30 a 50 anos. É a fase da realização mais intensa, fundada na experiência que se vai adquirindo. 3º fase da plenitude, está entre os 50 e 65 anos. Apontada como sendo o tempo da definição de uma espiritualidade madura. 4º fase etapa da sabedoria: dos 65 aos 75 anos. Tempo de uma revisão profunda de toda a existência. A certeza de seu valor e importância para a comunidade e para o Presbitério, com toda a sua bagagem, pode dar sentido a esta fase, e colaborar na realização de quem vive esta etapa.
Por ultimo a etapa jubilar a partir dos 75 anos na qual se vive a alegria do dever cumprido e da maturidade alcançada. Aqui podemos partilhar experiência adquirida de maneira mais livre. Para os que vivem esse momento sabemos que é importante a presença de todo o Presbitério. Diante de todas estas etapas percebemos o quanto é importante a Pastoral Presbiteral. É ela que deve estar atenta para respeitar e considerar cada momento da vida do padre. Sentimos ser uma necessidade urgente. “ Ainda tens longo caminho a percorrer” levanta-te e come (1 Reis, 19,7). Precisamos ser cuidados para melhor cuidar. Somos sabedores dos nossos limites mas conhecemos também nosso potencial. Precisamos de estímulo e apoio para a comunhão fraterna, solidariedade, compreensão e acolhimento. São elementos indispensáveis de uma Pastoral Presbiteral.
Em suma, percebe-se um interesse maior em descobrir ou construir uma espiritualidade própria do Padre diocesano, além de uma rica contribuição de grupos de espiritualidade tais como: Prado, Ordem Terceira Franciscana, Folcolares entre outros. Alguns promovem encontros dos padres em pequenos grupos, por afinidade ou por tempo de ordenação. Intercedamos ao Senhor da messe para que o Bispo com os Presbíteros e estes com o Bispo promovam um ambiente saudável, de unidade e amizade, na Igreja Local, na plena consciência de serem juntos Sacramento do Corpo de Cristo. Parabéns, Padres irmãos pelo nosso dia!
Pe. José Freitas Campos do Presbitério de Natal-RN.
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